Unaerp 2014/2 Medicina
60 Questões
Texto para a questão.
Destruição criativa
O desemprego na zona do euro bateu nos 10,8%, a pior taxa desde 1997, chegando a extremos como 50% em grupos específicos como entre os jovens gregos e espanhóis. A resposta dos países tem sido desregulamentar o mercado de trabalho, na esperança de que, ao facilitar as demissões, empresas possam voltar a crescer. Os sindicatos e a população, é óbvio, não gostam e ameaçam com greves, protestos e votos na oposição.
Se a iniciativa vai ou não dar certo, eu não sei dizer. O que dá para afirmar é que historicamente a geração de riqueza sempre esteve associada à destruição de empregos.
Um exemplo eloquente é o do trabalho no campo nos EUA. Em 1800, era preciso manter 95 de cada 100 norte-americanos em fazendas para alimentar o país. Em 1900, eram 40. Hoje, são apenas três. Esse enorme contingente que perdeu seu emprego na lavoura foi para as cidades, onde se dedica a outras atividades, muito mais especializadas e produtivas, e engrossa as fileiras do mercado consumidor, cuja existência faz com que valha a pena desenvolver invenções e novos produtos. Para economistas como Julian Simon, o que gera a riqueza, em última análise, são ideias. A imaginação humana é o recurso final.
A insistência na manutenção de empregos, tão comum entre trabalhadores, sindicalistas e políticos, pode tornar-se, paradoxalmente, uma força reacionária, que freia ganhos de produtividade. Isso fica claro na sobrevivência de profissões-fósseis, como ascensoristas, frentistas e cobradores de ônibus, que só existem por um misto de saudosismo com regulamentações arcaizantes.
Mais lógica é a posição de países escandinavos que, sob a rubrica “flexicurity”, são flexíveis na dispensa do trabalhador, mas investem muito em treinamento e num bom seguro-desemprego. A demissão não fica menos traumática, mas o sistema ao menos tem coerência interna.
Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo. Editorial, 07.04.2012.
De acordo com o texto, é correto inferir que
Texto para a questão.
Destruição criativa
O desemprego na zona do euro bateu nos 10,8%, a pior taxa desde 1997, chegando a extremos como 50% em grupos específicos como entre os jovens gregos e espanhóis. A resposta dos países tem sido desregulamentar o mercado de trabalho, na esperança de que, ao facilitar as demissões, empresas possam voltar a crescer. Os sindicatos e a população, é óbvio, não gostam e ameaçam com greves, protestos e votos na oposição.
Se a iniciativa vai ou não dar certo, eu não sei dizer. O que dá para afirmar é que historicamente a geração de riqueza sempre esteve associada à destruição de empregos.
Um exemplo eloquente é o do trabalho no campo nos EUA. Em 1800, era preciso manter 95 de cada 100 norte-americanos em fazendas para alimentar o país. Em 1900, eram 40. Hoje, são apenas três. Esse enorme contingente que perdeu seu emprego na lavoura foi para as cidades, onde se dedica a outras atividades, muito mais especializadas e produtivas, e engrossa as fileiras do mercado consumidor, cuja existência faz com que valha a pena desenvolver invenções e novos produtos. Para economistas como Julian Simon, o que gera a riqueza, em última análise, são ideias. A imaginação humana é o recurso final.
A insistência na manutenção de empregos, tão comum entre trabalhadores, sindicalistas e políticos, pode tornar-se, paradoxalmente, uma força reacionária, que freia ganhos de produtividade. Isso fica claro na sobrevivência de profissões-fósseis, como ascensoristas, frentistas e cobradores de ônibus, que só existem por um misto de saudosismo com regulamentações arcaizantes.
Mais lógica é a posição de países escandinavos que, sob a rubrica “flexicurity”, são flexíveis na dispensa do trabalhador, mas investem muito em treinamento e num bom seguro-desemprego. A demissão não fica menos traumática, mas o sistema ao menos tem coerência interna.
Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo. Editorial, 07.04.2012.
O fragmento “A insistência na manutenção de empregos [...] pode tornar-se, paradoxalmente, uma força reacionária, que freia ganhos de produtividade.” pode ser substituído sem prejuízo do sentido por
Texto para a questão.
Destruição criativa
O desemprego na zona do euro bateu nos 10,8%, a pior taxa desde 1997, chegando a extremos como 50% em grupos específicos como entre os jovens gregos e espanhóis. A resposta dos países tem sido desregulamentar o mercado de trabalho, na esperança de que, ao facilitar as demissões, empresas possam voltar a crescer. Os sindicatos e a população, é óbvio, não gostam e ameaçam com greves, protestos e votos na oposição.
Se a iniciativa vai ou não dar certo, eu não sei dizer. O que dá para afirmar é que historicamente a geração de riqueza sempre esteve associada à destruição de empregos.
