UNIFENAS 2016/2 Tarde
42 Questões
Texto 1
Réquiem do sol
Águia triste do Tédio, sol cansado,
Velho guerreiro das batalhas fortes!
Das Ilusões as trêmulas coortes
Buscam a luz do teu clarão magoado...
A tremenda avalanche do Passado
Que arrebatou tantos milhões de mortes
Passa em tropel de trágicos Mavortes
Sobre o teu coração ensanguentado...
Do alto dominas vastidões supremas,
Águia do Tédio presa nas algemas
Da Legenda imortal que tudo engelha...
Mas lá, na Eternidade de onde habitas,
Vagas finas tristezas infinitas,
Todo o mistério da beleza velha!
(CRUZ E SOUSA – Poesias Completas de Cruz e Sousa. Org. Tasso da Silveira. Ediouro. Rio de Janeiro.s/d. p.47-48)
Texto 2
Distância
Quando o sol ia acabando
e as águas mal de moviam,
tudo que era meu chorava
da mesma melancolia.
Outras lágrimas nasceram
com o nascimento do dia:
só de noite esteve seco
meu rosto sem alegria.
(Talvez o sol que acabara
e as águas que se perdiam
transportassem minha sombra
para a sua companhia...)
Oh!
mas nem sol nem as águas
os teus olhos a veriam...
que andam longe, irmãos da lua,
muito clara e muito fria...
(CECÍLIA MEIRELES – Obra Poética. Cia. José Aguilar Editora. Rio de Janeiro. s/d. p.124)
Texto 3
Crepúsculo nas montanhas
Além serpeia o dorso pardacento
Da longa serrania,
Rubro flameia o véu sanguinolento
Da tarde na agonia.
No cinéreo vapor o céu desbota
Num azulado incerto;
No ar se afaga desmaiando a nota
Do sino no deserto.
Vim alentar meu coração saudoso
No vento das campinas,
Enquanto nesse manto lutuoso
Pálida te reclinas.
E morre em teu silêncio, ó tarde bela,
Das folhas o rumor
E late o pardo cão que os passos vela
Do tardio pastor.
(ÁLVARES DE AZEVEDO – in: Poesias Completas Rio de Janeiro. s/d. –p.74)
I- No texto 3, o eu lírico assume, como fica claro no último verso do poema, uma postura de pastor, revelando, dessa maneira, a permanência de característica árcade na poesia do Romantismo, estilo de época a que pertence o autor.
II – Os versos “Mas lá da Eternidade de onde habitas” (texto 1); “Os teus olhos a veriam...” (texto 2) e “Pálida te reclinas” (texto 3), indicam, por meio do emprego da segunda pessoa do discurso, a presença de um tu lírico, a quem é dirigido o que é dito nos poemas.
III – No texto 1, o autor, empregando vocábulos semanticamente associados a atividades bélicas, mostra o sol de uma perspectiva mística, numa atmosfera de insondável mistério.
Texto 1
Réquiem do sol
Águia triste do Tédio, sol cansado,
Velho guerreiro das batalhas fortes!
Das Ilusões as trêmulas coortes
Buscam a luz do teu clarão magoado...
A tremenda avalanche do Passado
Que arrebatou tantos milhões de mortes
Passa em tropel de trágicos Mavortes
Sobre o teu coração ensanguentado...
Do alto dominas vastidões supremas,
Águia do Tédio presa nas algemas
Da Legenda imortal que tudo engelha...
Mas lá, na Eternidade de onde habitas,
Vagas finas tristezas infinitas,
Todo o mistério da beleza velha!
(CRUZ E SOUSA – Poesias Completas de Cruz e Sousa. Org. Tasso da Silveira. Ediouro. Rio de Janeiro.s/d. p.47-48)
Texto 2
Distância
Quando o sol ia acabando
e as águas mal de moviam,
tudo que era meu chorava
da mesma melancolia.
Outras lágrimas nasceram
com o nascimento do dia:
só de noite esteve seco
meu rosto sem alegria.
(Talvez o sol que acabara
e as águas que se perdiam
transportassem minha sombra
para a sua companhia...)
Oh!
mas nem sol nem as águas
os teus olhos a veriam...
que andam longe, irmãos da lua,
muito clara e muito fria...
(CECÍLIA MEIRELES – Obra Poética. Cia. José Aguilar Editora. Rio de Janeiro. s/d. p.124)
Texto 3
Crepúsculo nas montanhas
Além serpeia o dorso pardacento
Da longa serrania,
Rubro flameia o véu sanguinolento
Da tarde na agonia.
