Prova UNIVAG 2014/1
60 Questões
Decibéis
Um poeta paulista disse-me, numa esquina movimentada, que o homem moderno havia perdido o prazer do silêncio. Já se passaram mais de trinta anos. A coisa só piorou.
A capacidade que as pessoas das grandes cidades possuem de produzir e suportar barulho é espantosa.
Já repararam como as pessoas falam alto, berram umas com as outras nas novelas hoje em dia? Precisava ser assim? E os anúncios da televisão? A gente tem de abaixar o volume na hora do comercial e levantar de novo quando o programa recomeça.
O cinema – já notaram como ficou barulhento? Você quase tem de assistir a esses filmes apocalípticos com protetores de ouvido. Até filmes de qualidade, como O Senhor dos Anéis, tentam destruir nossos ouvidos junto com os inimigos dos heróis. As novas tecnologias de som são incríveis, sem dúvida, mas parecem brinquedo em mão de criança. Por que tão alto?
Ir a um restaurante com música ao vivo é um risco. Não se consegue conversar, a comida fica até sem graça. Qual é a ideia da música alta em um lugar aonde você foi para comer e bater papo?
São muitos os ruídos que desafiam o humor citadino. Buzinas de automóvel, eis uma falta de civilidade já antiga. Motocicletas pipocantes e seu bi-bi-bi são mais recentes, irritam motoristas e pedestres. Helicópteros, depois que viraram transporte urbano e cabine de reportagem, perturbam. Caminhões de lixo noturnos trituram o silêncio. Mesma coisa com o bate-estaca do novo lançamento imobiliário. Termina essa fase da obra, ai que alívio, e então chegam as serras elétricas.
Com tudo isso se revezando ou se somando, acho que vou passar uma semana no mato. Estou precisando ouvir o silêncio.(Ivan Angelo. Veja SP, 08.11.2006. Adaptado.)
De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que
Decibéis
Um poeta paulista disse-me, numa esquina movimentada, que o homem moderno havia perdido o prazer do silêncio. Já se passaram mais de trinta anos. A coisa só piorou.
A capacidade que as pessoas das grandes cidades possuem de produzir e suportar barulho é espantosa.
Já repararam como as pessoas falam alto, berram umas com as outras nas novelas hoje em dia? Precisava ser assim? E os anúncios da televisão? A gente tem de abaixar o volume na hora do comercial e levantar de novo quando o programa recomeça.
O cinema – já notaram como ficou barulhento? Você quase tem de assistir a esses filmes apocalípticos com protetores de ouvido. Até filmes de qualidade, como O Senhor dos Anéis, tentam destruir nossos ouvidos junto com os inimigos dos heróis. As novas tecnologias de som são incríveis, sem dúvida, mas parecem brinquedo em mão de criança. Por que tão alto?
Ir a um restaurante com música ao vivo é um risco. Não se consegue conversar, a comida fica até sem graça. Qual é a ideia da música alta em um lugar aonde você foi para comer e bater papo?
São muitos os ruídos que desafiam o humor citadino. Buzinas de automóvel, eis uma falta de civilidade já antiga. Motocicletas pipocantes e seu bi-bi-bi são mais recentes, irritam motoristas e pedestres. Helicópteros, depois que viraram transporte urbano e cabine de reportagem, perturbam. Caminhões de lixo noturnos trituram o silêncio. Mesma coisa com o bate-estaca do novo lançamento imobiliário. Termina essa fase da obra, ai que alívio, e então chegam as serras elétricas.
Com tudo isso se revezando ou se somando, acho que vou passar uma semana no mato. Estou precisando ouvir o silêncio.(Ivan Angelo. Veja SP, 08.11.2006. Adaptado.)
Considere os trechos do texto.
• Já se passaram mais de trinta anos.
• A capacidade que as pessoas das grandes cidades possuem de produzir e suportar barulho é espantosa.
Obedecendo à norma-padrão, os trechos podem ser reescritos da seguinte forma:
Decibéis
Um poeta paulista disse-me, numa esquina movimentada, que o homem moderno havia perdido o prazer do silêncio. Já se passaram mais de trinta anos. A coisa só piorou.
A capacidade que as pessoas das grandes cidades possuem de produzir e suportar barulho é espantosa.
Já repararam como as pessoas falam alto, berram umas com as outras nas novelas hoje em dia? Precisava ser assim? E os anúncios da televisão? A gente tem de abaixar o volume na hora do comercial e levantar de novo quando o programa recomeça.
O cinema – já notaram como ficou barulhento? Você quase tem de assistir a esses filmes apocalípticos com protetores de ouvido. Até filmes de qualidade, como O Senhor dos Anéis, tentam destruir nossos ouvidos junto com os inimigos dos heróis. As novas tecnologias de som são incríveis, sem dúvida, mas parecem brinquedo em mão de criança. Por que tão alto?
Ir a um restaurante com música ao vivo é um risco. Não se consegue conversar, a comida fica até sem graça. Qual é a ideia da música alta em um lugar aonde você foi para comer e bater papo?
São muitos os ruídos que desafiam o humor citadino. Buzinas de automóvel, eis uma falta de civilidade já antiga. Motocicletas pipocantes e seu bi-bi-bi são mais recentes, irritam motoristas e pedestres. Helicópteros, depois que viraram transporte urbano e cabine de reportagem, perturbam. Caminhões de lixo noturnos trituram o silêncio. Mesma coisa com o bate-estaca do novo lançamento imobiliário. Termina essa fase da obra, ai que alívio, e então chegam as serras elétricas.
Com tudo isso se revezando ou se somando, acho que vou passar uma semana no mato. Estou precisando ouvir o silêncio.(Ivan Angelo. Veja SP, 08.11.2006. Adaptado.)
No trecho – Você quase tem de assistir a esses filmes apocalípticos com protetores de ouvido. –, observa-se que o verbo assistir, com o sentido de ver, presenciar, rege a preposição a.
Pensando no emprego das preposições, assinale a alternativa correta de acordo com a norma-padrão.
Plano de saúde é o 3.º desejo, diz pesquisa
Ter um plano de saúde é o terceiro maior desejo dos brasileiros, depois da casa própria e da educação, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
A qualidade do atendimento foi apontada como a principal razão para desejar ter um plano de saúde por 47% dos entrevistados. Para 39%, a saúde pública é precária e não se quer depender do SUS. A segurança de ter o plano para se sentir tranquilo em caso de doença foi lembrada por 18%.
Para Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, os resultados indicam crescimento da saúde suplementar no Brasil nos próximos anos.
“Menos de 25% da população brasileira contava com esse benefício no fim do ano passado”, diz.
“Existe o potencial de crescimento, mas a mais médio prazo o que deve ocorrer é o contrário porque infelizmente o aumento de custo é muito alto, de 15% ao ano.” [...]
“O custo é elevado e o produto para quem não o tem ainda é caro. Os planos grandes não conseguem atender, por exemplo, em algumas áreas do país, nos prazos mínimos de agendamento de consultas e exames”, afirma.
“Por isso, a tendência é de os planos se concentrarem nas regiões metropolitanas”, acrescenta. O Datafolha entrevistou 3,32 mil pessoas, entre beneficiários e não beneficiários, em oito regiões metropolitanas.(Folha de S.Paulo, 05.08.2013.)
Pela leitura do texto, é correto afirmar que
Plano de saúde é o 3.º desejo, diz pesquisa
Ter um plano de saúde é o terceiro maior desejo dos brasileiros, depois da casa própria e da educação, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
A qualidade do atendimento foi apontada como a principal razão para desejar ter um plano de saúde por 47% dos entrevistados. Para 39%, a saúde pública é precária e não se quer depender do SUS. A segurança de ter o plano para se sentir tranquilo em caso de doença foi lembrada por 18%.
Para Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, os resultados indicam crescimento da saúde suplementar no Brasil nos próximos anos.
“Menos de 25% da população brasileira contava com esse benefício no fim do ano passado”, diz.
“Existe o potencial de crescimento, mas a mais médio prazo o que deve ocorrer é o contrário porque infelizmente o aumento de custo é muito alto, de 15% ao ano.” [...]
“O custo é elevado e o produto para quem não o tem ainda é caro. Os planos grandes não conseguem atender, por exemplo, em algumas áreas do país, nos prazos mínimos de agendamento de consultas e exames”, afirma.
“Por isso, a tendência é de os planos se concentrarem nas regiões metropolitanas”, acrescenta. O Datafolha entrevistou 3,32 mil pessoas, entre beneficiários e não beneficiários, em oito regiões metropolitanas.(Folha de S.Paulo, 05.08.2013.)
Considere o trecho adaptado do 5º parágrafo do texto.
Se os planos de saúde não __________ um custo tão elevado, __________ o contrário: o potencial de crescimento desse setor se __________ a curto prazo.
Para se estabelecer a correta relação entre os tempos verbais, as lacunas devem ser preenchidas por: