É claro que o teatro não é uma disciplina científica, e muito menos a arte do ator, na qual a minha atenção está centrada. No entanto, o teatro e, em particular, a técnica do ator, não pode, como Stanislavski sustentava, basear-se unicamente na inspiração ou em fatores imprevisíveis, como a exploração de talentos, um brotar repentino e surpreendente de possibilidades criativas. Por quê? Porque, ao contrário de outras disciplinas artísticas, o trabalho do ator é imperativo, ou seja, situado em lapso de tempo determinado e até mesmo em um momento preciso. Um ator não pode ficar esperando por uma onda de talento nem por um momento de inspiração. Como, então, fazer que esses fatores aconteçam quando necessários? Obrigando o ator que quer ser criativo a dominar um método?
Jerzy Grotowski. Para um teatro pobre. Brasília: Teatro
Caleidoscópio & Ed. Dulcina, 2011, p. 91-2 (com adaptações).
Considerando o texto e as imagens apresentados acima, julgue o item a seguir.
Uma das características mais marcantes do teatro é ser fruto do encontro entre pessoas, ou seja, entre atores e público a cada espetáculo.