Questões de Português - Gramática - Sintaxe - Sujeito
Para responder às questão, leia o poema da escritora portuguesa Florbela Espanca, publicado originalmente em 1919.
Vaidade
Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo
Aos pés de quem a terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!...
(Florbela Espanca. Poemas, 1996.)
O núcleo do sujeito do verbo “deleita” (2ª estrofe) é
Leia o texto a seguir para responder a questão.
Nobel da Paz premia jornalistas por trabalho pela liberdade de expressão
A honraria foi concedida à filipina Maria Ressa e ao russo Dmitry Muratov
O Prêmio Nobel da Paz de 2021 foi concedido nesta sexta- -feira, 8, aos jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov. Segundo o comitê responsável, a dupla ganhou a honraria “por sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia”.
Maria Ressa, de 58 anos, é filipina e diretora executiva do Rappler, um veículo crítico ao presidente Rodrigo Duterte. Já o russo Dmitry Muratov, de 59 anos, lidera o jornal independente Novaya Gazeta. Os dois vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 6,3 milhões de reais).
“O jornalismo livre, independente e baseado em fatos atua na proteção contra abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra”, disse Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê Norueguês do Nobel, ao anunciar o prêmio em Oslo. “Sem liberdade de expressão e de imprensa será difícil promover com sucesso a fraternidade entre as nações, o desarmamento e uma ordem mundial melhor”.
Ressa é a primeira filipina a receber um Nobel individualmente. Em 2021, ela também recebeu o Prêmio Mundial de Liberdade de Expressão da Unesco.
O Comitê afirmou que a Novaya Gazeta é “o jornal mais independente da Rússia, hoje, com uma atitude fundamentalmente crítica em relação ao poder”. Desde sua criação, em 1993, o meio de comunicação publicou artigos críticos sobre temas como corrupção, violência policial, prisões ilegais e fraudes eleitorais. Pelo seu trabalho, seis repórteres do jornal foram mortos, mas apesar dos assassinatos e ameaças, o editor- -chefe Muratov recusou-se a abandonar sua política independente.
“O jornalismo baseado em fatos e a integridade profissional do jornal o tornaram uma importante fonte de informação sobre aspectos censuráveis da sociedade russa raramente mencionados por outros meios de comunicação”, disse o prêmio sobre o veículo comandado por Muratov.
O governo do russo Vladimir Putin se pronunciou após o anúncio do prêmio, mas preferiu ignorar as críticas às suas práticas. O porta-voz de Moscou, Dmitri Peskov, afirmou que Muratov trabalha consistentemente de acordo com seus próprios ideais e que o jornalista é “corajoso e talentoso”.
https://veja.abril.com.br/mundo,11/10/ 2021.
Analise os trechos a seguir, verificando os tipos de sujeitos presentes.
I. O governo do russo Vladimir Putin se pronunciou após o anúncio do prêmio.
II. O jornalismo livre, independente e baseado em fatos atua na proteção contra abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra.
III. Ressa e Rappler também documentaram como as redes sociais estão sendo usadas para espalhar notícias falsas, assediar adversários e manipular o discurso público.
IV. O meio de comunicação publicou artigos críticos sobre temas como corrupção, violência policial, prisões ilegais e fraudes eleitorais.
Assinale a alternativa que possui a classificação correta dos sujeitos, de cima para baixo.
Texto para responder a questão.
Grupos teatrais da Amazônia resgatam histórias dos povos da floresta
Autora: Juliana Domingos de Lima, da Ecoa (fragmento)
Quando um grupo de teatro terminou sua apresentação em uma comunidade de indígenas huni kuin, povo que habita o Acre e o sul do Amazonas, o que se ouviu não foram as tradicionais palmas, mas gritos de saudação. O público soou um alegre “ííííí”, se levantou, deu os braços e dançou. Assim como os atores, maquiados e trajados em um figurino especial, eles também haviam se pintado e se vestido para compartilhar daquele momento.
O “teatro de floresta”, aquele que é feito na floresta ou que encena histórias dos povos da floresta, desafia as convenções do teatro ocidental tradicional e se aproxima da premissa do teatro de rua ao incorporar os sons, cheiros, intervenções de animais e outros seres da floresta.
“O teatro de floresta é vivo, porque a floresta é viva. Como a floresta, ele está em constante transformação”, disse a artista acreana Dani Mirini, que estuda o tema em seu mestrado na Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). “Pra mim, ele é esse teatro formado já há um tempão aqui, quando chega a hora da noite e o seringueiro ou o ribeirinho que não têm uma televisão vão se reunir ao redor da fogueira e contar histórias de como foi a caça, como foi a pesca, como foi a agricultura, de como era há um tempo atrás, como eles chegaram ali”.