No cinéreo vapor o céu desbota
Num azulado incerto;
No ar se afaga desmaiando a nota
Do sino no deserto.
Vim alentar meu coração saudoso
No vento das campinas,
Enquanto nesse manto lutuoso
Pálida te reclinas.
E morre em teu silêncio, ó tarde bela,
Das folhas o rumor
E late o pardo cão que os passos vela
Do tardio pastor.
(ÁLVARES DE AZEVEDO – in: Poesias Completas Rio de Janeiro. s/d. –p.74)
I – Embora seja simbolista, estilo literário marcado pela extrema subjetividade, que pode atingir até mesmo o subconsciente, o texto 1, curiosamente, ao contrário do que ocorre nos demais, está mais voltado para a percepção de elementos da realidade externa, não revelando a interioridade lírica.
II – Constata-se, no texto 3, uma ocorrência bastante comum na poesia romântica: a focalização da natureza como uma espécie de prolongamento do estado de espírito da voz poética, ou seja, o que também se pode chamar de extensão psíquica do eu.
III – No texto 2, especialmente pelo que se nota nos últimos versos, a autora tematiza a incapacidade humana de vislumbrar a beleza da natureza, presente em elementos como o sol, a água, a noite, a lua etc.
Texto 1
Réquiem do sol
Águia triste do Tédio, sol cansado,
Velho guerreiro das batalhas fortes!
Das Ilusões as trêmulas coortes
Buscam a luz do teu clarão magoado...
A tremenda avalanche do Passado
Que arrebatou tantos milhões de mortes
Passa em tropel de trágicos Mavortes
Sobre o teu coração ensanguentado...
Do alto dominas vastidões supremas,
Águia do Tédio presa nas algemas
Da Legenda imortal que tudo engelha...
Mas lá, na Eternidade de onde habitas,
Vagas finas tristezas infinitas,
Todo o mistério da beleza velha!
(CRUZ E SOUSA – Poesias Completas de Cruz e Sousa. Org. Tasso da Silveira. Ediouro. Rio de Janeiro.s/d. p.47-48)
Texto 2
Distância
Quando o sol ia acabando
e as águas mal de moviam,
tudo que era meu chorava
da mesma melancolia.
Outras lágrimas nasceram
com o nascimento do dia:
só de noite esteve seco
meu rosto sem alegria.
(Talvez o sol que acabara
e as águas que se perdiam
transportassem minha sombra
para a sua companhia...)
Oh!
mas nem sol nem as águas
os teus olhos a veriam...
que andam longe, irmãos da lua,
muito clara e muito fria...
(CECÍLIA MEIRELES – Obra Poética. Cia. José Aguilar Editora. Rio de Janeiro. s/d. p.124)
Texto 3
Crepúsculo nas montanhas
Além serpeia o dorso pardacento
Da longa serrania,
Rubro flameia o véu sanguinolento
Da tarde na agonia.
No cinéreo vapor o céu desbota
Num azulado incerto;
No ar se afaga desmaiando a nota
Do sino no deserto.
Vim alentar meu coração saudoso
No vento das campinas,
Enquanto nesse manto lutuoso
Pálida te reclinas.
E morre em teu silêncio, ó tarde bela,
Das folhas o rumor
E late o pardo cão que os passos vela
Do tardio pastor.
(ÁLVARES DE AZEVEDO – in: Poesias Completas Rio de Janeiro. s/d. –p.74)
I – No texto 3, ao contrário do que se vê, de modo geral, na poesia do Romantismo, o autor emprega alguns termos eruditos. Além disso, recorre a sugestões visuais, cobrindo a paisagem poética de formas, cores e movimentos, disseminados ao longo dos versos.
II – Os textos em questão têm como base temática o crepúsculo, o pôr do sol, mas apenas no texto 2 percebe-se uma perfeita identificação entre aquilo que sugere a paisagem poética e aquilo que sente a voz poética.
III – O emprego de iniciais maiúsculas no interior do verso, comum no Simbolismo, como se constata no texto 1, tem a seguinte explicação: as maiúsculas alegorizantes destacam os vocábulos que revelam uma carga sonora altamente expressiva.
Texto 1
Réquiem do sol
Águia triste do Tédio, sol cansado,
Velho guerreiro das batalhas fortes!
