Cientistas anunciam reprodução de camundongo sem óvulo, feito inédito
Cientistas conseguiram, pela primeira vez, fazer nascer um camundongo através de uma célula que não era um óvulo injetada com espermatozoide, um método que abre novas perspectivas para a reprodução assistida em humanos, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (13) na revista científica Nature Communications.
“Pensava-se que só um óvulo era capaz de reprogramar o espermatozoide para permitir que o desenvolvimento embrionário acontecesse. Nosso trabalho desafia esse dogma”, disse o autor principal do artigo, Tony Perry, da Universidade de Bath.
Existem dois tipos de células: as células reprodutivas meióticas (óvulos e espermatozoides) e as células mitóticas, que incluem a maioria dos tecidos e órgãos dos nossos corpos.
Disponível em: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/ noticia/2016/09/cientistas-anunciam-reproducao-de-camundongosem-ovulo-feito-inedito.html . Acesso em: 14 set. 2016
Embora incipiente e tenha sido realizada em camundongos, a técnica abre perspectivas futuras para uso em várias frentes de saúde, com considerável impacto social e bioético. Imagine possíveis notícias dos jornais no futuro, caso essa técnica se confirme como um avanço tecnológico real.
As hipotéticas manchetes jornalísticas a seguir podem ser relacionadas com essa tecnologia, EXCETO:
Germes no intestino e saúde
“Imagine o cenário: um cientista numa conferência diz que encontrou um novo órgão no corpo humano”.
Começa com essa frase uma revisão sobre a influência dos germes intestinais na saúde humana, publicada no British Medical Journal. E, continua: “…esse órgão contém um número de genes cem vezes maior do que o do hospedeiro, é específico de cada pessoa, possui componentes herdáveis e pode ser modificado pela dieta, por cirurgia ou antibióticos”.
O intestino humano é habitado por bactérias, fungos e vírus, conjunto de micro-organismos que leva o nome de microbiota e contribui decisivamente para o desenvolvimento e a biologia. Há evidências claras de que esse microbiota evoluiu junto com nossa espécie (coevolução).
Estudos publicados nos últimos dez anos demonstraram que o microbiota intestinal está associado à promoção da saúde e a diversas doenças gastrointestinais e de outros órgãos. Nesse período, o Projeto do Microbioma Humano investigou uma variedade de nichos no organismo: pele, as cavidades oral, nasal e vaginal e, com mais atenção, o trato digestório.
A população de bactérias que vive no jejuno e no íleo é diferente em número e composição daquela encontrada no cólon e reto. A diversificação é explicável pela disponibilidade de nutrientes: carboidratos complexos no cólon e reto; moléculas menores de carboidratos no jejuno-íleo.
Embora existam pelo menos dez diferentes phyla de bactérias intestinais, formados por dezenas de espécies, os dois mais conhecidos são o dos Firmicutes e o dos Bacteroidetes, cuja proporção numérica varia de um indivíduo para outro.
Há cerca de 160 espécies de bactérias apenas no intestino grosso. Como indivíduos não aparentados compartilham apenas um pequeno número delas, é provável que tenhamos sido colonizados pelo microbiota transmitido por nossos ancestrais.
Fermentação dos carboidratos é a atividade central do microbiota do intestino. As substâncias formadas nesse processo exercem papel importante no controle do sistema imunológico e nas reações inflamatórias, especialmente na inflamação crônica causada pelas células adiposas, nas pessoas obesas.
Nos obesos, existe relativa abundância de Firmicutes e redução do número de Bacteroidetes. A perda de peso está associada à proliferação de Bacteroidetes.
O controle das taxas de glicose no sangue também guarda relação com a composição do microbiota. Transplantes de fezes de indivíduos magros para o intestino de diabéticos aumentam a diversidade de bactérias e a sensibilidade à insulina.
Embora a obesidade seja causada por um excesso de calorias ingeridas, diferenças na ecologia dos microorganismos intestinais constituem um fator causal, passível de manipulação terapêutica.