O grupo que se apresentou para os huni kuins, chamado Vivarte, já vem de uma caminhada de mais de 20 anos. Em 1998, Maria Rita Costa da Silva, mãe de Mirini, era professora de história e artes na escola Zuleide Pereira, na zona rural de Rio Branco, capital acreana. A maioria de seus alunos eram filhos de seringueiros. Percebendo que muitos tinham vergonha dessa origem, a professora resolveu criar uma peça de teatro com as histórias contadas pelos pais e avós dos estudantes. [...].
https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias, 04/10/2021.
Analise as afirmações a seguir, a partir do texto e de conhecimentos pessoais prévios.
I. A atuação do teatro de floresta demonstra que a arte pode ser representada e executada de diversas formas e em lugares inusitados. E ratifica que o senso estético é intrínseco a todo ser humano.
II. No período “A maioria de seus alunos eram filhos de seringueiros” o autor faz concordância do verbo com o objeto indireto a fim de revelar o público-alvo do teatro.
III. No trecho “O teatro de floresta é vivo, porque a floresta é viva. Como a floresta, ele está em constante transformação”, disse a artista acreana Dani Mirini”, o pronome grifado é elemento coesivo e retoma a expressão “teatro de floresta”.
IV. O teatro de floresta tem contribuído para os filhos de seringueiros reconhecerem e valorizarem sua identidade cultural marcada por experiências junto à natureza.
V. No excerto “Assim como os atores, maquiados e trajados em um figurino especial, eles também haviam se pintado e se vestido para compartilhar daquele momento”, o período sublinhado apresenta sujeito tipo composto.
É correto o que se afirma em:
E a indústria de alimentos na pandemia?
O editorial da edição de 10 de junho do British Medical Journal, assinado por professores da Queen Mary University of London, na Inglaterra, propõe uma reflexão tão interessante que vale provocá-la entre nós, aqui também: a pandemia de Covid-19 deveria tornar ainda mais urgente o combate à outra pandemia, a de obesidade.
O excesso de peso, por si só, já é um fator de risco importante para o agravamento da infecção pelo Sars-CoV 2, como lembram os autores. A probabilidade de uma pessoa com obesidade severa morrer de Covid-19 chega a ser 27% maior do que a de indivíduos com obesidade grau 1, isto é, com um índice de massa corporal entre 30 e 34,9 quilos por metro quadrado, de acordo com a plataforma de registros OpenSAFELY.
O editorial cita uma série de outros dados e possíveis razões para a associação entre a má evolução de certos casos de Covid-19 e a obesidade. No entanto, o que mais destaca é o ambiente obesogênico que o novo coronavírus encontrou no planeta.
Nos Estados Unidos e no Reino Unido, para citar dois exemplos, entre 65% e 70% da população apresentam um peso maior do que o recomendado para o bem da saúde. E, assim, os autores apontam o dedo para a indústria de alimentos que, em sua opinião, em todo o globo não parou de promover produtos ultraprocessados, com muito açúcar, uma quantidade excessiva de sódio e gorduras além da conta.
A crítica do editorial é mesmo cortante: “Fica claro que a indústria de alimentos divide a culpa não apenas pela pandemia de obesidade como pelos casos mais graves de Covid-19 e suas consequências devastadoras”, está escrito.
E os autores cobram medidas, lembrando que o confinamento exigido pela Covid-19 aparentemente piorou o estado nutricional das pessoas, em parte pela falta de acesso a alimentos frescos, em outra parte porque o pânico fez muita gente estocar itens ultraprocessados em casa, já que esses costumam ter maior vida de prateleira, inclusive na despensa.
Mas o que deixou os autores realmente desconfortáveis foram as ações de marketing de algumas marcas nesses tempos desafiadores. Todas, claro, querendo demonstrar o seu envolvimento com iniciativas de responsabilidade social, mas dando tiros que, para olhos mais atentos, decididamente saíram pela culatra. Por exemplo, quando uma indústria bem popular na Inglaterra distribuiu nada menos do que meio milhão de calóricos donuts para profissionais na linha de frente do National Health Service britânico.
A impressão é de que as indústrias de alimentos verdadeiramente preocupadas com a população, cada vez mais acometida pela obesidade, deveriam aproveitar a crise atual para botar a mão na consciência, parar de promover itens pouco saudáveis e reformular boa parte do seu portfólio. As mortes por Covid-19 dão a pista de que essa é a maior causa que elas poderiam abraçar no momento.
Fonte: Adaptado de https://abeso.org.br/e-a-industria-de-alimentos-na-pandemia. Publicado em 30 de junho de 2020. Acessado em 09 Mar 21.
GLOSSÁRIO: O termo “ambiente obesogênico” foi criado pelo professor de Bioengenharia da Universidade da Califórnia, nos EUA, Bruce Blumberg. Segundo ele, são os Obesogênicos os responsáveis por contribuir no ganho de peso sem que o indivíduo tenha consciência de que está engordando.
No trecho “A crítica do editorial é mesmo cortante.”, o termo destacado é
Leia e responda.
1 – Com a eloquência de sua oratória, fez o nobre deputado defesa da Reforma da Previdência.
2 – Não se dorme bem com o calor insuportável em uma grande metrópole durante o verão tropical brasileiro.
3 – Tempestade forte, transbordamento de rios e deslizamento de encostas castigaram a cidade do Rio de Janeiro em 2019.
Tem-se, respectivamente,
Após a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda à questão proposta.
Sobre a importância da ciência
Parece paradoxal que, no início deste milênio, durante o que chamamos com orgulho de “era da ciência”, tantos ainda acreditem em profecias de fim de mundo. Quem não se lembra do bug do milênio ou da enxurrada de absurdos ditos todos os dias sobre a previsão maia de fim de mundo no ano 2012?
Existe um cinismo cada vez maior com relação à ciência, um senso de que fomos traídos, de que promessas não foram cumpridas. Afinal, lutamos para curar doenças apenas para descobrir outras novas. Criamos tecnologias que pretendem simplificar nossas vidas, mas passamos cada vez mais tempo no trabalho. Pior ainda: tem sempre tanta coisa nova e tentadora no mercado que fica impossível acompanhar o passo da tecnologia.
Os mais jovens se comunicam de modo quase que incompreensível aos mais velhos, com Facebook, Twitter e textos em celulares. Podemos ir à Lua, mas a maior parte da população continua mal nutrida.
Consumimos o planeta com um apetite insaciável, criando uma devastação ecológica sem precedentes. Isso tudo graças à ciência? Ao menos, é assim que pensam os descontentes, mas não é nada disso.
Primeiro, a ciência não promete a redenção humana. Ela simplesmente se ocupa de compreender como funciona a natureza, ela é um corpo de conhecimento sobre o Universo e seus habitantes, vivos ou não, acumulado através de um processo constante de refinamento e testes conhecido como método científico.
A prática da ciência provê um modo de interagir com o mundo, expondo a essência criativa da natureza. Disso, aprendemos que a natureza é transformação, que a vida e a morte são parte de uma cadeia de criação e destruição perpetuada por todo o cosmo, dos átomos às estrelas e à vida. Nossa existência é parte desta transformação constante da matéria, onde todo elo é igualmente importante, do que é criado ao que é destruído.
A ciência pode não oferecer a salvação eterna, mas oferece a possibilidade de vivermos livres do medo irracional do desconhecido. Ao dar ao indivíduo a autonomia de pensar por si mesmo, ela oferece a liberdade da escolha informada. Ao transformar mistério em desafio, a ciência adiciona uma nova dimensão à vida, abrindo a porta para um novo tipo de espiritualidade, livre do dogmatismo das religiões organizadas.
A ciência não diz o que devemos fazer com o conhecimento que acumulamos. Essa decisão é nossa, em geral tomada pelos políticos que elegemos, ao menos numa sociedade democrática. A culpa dos usos mais nefastos da ciência deve ser dividida por toda a sociedade. Inclusive, mas não exclusivamente, pelos cientistas. Afinal, devemos culpar o inventor da pólvora pelas mortes por tiros e explosivos ao longo da história? Ou o inventor do microscópio pelas armas biológicas?
A ciência não contrariou nossas expectativas. Imagine um mundo sem antibióticos, TVs, aviões, carros. As pessoas vivendo no mato, sem os confortos tecnológicos modernos, caçando para comer. Quantos optariam por isso?
A culpa do que fazemos com o planeta é nossa, não da ciência. Apenas uma sociedade versada na ciência pode escolher o seu destino responsavelmente. Nosso futuro depende disso.
Marcelo Gleiser é professor de física teórica no Dartmouth College (EUA).
Fonte: www.ufrgs.br /blogdabc/sobre-importancia-da-ciencia/ (postado em 18/10/2010). Acesso em 5 de abril de 2020.
Assinale a alternativa que apresenta o núcleo do sujeito do seguinte período: “Apenas uma sociedade versada na ciência pode escolher o seu destino responsavelmente”.
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