Das Ilusões as trêmulas coortes
Buscam a luz do teu clarão magoado...
A tremenda avalanche do Passado
Que arrebatou tantos milhões de mortes
Passa em tropel de trágicos Mavortes
Sobre o teu coração ensanguentado...
Do alto dominas vastidões supremas,
Águia do Tédio presa nas algemas
Da Legenda imortal que tudo engelha...
Mas lá, na Eternidade de onde habitas,
Vagas finas tristezas infinitas,
Todo o mistério da beleza velha!
(CRUZ E SOUSA – Poesias Completas de Cruz e Sousa. Org. Tasso da Silveira. Ediouro. Rio de Janeiro.s/d. p.47-48)
Texto 2
Distância
Quando o sol ia acabando
e as águas mal de moviam,
tudo que era meu chorava
da mesma melancolia.
Outras lágrimas nasceram
com o nascimento do dia:
só de noite esteve seco
meu rosto sem alegria.
(Talvez o sol que acabara
e as águas que se perdiam
transportassem minha sombra
para a sua companhia...)
Oh!
mas nem sol nem as águas
os teus olhos a veriam...
que andam longe, irmãos da lua,
muito clara e muito fria...
(CECÍLIA MEIRELES – Obra Poética. Cia. José Aguilar Editora. Rio de Janeiro. s/d. p.124)
Texto 3
Crepúsculo nas montanhas
Além serpeia o dorso pardacento
Da longa serrania,
Rubro flameia o véu sanguinolento
Da tarde na agonia.
No cinéreo vapor o céu desbota
Num azulado incerto;
No ar se afaga desmaiando a nota
Do sino no deserto.
Vim alentar meu coração saudoso
No vento das campinas,
Enquanto nesse manto lutuoso
Pálida te reclinas.
E morre em teu silêncio, ó tarde bela,
Das folhas o rumor
E late o pardo cão que os passos vela
Do tardio pastor.
(ÁLVARES DE AZEVEDO – in: Poesias Completas Rio de Janeiro. s/d. –p.74)
Assinale a alternativa em que houve incorreção quanto ao que se afirma sobre determinadas ocorrências dos textos em questão.
Texto 1
Réquiem do sol
Águia triste do Tédio, sol cansado,
Velho guerreiro das batalhas fortes!
Das Ilusões as trêmulas coortes
Buscam a luz do teu clarão magoado...
A tremenda avalanche do Passado
Que arrebatou tantos milhões de mortes
Passa em tropel de trágicos Mavortes
Sobre o teu coração ensanguentado...
Do alto dominas vastidões supremas,
Águia do Tédio presa nas algemas
Da Legenda imortal que tudo engelha...
Mas lá, na Eternidade de onde habitas,
Vagas finas tristezas infinitas,
Todo o mistério da beleza velha!
(CRUZ E SOUSA – Poesias Completas de Cruz e Sousa. Org. Tasso da Silveira. Ediouro. Rio de Janeiro.s/d. p.47-48)
Texto 2
Distância
Quando o sol ia acabando
e as águas mal de moviam,
tudo que era meu chorava
da mesma melancolia.
Outras lágrimas nasceram
com o nascimento do dia:
só de noite esteve seco
meu rosto sem alegria.
(Talvez o sol que acabara
e as águas que se perdiam
transportassem minha sombra
para a sua companhia...)
Oh!
mas nem sol nem as águas
os teus olhos a veriam...
que andam longe, irmãos da lua,
muito clara e muito fria...
(CECÍLIA MEIRELES – Obra Poética. Cia. José Aguilar Editora. Rio de Janeiro. s/d. p.124)
Texto 3
Crepúsculo nas montanhas
Além serpeia o dorso pardacento
Da longa serrania,
Rubro flameia o véu sanguinolento
Da tarde na agonia.
No cinéreo vapor o céu desbota
Num azulado incerto;
No ar se afaga desmaiando a nota
Do sino no deserto.
Vim alentar meu coração saudoso
No vento das campinas,
Enquanto nesse manto lutuoso
Pálida te reclinas.
E morre em teu silêncio, ó tarde bela,
Das folhas o rumor
E late o pardo cão que os passos vela
Do tardio pastor.
(ÁLVARES DE AZEVEDO – in: Poesias Completas Rio de Janeiro. s/d. –p.74)
Avalie as seguintes afirmações sobre aspectos presentes nos textos em estudo.