Como o fígado recebe 70% do sangue que circula pelas alças intestinais, está continuamente exposto aos componentes e às toxinas bacterianas. A epidemia de casos de hepatite gordurosa, em gente que não bebe, guarda relação com o aumento do número de Bacteroidetes em relação ao de Firmicutes.
Embora o álcool esteja claramente associado à cirrose hepática, nem todos os alcoólatras desenvolvem a doença. Hoje sabemos que ele provoca proliferação de bactérias no jejuno humano e que, quanto maior o número delas, mais grave a cirrose alcoólica
Há muitos estudos concentrados nas doenças inflamatórias do cólon: colite ulcerativa e doença de Crohn. Está demonstrado que nesses pacientes a composição das bactérias no intestino grosso fica alterada, e que o uso de probióticos e de transplantes de fezes doadas por indivíduos saudáveis podem modificar o curso da enfermidade.
As interações entre as funções metabólicas do microbioma intestinal e a dieta estão implicadas na etiologia do câncer de cólon e reto. O metabolismo das fibras ingeridas tem importância crítica nesse processo.
Há diversos testes com probióticos e prebióticos capazes de modular o crescimento e alterar as características da flora intestinal na prevenção e no tratamento da obesidade, de doenças inflamatórias, infecciosas, degenerativas e até de transtornos psiquiátricos.
A manipulação do microbioma humano fará uma revolução na medicina do século 21.
VARELLA, Drauzio. Germes no intestino e saúde. DrauzioVarella. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/ drauzio/germes-no-intestino-e-saude/. Acesso em: 21 set. 2016 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir.
“Imagine o cenário: um cientista numa conferência diz que encontrou um novo órgão no corpo humano”.
Sobre o uso das aspas nesse trecho e de acordo com a norma padrão, assinale a alternativa CORRETA.
“Embora o álcool esteja claramente associado à cirrose hepática, nem todos os alcoólatras desenvolvem a doença.”
O conectivo destacado confere ao trecho uma ideia:
“Embora o álcool esteja claramente associado à cirrose hepática, nem todos os alcoólatras desenvolvem a doença.”
Sem alteração do sentido original, esse trecho pode ser reescrito da seguinte forma:
Germes no intestino e saúde
“Imagine o cenário: um cientista numa conferência diz que encontrou um novo órgão no corpo humano”.
Começa com essa frase uma revisão sobre a influência dos germes intestinais na saúde humana, publicada no British Medical Journal. E, continua: “…esse órgão contém um número de genes cem vezes maior do que o do hospedeiro, é específico de cada pessoa, possui componentes herdáveis e pode ser modificado pela dieta, por cirurgia ou antibióticos”.
O intestino humano é habitado por bactérias, fungos e vírus, conjunto de micro-organismos que leva o nome de microbiota e contribui decisivamente para o desenvolvimento e a biologia. Há evidências claras de que esse microbiota evoluiu junto com nossa espécie (coevolução).
Estudos publicados nos últimos dez anos demonstraram que o microbiota intestinal está associado à promoção da saúde e a diversas doenças gastrointestinais e de outros órgãos. Nesse período, o Projeto do Microbioma Humano investigou uma variedade de nichos no organismo: pele, as cavidades oral, nasal e vaginal e, com mais atenção, o trato digestório.
A população de bactérias que vive no jejuno e no íleo é diferente em número e composição daquela encontrada no cólon e reto. A diversificação é explicável pela disponibilidade de nutrientes: carboidratos complexos no cólon e reto; moléculas menores de carboidratos no jejuno-íleo.
Embora existam pelo menos dez diferentes phyla de bactérias intestinais, formados por dezenas de espécies, os dois mais conhecidos são o dos Firmicutes e o dos Bacteroidetes, cuja proporção numérica varia de um indivíduo para outro.
Há cerca de 160 espécies de bactérias apenas no intestino grosso. Como indivíduos não aparentados compartilham apenas um pequeno número delas, é provável que tenhamos sido colonizados pelo microbiota transmitido por nossos ancestrais.
Fermentação dos carboidratos é a atividade central do microbiota do intestino. As substâncias formadas nesse processo exercem papel importante no controle do sistema imunológico e nas reações inflamatórias, especialmente na inflamação crônica causada pelas células adiposas, nas pessoas obesas.