Um exemplo eloquente é o do trabalho no campo nos EUA. Em 1800, era preciso manter 95 de cada 100 norte-americanos em fazendas para alimentar o país. Em 1900, eram 40. Hoje, são apenas três. Esse enorme contingente que perdeu seu emprego na lavoura foi para as cidades, onde se dedica a outras atividades, muito mais especializadas e produtivas, e engrossa as fileiras do mercado consumidor, cuja existência faz com que valha a pena desenvolver invenções e novos produtos. Para economistas como Julian Simon, o que gera a riqueza, em última análise, são ideias. A imaginação humana é o recurso final.
A insistência na manutenção de empregos, tão comum entre trabalhadores, sindicalistas e políticos, pode tornar-se, paradoxalmente, uma força reacionária, que freia ganhos de produtividade. Isso fica claro na sobrevivência de profissões-fósseis, como ascensoristas, frentistas e cobradores de ônibus, que só existem por um misto de saudosismo com regulamentações arcaizantes.
Mais lógica é a posição de países escandinavos que, sob a rubrica “flexicurity”, são flexíveis na dispensa do trabalhador, mas investem muito em treinamento e num bom seguro-desemprego. A demissão não fica menos traumática, mas o sistema ao menos tem coerência interna.
Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo. Editorial, 07.04.2012.
No texto, o termo “profissões-fósseis” é
Texto para a questão.
Google diz a ministro que pagou R$ 733 milhões em impostos em 2013 Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, insinuou que o gigante de tecnologia não estava pagando devidamente seus impostos no Brasil
Depois de ter chamado o site de buscas Google de “gigante planetário que trata os países como paraísos fiscais”, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, recebeu uma carta da empresa, com cinco parágrafos, assegurando o recolhimento de 733 milhões de reais em impostos no ano passado. A cifra corresponde a um aumento de 36% em relação aos tributos pagos em 2012 pela companhia.
“Todas as operações de vendas realizadas pelo Google Brasil são faturadas localmente, com informação disponível para a Receita Federal”, afirmou o diretor-geral da Google Brasil, Fábio Coelho, em carta endereçada a Bernardo na semana passada.
Na carta, o diretor do Google diz que, diante de “questionamento similar”, no ano passado, a empresa “abriu mão de seu sigilo fiscal, protegido por lei”, e divulgou o valor dos tributos recolhidos no Brasil em 2012 – 540 milhões de reais.
O ministro qualificou o valor pago pelo Google como “muito expressivo”. Ele apontou, porém, brechas na atuação da empresa, já que ela tem operações centralizadas fora do Brasil e vende seus produtos para consumidores que fazem compras com cartão de crédito internacional – depois, fatura e recolhe impostos no exterior. “Não quero saber quanto o Google recolheu de impostos. Isso tem de ser publicado em balanço e não sou da Receita Federal. O que estou dizendo é que as empresas precisam ter isonomia, igualdade de condições para trabalhar”, disse Bernardo.
Veja, 08.03.14.
Com base na leitura do trecho, podemos afirmar que o uso do discurso direto, no texto jornalístico, é um recurso para
Texto para a questão.
Google diz a ministro que pagou R$ 733 milhões em impostos em 2013 Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, insinuou que o gigante de tecnologia não estava pagando devidamente seus impostos no Brasil
Depois de ter chamado o site de buscas Google de “gigante planetário que trata os países como paraísos fiscais”, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, recebeu uma carta da empresa, com cinco parágrafos, assegurando o recolhimento de 733 milhões de reais em impostos no ano passado. A cifra corresponde a um aumento de 36% em relação aos tributos pagos em 2012 pela companhia.
“Todas as operações de vendas realizadas pelo Google Brasil são faturadas localmente, com informação disponível para a Receita Federal”, afirmou o diretor-geral da Google Brasil, Fábio Coelho, em carta endereçada a Bernardo na semana passada.
Na carta, o diretor do Google diz que, diante de “questionamento similar”, no ano passado, a empresa “abriu mão de seu sigilo fiscal, protegido por lei”, e divulgou o valor dos tributos recolhidos no Brasil em 2012 – 540 milhões de reais.
O ministro qualificou o valor pago pelo Google como “muito expressivo”. Ele apontou, porém, brechas na atuação da empresa, já que ela tem operações centralizadas fora do Brasil e vende seus produtos para consumidores que fazem compras com cartão de crédito internacional – depois, fatura e recolhe impostos no exterior. “Não quero saber quanto o Google recolheu de impostos. Isso tem de ser publicado em balanço e não sou da Receita Federal. O que estou dizendo é que as empresas precisam ter isonomia, igualdade de condições para trabalhar”, disse Bernardo.
Veja, 08.03.14.
As expressões “porém”; “já que”; “e”, do último parágrafo, determinam as seguintes relações, respectivamente,
O pavão
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor. Seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
Rubem Braga, Rio, novembro de 1958
Podemos afirmar que o segundo parágrafo da crônica acima possui um caráter