Questões de Filosofia - Filosofia antiga - Helenismo - Estoicismo
XI. Jamais, a respeito de coisa alguma, digas: “Eu a perdi”, mas sim: “Eu a restituí”. O filho morreu? Foi restituído. A mulher morreu? Foi restituída. “A propriedade me foi subtraída”, então também foi restituída. “Mas quem a subtraiu é mau”. O que te importa por meio de quem aquele que te dá a pede de volta? Na medida em que ele der, faz uso do mesmo modo de quem cuida das coisas de outrem. Do mesmo modo como fazem os que se instalam em uma hospedaria.
EPICTETO. Encheirídion. In: DINUCCI, A. Introdução ao Manual de Epicteto. São Cristóvão: UFS, 2012 (adaptado).
A característica do estoicismo presente nessa citação do filósofo grego Epicteto é
Leia o texto a seguir.
Segue, pois, esta sã e salutar forma de vida: concede ao corpo apenas o que for suficiente para um bom estado de saúde. É necessário tratá-lo com severidade para que não desobedeça à mente: a comida deve acalmar a fome, o beber, a sede, as roupas devem proteger do frio, a casa, ser abrigo contra o mau tempo. Não importa se foi construída com taipa ou com mármore importado: saiba que um teto de palha abriga o homem tão bem quanto o de ouro. Despreza tudo o que um trabalho supérfluo estabelece como enfeite e requinte; pensa que nada é extraordinário a não ser a alma e que, para uma alma grande, nada é grande.
SÊNECA, Lúcio Aneu. Da solidão dos filósofos. In Aprendendo a viver. Cartas a Lucílio. Trad. Lúcia Sá Rebello e Ellen Itanajara Neves Vranas. Porto Alegre, RS: L&PM, 2011. p. 18.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Sêneca, filósofo da Roma imperial, assinale a alternativa correta.
Entretanto, nosso amigo Basso tem o ânimo alegre. Isso resulta da filosofia: estar alegre diante da morte, forte e contente qualquer que seja o estado do corpo, sem desfalecer, ainda que desfaleça.
SENECA. L Cartas morais Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1990
O excerto refere-se a uma carta de Sêneca na qual se apresenta como um bem fundamental da filosofia promover a
Leia o texto de Michel de Montaigne para responder à questão.
Os que se dedicam à crítica das ações humanas jamais se sentem tão embaraçados como quando procuram agrupar e harmonizar sob uma mesma luz todos os atos dos homens, pois estes se contradizem comumente a tal ponto que não parecem provir de um mesmo indivíduo. [...] Somos todos constituídos de peças e pedaços juntados de maneira casual e diversa, e cada peça funciona independentemente das demais. Daí ser tão grande a diferença entre nós e nós mesmos quanto entre nós e outrem: “Crede-me, não é coisa fácil conduzir-se como um só homem” [Sêneca].
(Michel de Montaigne apud Eduardo Giannetti. O livro das citações, 2008.)
No texto, o autor reflete sobre
As escolas helenísticas têm em comum a atividade filosófica, como amor e investigação da sabedoria, sendo esta um modo de vida. Elas não se diferenciavam muito na escolha da forma de sabedoria. Todas definiam a sabedoria como um estado de perfeita tranquilidade da alma. Nesse sentido, a filosofia é uma terapêutica dos cuidados, das angústias e da miséria humana, resultante das convenções e obrigações sociais.
Cada escola deste período apresentava um caminho para a felicidade.
Para atingir tal objetivo (a felicidade), estas escolas filosóficas tinham em comum uma reflexão que visava a superação:
“Quem procura alguma coisa acaba chegando a este ponto: ou diz que a encontrou, ou que ela não pode ser encontrada, ou ainda está buscando. Toda a filosofia está distribuída por estes três gêneros. Seu intento é buscar a verdade, a ciência e a certeza. Os peripatéticos, epicuristas, estoicos e outros pensaram havê-la encontrado. Estes estabeleceram as ciências que temos e trataram-nas como conhecimentos certos. Clitômaco, Carnéades e os acadêmicos desesperaram de sua busca e declararam que a verdade não podia ser compreendida com nossos meios. [...]. Pirro e outros céticos ou eféticos – [...] – dizem que estão ainda em busca da verdade. Estes declaram que os que pensam havê-la encontrado enganam-se infinitamente; e que há ainda vaidade ousada demais nesse segundo escalão que assegura que as forças humanas não são capazes de atingila. Pois, estabelecer a medida de nossa capacidade de conhecer e julgar a dificuldade das coisas é uma ciência grande e extrema, da qual duvidam que o homem seja capaz” (MONTAIGNE, Ensaios II, 12).
Sobre o excerto acima que trata dos partidos dos filósofos, seguem as seguintes afirmações:
I. De acordo com os Acadêmicos e outros, a verdade, a ciência e a certeza podem ser encontradas mediante esforço mental.
II. Pirro e outros céticos ou eféticos estão seguros de ter encontrado a verdade porque são vaidosos.
III. Os peripatéticos, epicuristas e estoicos estabelecem que ainda não encontraram a verdade, mas continuam buscando.
IV. Não há diferença entre os três gêneros de filosofia.
A partir dessas afirmações,
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