Nos obesos, existe relativa abundância de Firmicutes e redução do número de Bacteroidetes. A perda de peso está associada à proliferação de Bacteroidetes.
O controle das taxas de glicose no sangue também guarda relação com a composição do microbiota. Transplantes de fezes de indivíduos magros para o intestino de diabéticos aumentam a diversidade de bactérias e a sensibilidade à insulina.
Embora a obesidade seja causada por um excesso de calorias ingeridas, diferenças na ecologia dos microorganismos intestinais constituem um fator causal, passível de manipulação terapêutica.
Como o fígado recebe 70% do sangue que circula pelas alças intestinais, está continuamente exposto aos componentes e às toxinas bacterianas. A epidemia de casos de hepatite gordurosa, em gente que não bebe, guarda relação com o aumento do número de Bacteroidetes em relação ao de Firmicutes.
Embora o álcool esteja claramente associado à cirrose hepática, nem todos os alcoólatras desenvolvem a doença. Hoje sabemos que ele provoca proliferação de bactérias no jejuno humano e que, quanto maior o número delas, mais grave a cirrose alcoólica
Há muitos estudos concentrados nas doenças inflamatórias do cólon: colite ulcerativa e doença de Crohn. Está demonstrado que nesses pacientes a composição das bactérias no intestino grosso fica alterada, e que o uso de probióticos e de transplantes de fezes doadas por indivíduos saudáveis podem modificar o curso da enfermidade.
As interações entre as funções metabólicas do microbioma intestinal e a dieta estão implicadas na etiologia do câncer de cólon e reto. O metabolismo das fibras ingeridas tem importância crítica nesse processo.
Há diversos testes com probióticos e prebióticos capazes de modular o crescimento e alterar as características da flora intestinal na prevenção e no tratamento da obesidade, de doenças inflamatórias, infecciosas, degenerativas e até de transtornos psiquiátricos.
A manipulação do microbioma humano fará uma revolução na medicina do século 21.
VARELLA, Drauzio. Germes no intestino e saúde. DrauzioVarella. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/ drauzio/germes-no-intestino-e-saude/. Acesso em: 21 set. 2016 (Adaptação).
Em relação ao acento indicativo de crase, analise as afirmativas a seguir.
I. Em “A perda de peso está associada à proliferação de Bacteroidetes.”, o acento é obrigatório e regido por um adjetivo.
II. Em “Como o fígado recebe 70% do sangue que circula pelas alças intestinais, está continuamente exposto aos componentes e às toxinas bacterianas.”, o acento é obrigatório e regido por um verbo.
III. Em “Transplantes de fezes de indivíduos magros para o intestino de diabéticos aumentam a diversidade de bactérias e a sensibilidade à insulina.”, o acento é obrigatório e regido por um substantivo.
Estão corretas as afirmativas:
Germes no intestino e saúde
“Imagine o cenário: um cientista numa conferência diz que encontrou um novo órgão no corpo humano”.
Começa com essa frase uma revisão sobre a influência dos germes intestinais na saúde humana, publicada no British Medical Journal. E, continua: “…esse órgão contém um número de genes cem vezes maior do que o do hospedeiro, é específico de cada pessoa, possui componentes herdáveis e pode ser modificado pela dieta, por cirurgia ou antibióticos”.
O intestino humano é habitado por bactérias, fungos e vírus, conjunto de micro-organismos que leva o nome de microbiota e contribui decisivamente para o desenvolvimento e a biologia. Há evidências claras de que esse microbiota evoluiu junto com nossa espécie (coevolução).
Estudos publicados nos últimos dez anos demonstraram que o microbiota intestinal está associado à promoção da saúde e a diversas doenças gastrointestinais e de outros órgãos. Nesse período, o Projeto do Microbioma Humano investigou uma variedade de nichos no organismo: pele, as cavidades oral, nasal e vaginal e, com mais atenção, o trato digestório.
A população de bactérias que vive no jejuno e no íleo é diferente em número e composição daquela encontrada no cólon e reto. A diversificação é explicável pela disponibilidade de nutrientes: carboidratos complexos no cólon e reto; moléculas menores de carboidratos no jejuno-íleo.
Embora existam pelo menos dez diferentes phyla de bactérias intestinais, formados por dezenas de espécies, os dois mais conhecidos são o dos Firmicutes e o dos Bacteroidetes, cuja proporção numérica varia de um indivíduo para outro.
Há cerca de 160 espécies de bactérias apenas no intestino grosso. Como indivíduos não aparentados compartilham apenas um pequeno número delas, é provável que tenhamos sido colonizados pelo microbiota transmitido por nossos ancestrais.
Fermentação dos carboidratos é a atividade central do microbiota do intestino. As substâncias formadas nesse processo exercem papel importante no controle do sistema imunológico e nas reações inflamatórias, especialmente na inflamação crônica causada pelas células adiposas, nas pessoas obesas.
Nos obesos, existe relativa abundância de Firmicutes e redução do número de Bacteroidetes. A perda de peso está associada à proliferação de Bacteroidetes.
O controle das taxas de glicose no sangue também guarda relação com a composição do microbiota. Transplantes de fezes de indivíduos magros para o intestino de diabéticos aumentam a diversidade de bactérias e a sensibilidade à insulina.
Embora a obesidade seja causada por um excesso de calorias ingeridas, diferenças na ecologia dos microorganismos intestinais constituem um fator causal, passível de manipulação terapêutica.
Como o fígado recebe 70% do sangue que circula pelas alças intestinais, está continuamente exposto aos componentes e às toxinas bacterianas. A epidemia de casos de hepatite gordurosa, em gente que não bebe, guarda relação com o aumento do número de Bacteroidetes em relação ao de Firmicutes.
Embora o álcool esteja claramente associado à cirrose hepática, nem todos os alcoólatras desenvolvem a doença. Hoje sabemos que ele provoca proliferação de bactérias no jejuno humano e que, quanto maior o número delas, mais grave a cirrose alcoólica
Há muitos estudos concentrados nas doenças inflamatórias do cólon: colite ulcerativa e doença de Crohn. Está demonstrado que nesses pacientes a composição das bactérias no intestino grosso fica alterada, e que o uso de probióticos e de transplantes de fezes doadas por indivíduos saudáveis podem modificar o curso da enfermidade.
As interações entre as funções metabólicas do microbioma intestinal e a dieta estão implicadas na etiologia do câncer de cólon e reto. O metabolismo das fibras ingeridas tem importância crítica nesse processo.
Há diversos testes com probióticos e prebióticos capazes de modular o crescimento e alterar as características da flora intestinal na prevenção e no tratamento da obesidade, de doenças inflamatórias, infecciosas, degenerativas e até de transtornos psiquiátricos.
A manipulação do microbioma humano fará uma revolução na medicina do século 21.
VARELLA, Drauzio. Germes no intestino e saúde. DrauzioVarella. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/ drauzio/germes-no-intestino-e-saude/. Acesso em: 21 set. 2016 (Adaptação).
Em relação aos elementos responsáveis pela coesão textual, analise as afirmativas a seguir.
I. Em “Começa com essa frase uma revisão sobre a influência dos germes intestinais na saúde humana, publicada no British Medical Journal.” (2º parágrafo), o pronome destacado refere-se a “um cientista numa conferência diz que encontrou um novo órgão no corpo humano”.
II. Em “E, continua: “…esse órgão contém um número de genes cem vezes maior do que o do hospedeiro [...]” (2º parágrafo), a locução destacada refere-se a “um novo órgão no corpo humano”.
III. Em “Nesse período, o Projeto do Microbioma Humano investigou uma variedade de nichos no organismo [...]” (4º parágrafo), a locução destacada refere-se a “nos últimos dez anos”.
IV. Em “As substâncias formadas nesse processo exercem papel importante [...]” (8º parágrafo), a locução destacada refere-se a “atividade central do microbiota do intestino”.
V. Em “Está demonstrado que nesses pacientes a composição das bactérias no intestino grosso fica alterada [...]” (14º parágrafo), a locução destacada refere-se aos pacientes portadores de colite ulcerativa e doença de Crohn.
Estão corretas as afirmativas: