Bullying na sala de aula: o que fazer?
Diferenciar bullying das atitudes imaturas e comuns entre alunos é uma tarefa complicada para os professores. Afinal, fazer piadas com os colegas, colocar apelidos nos outros e inventar brincadeiras provocativas são atitudes comuns na infância e na adolescência. Para tratar sobre o assunto preparamos algumas atividades que você pode desenvolver em sala de aula, para debater com os alunos os perigos do bullying e como ele pode ser combatido, além de como agir para evitar esse problema em sua classe.
Promova um debate em sala de aula
Por mais que o bullying seja um conceito bastante difundido e conhecido atualmente, muitos alunos não sabem quais condutas podem caracterizá-lo e a gravidade que esse problema representa para a vida de suas vítimas. Propor debates sobre o assunto é uma ótima maneira de ensinar mais sobre o que é o bullying e fazer os estudantes refletirem sobre isso. Conversas conduzidas pelo professor, com perguntas como “quem aqui já zoou outro colega”? “Quem aqui já se sentiu humilhado ou zuado sem motivo?”, utilizando a linguagem que eles entendam, ajudam a refletirem sobre as atitudes que adotam com os demais.
Realizar pesquisas e trabalhos sobre o assunto
Trabalhos que demandem pesquisa e atividades extraclasse nem sempre são bem recebidos pelos alunos, principalmente se forem feitos como uma obrigação desinteressante. Por isso, é ideal que eles sejam estimulados a produzir um material de sua preferência, com os recursos de que dispõem atualmente. Além do debate em sala de aula, incentivar a turma para que coletivamente faça uma pesquisa e produza um vídeo, por exemplo, é uma ótima ideia para integrar os colegas que não têm muito contato e estimulá-los a estudar mais sobre o bullying, refletindo sobre o problema. Nas pesquisas, eles certamente poderão debater sobre casos reais de vítimas que tiveram muitos problemas com esse tipo de agressão, e também as consequências legais para os agressores.
O que fazer quando presenciar o bullying em sala de aula?
Além de ser difícil de constatar quando o bullying ocorre, saber como agir perante essa prática também é uma atitude complicada para muitos professores. A Lei 13.185, em seu art. 4°, inc. VIII, prevê que se deve evitar a punição de agressores, promovendo outras práticas para que sejam responsabilizados e mudem seu comportamento. Por isso, o ideal é conversar com o aluno-agressor, tentando entender o que – na mentalidade dele – o leva a desrespeitar outro colega e fazê-lo refletir como essa prática é negativa. Conversar com a vítima também é importante para saber sobre o histórico de convívio entre ela e o agressor e o que ela acredita que possa “motivar” que o colega a exclua, como, por exemplo, não gostar de seu comportamento tímido. É importante que a vítima nunca seja culpabilizada e evitar que ela se sinta assim, mas a conversa é importante para tentar compreender como praticante de bullying se posiciona perante a turma e como a dinâmica entre os alunos da classe está funcionando.
O bullying é um grande desafio a ser combatido nas salas de aula e no ambiente escolar em geral. Por isso, é necessário que ações conjuntas sejam realizadas e que a reflexão dos estudantes sobre esse tema seja sempre estimulada. Mais importante ainda é tentar entender as mudanças que cada faixa etária enfrenta para encontrar a melhor forma de conversar com agressores e vítimas, com o objetivo promover uma transformação no ambiente escolar que elimine de vez o problema.
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