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No Amazonas, jovens Ticunas e Kokama criam site com produções audiovisuais
Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que quase metade da população brasileira com dez anos ou mais de idade acessava a internet em 2011. O acesso aos meios de comunicação e, principalmente pelo computador, também é realidade para os indígenas. Jovens das etnias Ticunas e Kokama serão os responsáveis por “abastecer” um site criado para a rede de jovens indígenas do Alto Rio Solimões, no Amazonas. O site será lançado após o término das oficinas sobre ferramentas de internet, que ocorre em Tabatinga.
As oficinas, onde aprendem a produzir material com foco em direitos humanos, reúnem 30 jovens dos quatro núcleos de comunicação que funcionam em comunidades indígenas dos municípios de Benjamin Constant, São Paulo de Olivença e Tabatinga.
As capacitações são promovidas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e, segundo seu representante no Brasil, Gary Stahl, com esse projeto, os jovens lançam seus olhares para a própria realidade. “Eles produzem jornais, vídeos, programas de rádio e fotografias sobre temas relacionados aos direitos humanos, em especial de crianças e adolescentes indígenas”, detalhou. Gary explicou ainda que, com o site, as expressões audiovisuais serão acessadas por um universo ilimitado de pessoas.
O jovem ticuna Sandro Flores, de 23 anos, relatou que a internet era a ferramenta que estava faltando. “Queremos nos comunicar também na nossa língua ticuna e mostrar que podemos continuar nosso costume tradicional, sem jamais deixarmos de ser ticunas”, explanou.
A kokama Geruzethe Arcanjo, de 17 anos, disse que a expectativa é aprender a usar a internet para divulgar o trabalho local. “Esse é um grande incentivo para a gente, porque é difícil chegarem oportunidades para nós jovens indígenas. Com o site, vamos manter sempre contato com outros jovens e nos informar sobre nossos direitos”, afirma.
As peças audiovisuais já produzidas valorizam histórias e ações ocorridas nas comunidades indígenas e têm sido divulgadas em escolas e pontos de circulação dos moradores, alcançando um público diversificado.
(www.portalamazonia.com.br. Adaptado.)
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