Questões de Biologia - Ecologia - Fluxos de energia e matéria - Cadeias alimentares
O desmatamento no Cerrado tem causado sérios conflitos entre tatus-canastra (Priodontes maximus) e apicultores no Mato Grosso do Sul. Onde a vegetação nativa permanece intacta, o tatu-canastra, uma espécie ameaçada de extinção, tem cupins e outros insetos à vontade para se alimentar. Porém, em pontos cercados por estradas, pastagens e lavouras, o alimento fica escasso e eles atacam colmeias em busca de larvas de abelhas, causando prejuízo para os apicultores. O tatu-canastra é um “engenheiro ambiental”: suas tocas servem como áreas de coleta de sementes e detritos orgânicos, enquanto os túneis e montes de escavação influenciam a infiltração de água, a distribuição de nutrientes no solo e, consequentemente, a biodiversidade. As tocas são utilizadas por outras 70 espécies de animais para abrigo e procriação. Seus predadores naturais também são espécies ameaçadas, entre elas a onça pintada. A figura a seguir é uma representação simplificada das relações tróficas entre as espécies.
Com base na figura e nos conhecimentos sobre cadeias alimentares e conservação de espécies, assinale a alternativa correta.
O biólogo Dr. Maurício Tavares, do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da UFRGS, investigou o movimento das carcaças de animais marinhos e sua importância no ecossistema costeiro do Rio Grande do Sul. As carcaças participam de um processo essencial de reciclagem de nutrientes: os animais mortos servem de alimento não apenas para vertebrados, como urubus e gaviões, mas também para pequenos invertebrados, que posteriormente são fonte de alimento para outras espécies, como maçaricode-papo-vermelho (Calidris canutus), uma ave migratória ameaçada de extinção.
Disponível em: https://www.ufrgs.br/ciencia/pesquisainvestiga-o-movimento-das-carcacas-de-animaismarinhos-e-sua-importancia-no-ecossistemacosteiro/. Acesso em: 17 ago. 2023.
Assinale a alternativa correta em relação às relações no ecossistema descrito.
O número de abelhas encontra-se em declínio em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil, sendo que vários fatores contribuem para o colapso de suas colmeias. Nos Estados Unidos, bombas de sementes de espécies vegetais nativas têm sido utilizadas para combater o desaparecimento desses insetos. Elas são pequenas bolinhas recheadas com sementes, adubo e argila. Quando são arremessadas e ficam expostas ao sol e à chuva, germinam mesmo em solo pouco fértil.
DARYA, V. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br. Acesso em: 2 fev. 2015 (adaptado).
Esse método contribui para a preservação das abelhas porque
O uso em larga escala de agrotóxicos no cultivo de alimentos tem consequências negativas para o ambiente e para a saúde dos consumidores. O Brasil é um dos países com maior consumo de agrotóxicos e a exposição aos agrotóxicos pode causar uma série de doenças.
(INCA - Instituto Nacional do Câncer, Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.inca.gov.br/exposicao-no-trabalho-e-no-ambiente/agrotoxicos. Adaptado.)
A respeito de alternativas disponíveis ao uso de agrotóxicos, é correto afirmar:
O sistema fluvial da América do Sul é o habitat das piranhas. A fama assustadora desses peixes excede o limite das águas dos rios em que vivem e ultrapassa as fronteiras dos países mundo afora. A maior parte das piranhas vive em cardumes, o que facilita caçar suas presas e dá proteção contra os inimigos, como o jacaré.
(https://educacao.uol.com.br. Adaptado.)
Considerando uma cadeia alimentar em que um jacaré se alimenta de uma piranha, o nível trófico e as características biológicas referentes ao jacaré são, respectivamente,
Quem defende o desmatamento de áreas na Amazônia costuma dizer que ele é necessário para levar progresso à região e desenvolvê-la economicamente. O conflito entre preservar a floresta e desenvolver a região, porém, é uma ideia errada e fora de lugar, afirma Ricardo Abramovay, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo. Ele lançou o livro Amazônia: por uma economia do conhecimento da natureza, em que analisa e propõe formas de conservar a mata e gerar crescimento econômico ao mesmo tempo.
A verdadeira alternativa é a economia da floresta em pé, em substituição à economia da destruição da natureza que predomina hoje. O açaí é o exemplo mais emblemático: o rendimento de um hectare de açaí é muito superior ao de um hectare de soja (R$ 26,8 mil para o açaí e R$ 2,8 mil para a soja por ano em 2015). Há outras cadeias de valor existentes, como castanha do Pará, borracha e piscicultura, mas exploradas em condições muito precárias. A piscicultura de peixes de água doce em cativeiro na Amazônia tem vantagem sobre as formas mais conhecidas de piscicultura em cativeiro, como a de salmão. Os peixes da Amazônia criados em água doce não são carnívoros, logo o impacto ambiental é mais baixo. Além disso, o turismo ecológico no mundo cresce 15% ao ano, e na Amazônia ele tem um potencial de crescimento imenso. Tem também todo um potencial de moléculas da biodiversidade para a produção de fármacos. O Brasil vive o paradoxo de ser o país com a maior diversidade do mundo e ter uma indústria farmacêutica concentrada na produção de genéricos, pouco voltada a inovações para as principais moléstias do século XXI. É outro potencial para a valorização da floresta em pé que não estamos aproveitando.
Internet: www.dw.com (com adaptações).
A partir do texto anterior e considerando que o açaizeiro ou palmeira-açaí (Euterpe oleracea), a planta responsável pela produção do açaí, é uma monocotiledônea nativa da região amazônica, julgue o item.
Infere-se do texto que os peixes de água doce criados em cativeiro na Amazônia são consumidores primários.
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