Questões
Você receberá a resposta de cada questão assim que responder, e NÃO terá estatísticas ao finalizar sua prova.
Responda essa prova como se fosse um simulado, e veja suas estatísticas no final, clique em Modo Prova
Leia o texto seguinte e responda à questão
MUDAR A MAIORIDADE PENAL ADIANTA?
Jairo Bouer
O recente atentado em Boston, nos Estados Unidos, praticado por dois irmãos de origem tchetchena (um deles, Djokhar Tsarnaev, de apenas 19 anos), e o assassinato brutal do estudante Vitor Deppman, em São Paulo, por um menor que completou 18 anos apenas três dias depois do crime, envolveram a sociedade numa discussão acalorada. O comportamento de um jovem pode ser avaliado da mesma forma que o de um adulto? A maioridade penal no Brasil deveria mudar?
Há quem defenda que, se os jovens fazem sexo mais cedo, bebem mais cedo, experimentam drogas mais cedo e têm muito mais autonomia do que as gerações anteriores, eles deveriam ser julgados e punidos de maneira distinta da que ocorre hoje. Se o desenvolvimento físico e cognitivo parece tão precoce, eles não deveriam ser vistos de outra forma pela Justiça? Tenho dúvidas. E não poucas.
Quando um jovem de 15 ou 16 anos usa uma arma para assaltar, se descontrola e dá um tiro em alguém, ele sabe que fez algo errado? Em geral, sim. Mas alguém de 15 ou 16 anos tem mais dificuldade em controlar seus atos e impulsos em situações de estresse extremo? Em geral, sim, também. O desenvolvimento físico e psicológico continua a ocorrer ao longo de toda a adolescência e no início da vida adulta. Um jovem de 18 anos ainda está organizando suas estruturas neuronais (mesmo já tendo feito sexo, bebido, usado drogas e até cometido um crime). É complicado traçar uma cronologia única e exata, do ponto de vista biológico e emocional, de quem já está maduro e de quem não está.
Além das particularidades de cada jovem, outra questão a considerar é o elevado número deles que age sob a influência de drogas. O Brasil é o país em que mais se consome crack no mundo. Ele ocupa o segundo posto em relação à cocaína. Como avaliar o impacto de drogas no controle dos impulsos em jovens que talvez ainda nem tenham domínio sobre suas ações?
Longe de defender um jovem que detona bombas numa maratona ou de outro que mata a sangue-frio, acho pouco provável que alterar a maioridade penal dê conta dessa questão. Certamente, educação, atenção, perspectiva e projeto de vida teriam efeitos mais amplos e significativos. Talvez alguns ajustes na lei sejam necessários. Mesmo no melhor dos mundos, em que todos têm chances iguais ou parecidas, alguns jovens (e isso é estatístico) apresentam distúrbios graves de conduta que talvez os impeçam de viver em sociedade. Essa não é a regra, é a exceção. Para eles, um tratamento legal diferente poderia existir. Em alguns desses casos, instrumentos mais afiados de diagnóstico e prevenção poderiam ser usados antes das tragédias.
Fonte: Revista Época. Editora Globo, 29 de abril de 2013, Nº 779, p.104
Qual alternativa não corresponde às ideias do texto?
Leia o texto seguinte e responda à questão
MUDAR A MAIORIDADE PENAL ADIANTA?
Jairo Bouer
O recente atentado em Boston, nos Estados Unidos, praticado por dois irmãos de origem tchetchena (um deles, Djokhar Tsarnaev, de apenas 19 anos), e o assassinato brutal do estudante Vitor Deppman, em São Paulo, por um menor que completou 18 anos apenas três dias depois do crime, envolveram a sociedade numa discussão acalorada. O comportamento de um jovem pode ser avaliado da mesma forma que o de um adulto? A maioridade penal no Brasil deveria mudar?