I – “No ar se afaga desmaiando a nota/ do sino no deserto” (texto 3)
- O termo destacado repete a mesma função sintática nos seguintes períodos: Eduque-se pela imaginação./ Eles se vestem com trapos imundos. / Quem se elogia não merece confiança. / O homem se salvará pelo trabalho. / Não se mate pelo trabalho.
II – “Outras lágrimas nasceram / com o nascimento do dia” (texto 2)
- A forma verbal destacada mantém-se sem qualquer alteração em todos os seguintes períodos: Tu e ela __________na capital. / Qual de vocês ______na capital? / A maioria dos alfenenses _________no campo. / Muitos de nós ___________no campo. / Perto de cem atletas _________na capital. / Um e outro rapaz __________no campo.
III – “Das ilusões as trêmulas coortes” (texto 1)
- O vocábulo destacado poderá ser mantido sem qualquer alteração em todos os seguintes períodos: Braços e mãos ___________erguiam-se para o céu. / Erguiam-se para o céu ________mãos e braços. / Uma e outra mão __________erguiam-se para o céu. / Suas mãos me parecem ____________. / Julgo _________suas mãos e seus braços.
- Está correto o que se afirma em
Texto 1
Réquiem do sol
Águia triste do Tédio, sol cansado,
Velho guerreiro das batalhas fortes!
Das Ilusões as trêmulas coortes
Buscam a luz do teu clarão magoado...
A tremenda avalanche do Passado
Que arrebatou tantos milhões de mortes
Passa em tropel de trágicos Mavortes
Sobre o teu coração ensanguentado...
Do alto dominas vastidões supremas,
Águia do Tédio presa nas algemas
Da Legenda imortal que tudo engelha...
Mas lá, na Eternidade de onde habitas,
Vagas finas tristezas infinitas,
Todo o mistério da beleza velha!
(CRUZ E SOUSA – Poesias Completas de Cruz e Sousa. Org. Tasso da Silveira. Ediouro. Rio de Janeiro.s/d. p.47-48)
Texto 2
Distância
Quando o sol ia acabando
e as águas mal de moviam,
tudo que era meu chorava
da mesma melancolia.
Outras lágrimas nasceram
com o nascimento do dia:
só de noite esteve seco
meu rosto sem alegria.
(Talvez o sol que acabara
e as águas que se perdiam
transportassem minha sombra
para a sua companhia...)
Oh!
mas nem sol nem as águas
os teus olhos a veriam...
que andam longe, irmãos da lua,
muito clara e muito fria...
(CECÍLIA MEIRELES – Obra Poética. Cia. José Aguilar Editora. Rio de Janeiro. s/d. p.124)
Texto 3
Crepúsculo nas montanhas
Além serpeia o dorso pardacento
Da longa serrania,
Rubro flameia o véu sanguinolento
Da tarde na agonia.
No cinéreo vapor o céu desbota
Num azulado incerto;
No ar se afaga desmaiando a nota
Do sino no deserto.
Vim alentar meu coração saudoso
No vento das campinas,
Enquanto nesse manto lutuoso
Pálida te reclinas.
E morre em teu silêncio, ó tarde bela,
Das folhas o rumor
E late o pardo cão que os passos vela
Do tardio pastor.
(ÁLVARES DE AZEVEDO – in: Poesias Completas Rio de Janeiro. s/d. –p.74)
Avalie as seguintes afirmações sobre aspectos presentes nossa textos em questão.
I – “que andam lonGe, irmãos da lua...” (texto 2)
- O fonema destacado no vocábulo sublinhado deverá preencher todas as lacunas da seguinte série de palavras: mon__e, falan__e, me__era, al__ibeira, mica__em, fuli__em, selva__eria, o__iva, __inete, here__e, ti__ela, rabu__ice, vernissa__e, ferru__em, via__em(s.).
II – “Talvez o sol que acabara / E as águas que perdiam / Transportassem minha sombra...”
(texto 2)
- As formas verbais destacadas indicam, pela ordem de ocorrência: um fato passado anterior a outro também passado; um fato passado ainda não totalmente concluído e um fato hipotético.
III – Da legenda imortal que tudo engelha...” (texto 1)
- Os vocábulos seguintes também foram todos formados pelo mesmo processo verificado no vocábulo destacado no verso acima: desleal, predizer, perfeito, semiciclo, pronome, ultrapassar, despontar, anfiteatro, redobrar, perfeito, requeimar, endoderma, supermercado.
- Está correto o que se afirma em