Questões de Filosofia - Temática - Filosofia da Religião
A Cavalgada de Sant'Ana é uma expressão da devoção dos vaqueiros à padroeira de Caicó (RN). Nas décadas de 1950 a 1970, esse evento, então denominado Cavalaria, era celebrado pelas pessoas que residiam na zona rural do município de Caicó. Essas pessoas usavam os animais (jegues, mulas e cavalos) como único meio de transporte, sobretudo para se dirigirem à cidade nos dias de feiras, trazendo seus produtos para comercializarem. Estando em Caicó no período da Festa de Sant'Ana, esses agricultores se organizavam em cavalgada até o pátio da Catedral de Sant'Ana para louvar a santa e receber bênção para seus animais. Por volta da década de 1970, com a chegada do automóvel à zona rural do município, essa expressão cultural foi extinta. O meio de transporte utilizando os animais passou a ser substituído por carros, sobretudo caminhonetes e caminhões, que transportavam os camponeses para a cidade em dias de feiras e festas. Desde 2002, um grupo de caicoenses retomou essa expressão cultural e, em conjunto com a associação dos vaqueiros, realiza no primeiro. domingo da Festa a Cavalgada de Sant'Ana. O evento, além. de contar com a participação dos cavaleiros que residem nas zonas rurais, atrai também pessoas que residem em Caicó, cidades vizinhas e amantes das vaquejadas.
FESTA DE SANT'ANA. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br.Acesso em: 12 out. 2021 (adaptado).
As mudanças culturas mencionadas no texto caracterizam-se pela presença de
Quem se mete pelo caminho do pedido de perdão deve estar pronto a escutar uma palavra de recusa. Entrar na atmosfera do perdão é aceitar medir-se com a possibilidade sempre aberta do imperdoável. Perdão pedido não é perdão a que se tem direito [devido]. E com o preço destas reservas que a grandeza do perdão se manifesta.
RICOEUR, P. O perdão pode curar. Disponível em: www.lusosofia.net. Acesso em: 14 out. 2019.
A reflexão sobre o perdão apresentada no texto encontra fundamento na(s)
Leia:
"As Quatro Nobres Verdades são: Verdade do sofrimento; verdade da origem do sofrimento; verdade da cessação do sofrimento; verdade do caminho que leva à cessação do sofrimento".
(In: https://templozulai.org.br/pt_BR/)
No século VI a.C., Sidarta Gautama (563 a.C. - 483 a.C.), mais conhecido como Buda, criou uma religião e filosofia, a partir de sua experiência de vida, deixando a condição de príncipe e a casta que pertencia no Hinduísmo.
Dentre os preceitos do Budismo estão:
Leia a seguir um trecho da condenação de Galileu Galilei pelo Tribunal da Inquisição:
Roma, 23 de junho de 1633.
Nós, [...] pela misericórdia de Deus, da Sta. Igreja Romana cardeais, em toda a República Cristã inquisidores gerais da Sta. Sé Apostólica com missão especial contra a herética maldade, em sendo que tu, Galileu, [...], fostes denunciado em 1615 neste Santo Ofício por admitir como verdadeira a falsa doutrina, por alguns ensinada, que o Sol seja o centro do mundo e imóvel, e que a Terra se mova também de movimento diurno (...).Te condenamos ao cárcere formal neste St. Ofício ao arbítrio nosso; e por penitência salutar te impomos que por três anos a partir de agora uma vez por semana leias os sete Salmos penitenciais; reservando-nos a faculdade de moderar, modificar, ou suspender em todo ou em parte as referidas pena e penitência.
(Extraído de: BAIARDI, Amílcar et. al. Processos cavilosos, sentença vingativa e abjura humilhante: o caso Galileu. Cadernos de História da Ciência - Instituto Butantã - Vol. VIII (2), p. 203- 206, jul./dez 2012.)
Tal condenação fez parte de um contexto marcado por:
Leia o texto “Maquiavel, do diabo à ética”, de Renato Janine Ribeiro, para responder à questão.
Num dia de dezembro de 1513, um homem escreve a um amigo. Está no campo, banido. Foi preso e torturado. Mas não se queixa. Conta que passa o dia com os camponeses, gritando, jogando. À noite, porém, troca de roupa. Veste os melhores trajes. Lê os autores antigos e, espanto!, dialoga com eles. Ouve suas opiniões, suas ideias. (Essa passagem é sempre citada, quando que se quer explicar a Renascença.) Quase no final, informa que gastou algumas semanas escrevendo um livrinho, De principatibus (Dos principados), “onde me aprofundo tanto quanto posso nas cogitações desse tema...”.
Gastou nisso umas poucas semanas, que definirão para a posteridade o seu nome — Nicolau Maquiavel. A elas Maquiavel deverá a glória: seu nome gerará um adjetivo que todos conhecem. De uns trinta grandes filósofos, apenas dois — ele e Platão — chegaram a tanto. Mesmo quem nunca os leu tem noção do que é amor platônico ou ação maquiavélica. Não importa que nós, professores de filosofia, provemos que os adjetivos convêm mal aos dois filósofos. Eles pegaram. O renome de Maquiavel é maior que ele próprio.
Mas é um mau renome, uma má fama, infâmia. O Príncipe foi lido, bem cedo, como um livro de conselhos aos governantes, para quem os fins justificariam os meios (essa frase, aliás, não é de Maquiavel). Ele defenderia o despotismo e a amoralidade dos príncipes. Há aqui, porém, um problema. Maquiavel escreveu O Príncipe de um jato só, enquanto se dedicou vários anos a outro projeto — os Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio, um longo comentário ao historiador de Roma antiga.
Ora, os Discursos são uma obra republicana. E, se Maquiavel foi torturado a mando dos Médici1, que acabavam de retomar Florença, isso se deveu a ter sido ele um dos líderes da República florentina. O Maquiavel mais extenso é republicano — e sobre ele temos um livro notável de Newton Bignotto, Maquiavel republicano (1991). Mas talvez o autor d’O Príncipe seja o Maquiavel mais intenso: essas semanas no campo emancipam a política da moral cristã.
(Revista Cult, no 74, 2003.)
1Médici: dinastia política italiana.
O termo sublinhado em “que definirão para a posteridade” (2º parágrafo)
pertence à mesma classe de palavra do termo sublinhado em:
Tomás de Aquino, filósofo cristão que viveu no século XIII, afirma: a lei é uma regra ou um preceito relativo às nossas ações. Ora, a norma suprema dos atos humanos é a razão. Desse modo, em última análise, a lei está submetida à razão; é apenas uma formulação das exigências racionais. Porém, é mister que ela emane da comunidade, ou de uma pessoa que legitimamente a representa.
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da filosofia cristã. Petrópolis: Vozes, 1991 (adaptado).
No contexto do século XIII, a visão política do filósofo mencionado retoma o
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