Há quem defenda que, se os jovens fazem sexo mais cedo, bebem mais cedo, experimentam drogas mais cedo e têm muito mais autonomia do que as gerações anteriores, eles deveriam ser julgados e punidos de maneira distinta da que ocorre hoje. Se o desenvolvimento físico e cognitivo parece tão precoce, eles não deveriam ser vistos de outra forma pela Justiça? Tenho dúvidas. E não poucas.
Quando um jovem de 15 ou 16 anos usa uma arma para assaltar, se descontrola e dá um tiro em alguém, ele sabe que fez algo errado? Em geral, sim. Mas alguém de 15 ou 16 anos tem mais dificuldade em controlar seus atos e impulsos em situações de estresse extremo? Em geral, sim, também. O desenvolvimento físico e psicológico continua a ocorrer ao longo de toda a adolescência e no início da vida adulta. Um jovem de 18 anos ainda está organizando suas estruturas neuronais (mesmo já tendo feito sexo, bebido, usado drogas e até cometido um crime). É complicado traçar uma cronologia única e exata, do ponto de vista biológico e emocional, de quem já está maduro e de quem não está.
Além das particularidades de cada jovem, outra questão a considerar é o elevado número deles que age sob a influência de drogas. O Brasil é o país em que mais se consome crack no mundo. Ele ocupa o segundo posto em relação à cocaína. Como avaliar o impacto de drogas no controle dos impulsos em jovens que talvez ainda nem tenham domínio sobre suas ações?
Longe de defender um jovem que detona bombas numa maratona ou de outro que mata a sangue-frio, acho pouco provável que alterar a maioridade penal dê conta dessa questão. Certamente, educação, atenção, perspectiva e projeto de vida teriam efeitos mais amplos e significativos. Talvez alguns ajustes na lei sejam necessários. Mesmo no melhor dos mundos, em que todos têm chances iguais ou parecidas, alguns jovens (e isso é estatístico) apresentam distúrbios graves de conduta que talvez os impeçam de viver em sociedade. Essa não é a regra, é a exceção. Para eles, um tratamento legal diferente poderia existir. Em alguns desses casos, instrumentos mais afiados de diagnóstico e prevenção poderiam ser usados antes das tragédias.
Fonte: Revista Época. Editora Globo, 29 de abril de 2013, Nº 779, p.104
Assinale V para afirmações verdadeiras e F para as falsas.
( ) Apesar do grande número de crimes cometidos por menores em todo o mundo, a sociopatia derivada de distúrbios mentais continua sendo exceção.
( ) Formuladas para aplicação de caráter coletivo, as leis podem se adequar à singularidade de cada indivíduo em casos excepcionais.
( ) Por ter comportamento distinto dos adolescente de décadas anteriores, um indivíduo com 15 ou 16 anos hoje não pode mais ser considerado adolescente.
( ) O legislador precisa se valer também de conhecimentos médicos ao formular leis que regulamentam comportamentos sociais.
( ) A maior incidência de crimes praticados por menores vista hoje deve-se às falhas na legislação sobre o tema.
( ) Do ponto de vista psicológico, um menor de idade não pode ser responsabilizado por atos desviantes e impulsivos praticados por ele com as mesmas leis que punem um adulto.
Está correta a sequência
Leia o texto seguinte e responda à questão
MUDAR A MAIORIDADE PENAL ADIANTA?
Jairo Bouer
O recente atentado em Boston, nos Estados Unidos, praticado por dois irmãos de origem tchetchena (um deles, Djokhar Tsarnaev, de apenas 19 anos), e o assassinato brutal do estudante Vitor Deppman, em São Paulo, por um menor que completou 18 anos apenas três dias depois do crime, envolveram a sociedade numa discussão acalorada. O comportamento de um jovem pode ser avaliado da mesma forma que o de um adulto? A maioridade penal no Brasil deveria mudar?
