Questões de Filosofia - Temática - Conhecimentos Gerais
O consumidor em uma sociedade de consumo é uma criatura acentuadamente diferente dos consumidores de quaisquer outras sociedades até aqui. Se os nossos ancestrais filósofos, poetas e pregadores morais refletiram se o homem trabalha para viver ou vive para trabalhar, o dilema sobre o qual mais se cogita hoje em dia é se é necessário consumir para viver ou se o homem vive para poder consumir. Isto é, se ainda somos capazes e sentimos a necessidade de distinguir aquele que vive daquele que consome.
(Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas, 1999.)
De acordo com o excerto, a sociedade atual, chamada por Bauman de pós-moderna, diferencia-se das suas predecessoras, pois
O texto a seguir é referência para a questão.
A fronteira tênue entre heróis e vilões
O conceito de herói está profundamente ligado à cultura que o criou e a quando foi criado, o que significa que ele varia muito de lugar para lugar e de época para época. Mesmo assim, a figura do herói aparece nas mais diversas sociedades e eras, sempre atendendo a critérios morais e desejos em comum de determinado povo.
Apesar do protagonismo do herói, o que seria dele se não houvesse um vilão? Nas narrativas, o vilão costuma ser o antagonista. Os vilões representam aquilo que é errado, injusto, que foge à moral defendida pelo herói. Por não carregar o protagonismo das histórias, o vilão costuma ser um personagem sem profundidade, sem dilemas, sem uma história que nos explique o porquê de suas ações. E isso reforça sua vilania.
Conhecer a história de alguém é um processo humanizador, capaz até de revogar a alcunha de vilão e conferir ao personagem o título de herói, ou só de uma pessoa comum que tem seus defeitos e qualidades. Assim, uma maneira de fabricar vilões é não deixar suas histórias serem contadas, é criar uma imagem sobre esses personagens e mantê-los em silêncio.
(MIRANDA, Lucas Mascarenhas de. A fronteira tênue entre heróis e vilões. Ciência hoje, Rio de Janeiro, 21 nov. 2021. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/a-fronteira-tenue-entre-herois-e-viloes/. Adaptado.)
Observe as seguintes afirmativas, relacionadas ao texto.
1. Uma possível razão pela qual gostamos tanto de vilões é que os padrões morais de nossa sociedade são injustos e pouco profundos.
2. Como a figura do herói e a figura do vilão representam características morais antagônicas, são figuras complementares em uma narrativa.
3. O conceito de “herói” é variável porque está intimamente relacionado à cultura do povo que o criou e ao momento histórico em que foi criado.
Assinale a alternativa correta
Texto 1
Texto 2
A concepção de real e virtual pensados como um contínuo se vê reforçada pela percepção de que um registro afeta o outro. Tal ideia é sustentada por autores que concebem a internet como uma ferramenta para veicular as subjetividades de nossa época, mas não só. […] Segundo Viganò, “o advento da internet contribui potencialmente para fazer da assim dita realidade virtual um elemento constitutivo da realidade social”.
(Flávia Hasky e Isabel Fortes. “Desconstruindo polarizações acerca da internet: entrelaçamentos entre os universos on-line e off-line”. Psicologia em Pesquisa, 2022.)
O contraste entre esses textos permite retomar, na atualidade, uma clássica questão filosófica, “o que é real?”, pois a
[Para Leonardo da Vinci,] a Pintura é um meio de analisar a Natureza, de produzir uma visão especulativa de suas formas regulares e inteligíveis, sujeitas às mesmas leis gerais que as ciências começariam, depois, a identificar e a traduzir em linguagem matemática. Essa análise que a visão do artista realiza e que a sua atividade transforma em obra, completa- -se na síntese do quadro, da tela pintada, que permite ver, em sua beleza intrínseca, graças à perspectiva geométrica, um pedaço da realidade natural. A Natureza revela-se aos olhos dos que sabem vê-la e, através desse meio privilegiado que é a Pintura, torna-se visível e inteligível para os outros.
NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte.
O trecho acima exemplifica uma concepção segundo a qual a função da obra de arte...
A relação filosofia e tecnologia, ainda que seja um tema de reflexão que já ocorre há muito tempo, tem tomado espaço cada vez maior no mundo todo, devido ao gigantesco avanço da tecnologia, principalmente, pela maior dependência da humanidade em relação às ferramentas tecnológicas.
CUPANI, Alberto. Filosofia da Tecnologia. Um convite. Florianópolis: Editora da UFSC, 2016.
A relação filosofia e tecnologia exige que aquela assuma para si como desafio a (o)
Conforme Juvenal Savian Filho: “A característica central da atividade filosófica, desde seu nascimento até nossos dias, é o uso da razão, capacidade de investigar o sentido dos diferentes componentes da existência e de também produzir sentido.”
SAVIAN FILHO, J. Filosofia e filosofias: existência e sentidos. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016, p. 33).
Acerca da filosofia, tal como expresso no texto, é CORRETO afirmar
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