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A beleza é uma experiência intrigante: ela vem sempre misturada com uma pitada de tristeza. Vinícius de Moraes se referia à sua “vontade de chorar diante da beleza”. E Adélia Prado mostrou: “O que é bonito enche os olhos de lágrimas". Sinto essa mistura de alegria e tristeza quando ouço Bach e Beethoven, quando vejo Van Gogh e Salvador Dalí.
Foi o filósofo Ernst Bloch quem me deu a explicação mais satisfatória para esse fato. Ele disse que as obras de arte “são uma estrela que antecipa e um canto de alento no caminho que conduz o homem através das trevas”. Nelas mora o “princípio da esperança”. Elas contêm uma “antecipação da moradia final do homem, a pátria tanto do humanismo acabado quanto do naturalismo acabado”. As artes, assim, como em um elemento de visão utópica. A beleza anuncia uma possibilidade de felicidade que se abre diante dos homens. Referindo-se à “Bíblia de Chagall”, Bachelard comenta: “O universo – os desenhos de Chagall o provam – tem, para além de todas as misérias, um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o paraíso”. A arte está cheia de alegria. Mas, ao lançar sua luz alegre sobre o mundo, a arte torna visíveis todos os seus sofrimentos. A arte está cheia de tristeza.
Se a arte é, nas palavras de Bloch, “uma antecipação da morada final do homem” – o Paraíso -, conclui-se que a intenção da beleza é a transformação do mundo. Cada obra de arte é uma oração pela volta do Paraíso. Beethoven teria alegremente trocado a beleza da Nona Sinfonia pela beleza de um universo embriagado pela alegria.
(ALVES, Rubem. Entre a ciência e a sapiência: O dilema da educação. 20.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009, p.19-20)
A ideia principal traduzida no primeiro parágrafo no texto nos aponta que:
A beleza é uma experiência intrigante: ela vem sempre misturada com uma pitada de tristeza. Vinícius de Moraes se referia à sua “vontade de chorar diante da beleza”. E Adélia Prado mostrou: “O que é bonito enche os olhos de lágrimas". Sinto essa mistura de alegria e tristeza quando ouço Bach e Beethoven, quando vejo Van Gogh e Salvador Dalí.
Foi o filósofo Ernst Bloch quem me deu a explicação mais satisfatória para esse fato. Ele disse que as obras de arte “são uma estrela que antecipa e um canto de alento no caminho que conduz o homem através das trevas”. Nelas mora o “princípio da esperança”. Elas contêm uma “antecipação da moradia final do homem, a pátria tanto do humanismo acabado quanto do naturalismo acabado”. As artes, assim, como em um elemento de visão utópica. A beleza anuncia uma possibilidade de felicidade que se abre diante dos homens. Referindo-se à “Bíblia de Chagall”, Bachelard comenta: “O universo – os desenhos de Chagall o provam – tem, para além de todas as misérias, um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o paraíso”. A arte está cheia de alegria. Mas, ao lançar sua luz alegre sobre o mundo, a arte torna visíveis todos os seus sofrimentos. A arte está cheia de tristeza.
Se a arte é, nas palavras de Bloch, “uma antecipação da morada final do homem” – o Paraíso -, conclui-se que a intenção da beleza é a transformação do mundo. Cada obra de arte é uma oração pela volta do Paraíso. Beethoven teria alegremente trocado a beleza da Nona Sinfonia pela beleza de um universo embriagado pela alegria.
(ALVES, Rubem. Entre a ciência e a sapiência: O dilema da educação. 20.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009, p.19-20)
Ainda, de acordo com o texto, “A arte é uma antecipação da morada final do homem” porque:
“Muitos cometas passaram
- coisas, seres, paisagens,
nomes e ruas.
Mas o canto do galo
continua firme.
Esporas rubras do amanhecer”
Jorge Tufic
No poema acima, a expressão “Esporas rubras do amanhecer” constitui uma:
“Muitos cometas passaram
- coisas, seres, paisagens,
nomes e ruas.
Mas o canto do galo
continua firme.
Esporas rubras do amanhecer”
Jorge Tufic
Na mesma estrofe de Jorge Tufic transcrita na questão anterior, o termo “rubras” significa:
CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ
Poeta, cantô de rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua,
Que eu canto o sertão que é meu.
Se aí você teve estudo,
Aqui, Deus me ensinou tudo,
Sem de livro precisá
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá, que eu canto cá.
Você teve inducação,
Aprendeu munta ciença,
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.
Nunca fez uma paioça,
Nunca trabaiou na roça,
Não pode conhecê bem,
Pois nesta penosa vida,
Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem.
Pra gente cantá o sertão,
Precisa nele morá,
Tê armoço de fejão
E a janta de mucunzá,
Vivê pobre, sem dinhêro,
Socado dentro do mato,
De apragata currelepe,
Pisando inriba do estrepe,
Brocando a unha-de-gato.
(ASSARÉ, Patativa do. Cante lá que eu canto cá. Disponível em: < http://letras.mus.br/patativa-do-assare/1072883/ > Acesso em: 19/05/2013.
O texto de Patativa do Assaré apresenta um dos elementos que constituem a variedade linguística da língua no que diz respeito a aspectos:
O provérbio que melhor traduz a ideia central do texto é: