Aprendendo a escrever: 3 máximas para ensinar redação de uma maneira útil e simples para seus alunos
Redação é uma das matérias pré-vestibular que mais desperta a ansiedade dos alunos. Pressão, técnicas e expectativas se misturam criando um ambiente pouco voltado ao aprendizado e diretamente focado no resultado do aluno. Mas, o fato é que escrever bem é uma habilidade para toda vida, portanto estariam os nossos alunos sendo ensinados da melhor maneira?
Redação é um tópico amplamente divulgado e debatido, mas ainda assim quando conversamos sobre atualização do currículo escolar para a adaptação às novas realidades, a redação ainda continua sendo um assunto deixado de lado nessa conversa. Continuamos ensinando nossos alunos a escrever poderosas crônicas e criativas dissertações, mas será mesmo que esses formatos textuais são compatíveis com as habilidades que os alunos precisam desenvolver para garantir uma boa fluência escrita na atualidade?
Estamos sempre debatendo sobre o equilíbrio entre a preparação para o vestibular e a formação integral para uma vida proveitosa. Pensando assim, estaríamos nós enquanto professores formando alunos para serem aprovados numa prova ou seres humanos com ótimas habilidades de comunicação e capazes de serem excelentes produtores do próprio conhecimento?
Se você acha que o tema redação nas escolas pode ser ampliado e que a qualidade de uma boa escrita pode levar um aluno ainda mais longe que uma simples aprovação, continue lendo e veja nossas dicas.
01 - Só gosta de escrever quem também gosta de ler.
Essa é a primeira verdade universal da escrita: para escrever bem é necessário bagagem, conhecimento e leitura.
Só através da leitura o aluno é capaz de entrar em contato e compreender a diferença entre os gêneros textuais, as espécies de discursos, as diferenças entre as vozes dos textos e sobre a estilística de cada autor. Nuances que parecem complicadas demais caso sejam apenas explicadas em sala de aula, mas que se tornam mais palpáveis à realidade quando o aluno entra em contato direto com um novo texto. Por exemplo, quem nunca achou complicado demais entender a diferença entre o romantismo e o renascentismo, mas conseguiu entender tudo rapidamente ao ler os textos referentes a cada período?
Justamente por isso, é necessário que a formação literária seja contínua e consistente ao longo de todo o percurso escolar do aluno. O gosto pela leitura começa ainda muito cedo, na primeira infância, com a leitura assistida através de um adulto de livrinhos e contos infantis. Na alfabetização, o aluno começa a se interessar em produzir as suas próprias histórias, pegando os livros e fingindo que consegue ler com fluência. É neste ponto que surgem os primeiros lastros da imaginação para a produção escrita, também nesse momento é muito importante que todos (pais e escola) tomem cuidado para não bloquear a criança, tentando forçá-la a ler corretamente para acelerar o processo de aprendizado.
É papel do professor e de todo o núcleo familiar instigar o aluno a conhecer sempre novos formatos textuais, buscar interpretá-los e entender a diferença entre cada um.
02 - Pesquisas são feitas ao longo da vida
Com o avanço e a fluidez da internet ficou muito mais fácil pesquisar sobre qualquer assunto e a geração de estudantes atuais sabe disso.
Se por um lado é bom, todos termos acesso a toda a informação do mundo nas pontas dos dedos, por outro lado tanta informação torna o processo criativo mais difícil, truncado e muitas vezes até pouco original.
Não podemos ignorar que é muito mais fácil encontrar um texto pronto, com uma fórmula e formato que já deu certo e apenas reescrevê-lo do que começar uma redação do nada, tendo apenas uma folha em branco, lápis e borracha como companheiros.
Por isso, é importante que você como educador transmita aos seus alunos a mensagem de que uma boa pesquisa é aquela feita ao longo da vida. E aqui, nesse ponto pode entrar também a pesquisa feita na internet ou adquirida através de seus conteúdos, mas isso não pode ser fator limitante. Ouvir uma música, cozinhar um novo prato, viajar para a praia com a família, sentir o sol queimando na pele, tudo pode ser uma inspiração e um bom motivo para iniciar um texto. Quanto mais vivências o aluno for capaz de acumular, mais bem equipado ele vai estar na hora de construir seus próprios argumentos, reflexões e até mesmo estilística textual.
03 - Revisar é muito mais que procurar por erros
Para produzir um texto, o aluno vai precisar primeiro entender que isso envolve vários processos, como planejar, escrever, revisar, buscar feedback e reescrever quantas vezes forem necessárias. Porém, mais importante que isso é entender que a revisão não consiste em corrigir apenas erros ortográficos e gramaticais, mas principalmente cuidar para que o texto cumpra com seu objetivo inicial. É importante que o aluno aprenda olhar para o texto com critério e senso crítico suficiente para definir se a sua criação faz juz ao que se propõe.
É importante que os alunos aprendam a ler o próprio texto através de diferentes perspectivas e consigam interpretar seu formato, conteúdo e qualidade através do olhar do leitor. Afinal, um escritor proficiente, não faz apenas uma revisão só no fim do trabalho, mas sim uma revisita a cada trecho para que durante a escrita não se perca o fio da comunicação e da ligação final com aquele que realmente importa: o leitor.
Se você gostou desse texto continue lendo o nosso blog. Temos uma porção de conteúdos incríveis para escolas e educadores.
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