Há quem defenda que, se os jovens fazem sexo mais cedo, bebem mais cedo, experimentam drogas mais cedo e têm muito mais autonomia do que as gerações anteriores, eles deveriam ser julgados e punidos de maneira distinta da que ocorre hoje. Se o desenvolvimento físico e cognitivo parece tão precoce, eles não deveriam ser vistos de outra forma pela Justiça? Tenho dúvidas. E não poucas.
Quando um jovem de 15 ou 16 anos usa uma arma para assaltar, se descontrola e dá um tiro em alguém, ele sabe que fez algo errado? Em geral, sim. Mas alguém de 15 ou 16 anos tem mais dificuldade em controlar seus atos e impulsos em situações de estresse extremo? Em geral, sim, também. O desenvolvimento físico e psicológico continua a ocorrer ao longo de toda a adolescência e no início da vida adulta. Um jovem de 18 anos ainda está organizando suas estruturas neuronais (mesmo já tendo feito sexo, bebido, usado drogas e até cometido um crime). É complicado traçar uma cronologia única e exata, do ponto de vista biológico e emocional, de quem já está maduro e de quem não está.
Além das particularidades de cada jovem, outra questão a considerar é o elevado número deles que age sob a influência de drogas. O Brasil é o país em que mais se consome crack no mundo. Ele ocupa o segundo posto em relação à cocaína. Como avaliar o impacto de drogas no controle dos impulsos em jovens que talvez ainda nem tenham domínio sobre suas ações?
Longe de defender um jovem que detona bombas numa maratona ou de outro que mata a sangue-frio, acho pouco provável que alterar a maioridade penal dê conta dessa questão. Certamente, educação, atenção, perspectiva e projeto de vida teriam efeitos mais amplos e significativos. Talvez alguns ajustes na lei sejam necessários. Mesmo no melhor dos mundos, em que todos têm chances iguais ou parecidas, alguns jovens (e isso é estatístico) apresentam distúrbios graves de conduta que talvez os impeçam de viver em sociedade. Essa não é a regra, é a exceção. Para eles, um tratamento legal diferente poderia existir. Em alguns desses casos, instrumentos mais afiados de diagnóstico e prevenção poderiam ser usados antes das tragédias.
Fonte: Revista Época. Editora Globo, 29 de abril de 2013, Nº 779, p.104
Indique a afirmação verdadeira.
A questão aborda o livro Geração 90: manuscritos de computador
No prefácio da antologia Geração 90: manuscritos de computador, Nelson de Oliveira afirma:
I. Os contistas da geração 90 apresentam em seus textos influência de programas de televisão.
II. José J. Veiga, Lygia Fagundes Telles, Rubem Fonseca e Dalton Trevisan são autores que influenciaram na formação artística dos contistas da antologia.
III. A boa literatura derruba fronteiras reais e imaginárias, gráficos e tabelas.
IV. A antologia reúne os melhores contos da década de 90, mas não os melhores contistas surgidos na década de 90.
V. A geração 90 conseguiu colocar o conto afro-brasileiro, a produção literária feminina e a literatura indígena no mesmo patamar da literatura canônica das décadas anteriores.
Está(ão) correta(s) apenas
A questão aborda o livro Geração 90: manuscritos de computador
Sobre os contos de Marçal Aquino, assinale a alternativa incorreta.
A questão aborda o livro Geração 90: manuscritos de computador
Sobre os contos de Marcelino Freire, julgue corretas (C) ou erradas (E) as assertivas:
( ) É marcante o uso do padrão oral da linguagem.
( ) Os personagens são caricaturais e algumas cenas são intencionalmente inverossímeis.
( ) Aspectos sociais relacionados ao modo de vida dos moradores das periferias das grandes cidades filiam os contos à literatura engajada.
( ) É forte a influência da literatura introspectiva da terceira geração modernista.
( ) O conto “Linha de tiro” aproxima-se do gênero crônica em mais de um aspecto.
A sequência correta é: