CUSC 2016 1° Semestre
40 Questões
Grande São Paulo: veredas
A crise hídrica que desde o início do ano toma conta do estado de São Paulo, atingindo nos últimos meses proporções alarmantes, é apenas a ponta de um iceberg – às avessas. A situação é semelhante ao que ocorre na periferia das grandes cidades do país e decorre de um conjunto de fatores: da degradação dos mananciais e fontes de água associadas à falta de transparência e participação nos processos de gestão, até o déficit de chuvas e eventos climáticos extremos. Há pelo menos três verões, chove abaixo do esperado em São Paulo. Foi o outubro mais seco dos últimos 12 anos para os sistemas da Cantareira e do Alto Tietê, que abastecem o estado. Na Cantareira, por exemplo, destinada à captação e tratamento de água para a Grande São Paulo e responsável pelo abastecimento de 8,8 milhões de pessoas, choveu apenas 32,49% da média histórica.
Gerenciamos muito mal a escassez”, diz o especialista em recursos hídricos Carlos Eduardo Morelli Tucci. “Temos duas reduções de vazão: pela escassez (período seco) e pela contaminação da água disponível por falta de tratamento (escassez qualitativa)”. Para ele, São Paulo desprezou o risco de falta de abastecimento e mostrou como não se deve gerir um sistema de água.
Adaptado de: <http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/conteudo/ grande-sao-paulo-veredas>
Conforme o texto acima, pode-se afirmar que:
I. muitos são os fatores que levaram à crise hídrica, e todos eles estão relacionados às ações humanas.
II. a crise hídrica está relacionada a diferentes fatores que envolvem, exclusivamente, os fenômenos da natureza como o déficit de chuvas e eventos climáticos extremos.
III. as ações humanas e as políticas são também responsáveis pela crise hídrica.
IV. o consumo e o uso excessivo da água levaram ao problema da escassez hídrica.
Canção de Regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo
ANDRADE, Oswald de. Canção de Regresso à Pátria - Pau-Brasil. Disponível em: <http://www.itatiaia.com.br/blog/jose-linosouza-barros/canto-de-regresso-a-patria-de-oswald-deandrade>.
Este poema de Oswald de Andrade é uma paródia da Canção do Exílio de Gonçalves Dias, poeta romântico. Pode-se afirmar que:
I. a Canção de Regresso à Pátria faz uma crítica à visão ufanista da pátria idealizada em Canção do Exílio.
II. a Canção de Regresso à Pátria remete à escravidão e à opressão. A troca da palavra palmeiras, presente em Canção do Exílio, por palmares, pelo poeta Oswald de Andrade, faz marcar o nacionalismo crítico dos modernistas.
III. o poema Canção de Regresso à Pátria não realiza crítica social porque também exalta as belezas naturais do Brasil.
IV. o poema Canção de Regresso à Pátria satiriza as características do romantismo presente em Canção do Exílio, que retrata o nacionalismo de Gonçalves Dias ao enaltecer as belezas da paisagem brasileira.
O número de equipamentos e tecnologias voltadas aos pequenos produtores aumentou. Com preços mais acessíveis, produtos permitem que lavouras menores utilizem técnicas mais sofisticadas. Empresas de consultoria especializadas prestam serviço e ajudam o agricultor a tirar dúvidas e descobrir qual é o aparelho mais adequado para otimizar os negócios no campo. Ainda existe a possibilidade do aluguel – que permite um verdadeiro test-drive antes de um investimento definitivo. Um levantamento realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em maio de 2014, apontou que 53% das propriedades agrícolas do Sudeste do País optaram pela agricultura de precisão.
Por que o custo caiu? “Com essas tecnologias saindo de fábrica acopladas às máquinas, houve uma redução significativa no custo de aquisição, além disso existe a possibilidade de financiamento com taxas menores, diz Antonio Rafael Costa, gerente de marketing de produto da AGCO, fabricante de máquinas agrícolas. É o caso dos modelos de tratores menores, que apostam em maior segurança e conforto, e podem ser financiados pelos programas de incentivo federais.
Há outras alternativas. No lugar de um trator, técnicos aconselham a compra de uma motossemeadora, desenvolvida pela Embrapa, que tem uso duplo, para plantar sementes ou aplicar adubo. O silo-bolsa é mais leve e comporta mais de 200 toneladas de grãos. Portátil, não precisa de estrutura física para suporte e pode custar até 20% do valor de um modelo convencional.
ESTADAO PROJETOS ESPECIAIS. Cresce oferta de produtos para pequeno produtor. Caderno do agronegócio, 27 fev. 2015, p. 8. Adaptado.
Com o Novo Acordo Ortográfico, ocorreram mudanças no uso do hífen. Na frase “No lugar de um trator, técnicos aconselham a compra de uma motossemeadora, desenvolvida pela Embrapa, [...]”, a palavra motossemeadora deixou de ter hífen. Quais outros vocábulos seguem a mesma regra e deixaram de usar o hífen?
I. metarregra, fotorreportagem, minissaia.
II. malassombrada, antepassados, interregional.
III. motosserra, semirreta, antirrábica.
IV. ultrassonografia, microondas, suprarrenal.
Pode-se afirmar que:
Praticamente tudo o que comemos ou usamos necessita de uma grande quantidade de água para ser produzido. Os números são grandiosos. Para fabricar uma calça jeans, por exemplo, a indústria gasta 11 mil litros de água, no cultivo de uma alface são utilizados 40 litros e para produzir um quilo de arroz são necessários 2,5 mil litros. Com esses dados fica mais fácil perceber que uma crise de água afeta todos os setores da economia.
O consumo mundial de água doce se divide em 70% para a agropecuária, 20% para a indústria e apenas 10% para o uso doméstico, de acordo com dados das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Na agropecuária, entre as formas do desperdício estão irrigações mal executadas e falta de controle do agricultor na quantidade usada em lavouras e no processamento dos produtos.
ESTADAO PROJETOS ESPECIAIS. A água que faz a economia girar. 22 mar. 2015, p.6.
Considerando a crise hídrica, pode-se afirmar que:
I. a falta de água impõe uma crise na economia do país uma vez que, além do setor doméstico, o da agricultura, o de serviços e o da indústria sofrem dificuldades para produzir bens, serviços e produtos.
II. a crise da água impõe restrições especialmente ao setor doméstico, pois os demais setores precisam utilizar água e assim gerar emprego e girar a economia.
III. toda a sociedade tem de adotar novos hábitos para preservar a água, já que esta é um recurso escasso.
IV. com a crise da água, as famílias têm mais gastos que afetam diretamente o orçamento doméstico.
A crase está presente no exemplo: Dia Mundial de Combate à Doença. Indique as frases em que o uso da crase está correto:
I. Ministério da Saúde lança campanha para combater à dengue.
II. O governo atribuiu dificuldades para enfrentar à tuberculose.
III. O combate à tuberculose deve ser compromisso dos governos municipal, estadual e federal.
IV. A crise hídrica leva à redução da água potável.
Pode-se afirmar que:
O nível de emprego na construção brasileira registrou queda de 0,94% em fevereiro no comparativo com janeiro. O saldo entre demissões e contratações ficou negativo em 30,9 mil trabalhadores com carteira assinada. Os dados são do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No Estado de São Paulo, o nível de emprego registrou queda de 0,69% em fevereiro e o saldo entre contratações e demissões ficou negativo em 5,2 mil trabalhadores. No acumulado do ano anterior, o indicador apresentou baixa de 5,46%, com o fechamento de 48.597 vagas.
O ESTADO DE S. PAULO. Emprego recua 0,94%. 29 mar. 2015, p. 1. Caderno classificados.
Pode-se afirmar que: