Questões de História - Temática - Africanos e afrodescendentes
Observe a gravura “A amazona americana”, incluída no Grande Atlas de Johannes Blaeu, de 1662.
Essa gravura, produzida no século XVII, permite identificar
Um levantamento linguístico existente no continente africano atual permite perceber o uso de diferentes línguas, tais como o francês, o inglês, o português, o espanhol, o árabe, paralelamente à existência de idiomas locais.
Com base nos conhecimentos sobre colonialismo, considere as afirmativas a seguir.
I. As atuais características linguísticas existentes no continente africano encontram-se associadas à disputa colonialista entre diferentes metrópoles até o século XX.
II. A utilização da língua árabe no norte da África, destacando-se países como a Líbia, sugere a influência do Império turco-otomano sobre a região entre os séculos XIII e XX.
III. A dinâmica linguística existente na África possui paralelos com outras regiões do mundo, como as Américas e a Índia.
IV. Como instrumentos de comunicação, as línguas são compreendidas como mediadoras de relações sociais, operando fora dos processos históricos.
Assinale a alternativa correta.
Há dias conheci uma mulher do interior da Zambézia. Tem cinco filhos, já crescidos. O primeiro, um mulato esbelto, é dos portugueses que a violaram durante a guerra colonial. O segundo, um preto, elegante e forte como um guerreiro, é fruto de outra violação dos guerrilheiros de libertação da mesma guerra colonial. O terceiro, outro mulato, mimoso como um gato, é dos comandos rodesianos brancos, que arrasaram esta terra para aniquilar as bases dos guerrilheiros do Zimbabwe. O quarto é dos rebeldes que fizeram a guerra civil no interior do país. A primeira e a segunda vez foi violada, mas à terceira e à quarta entregou-se de livre vontade, porque se sentia especializada em violação sexual. O quinto é de um homem com quem se deitou por amor pela primeira vez.
Essa mulher carregou a história de todas as guerras do país num só ventre. (cap. 37)
O sentido de “humanidade”, criticado no texto de Ailton Krenak, é chave para a compreensão de um contexto de extrema violência, como o narrado no fragmento.
Nesse contexto de colonização, o corpo feminino está associado à imagem de:
Como a maior parte das comunidades tradicionais africanas eram sociedades ágrafas, a palavra falada era uma das formas que homens e mulheres tinham de se conectar com o mundo divino e sobrenatural, era o elo entre o passado, o presente e o futuro.
(Ynaê Lopes dos Santos. História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)
Ao abordar aspectos das sociedades africanas antigas, o excerto destaca
Em 25 de julho é comemorado o "Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra", conforme a Lei nº 12.987/2014. Tereza de Benguela foi uma mulher que viveu no século XVIII, na então Capitania do Mato Grosso.
Dentre seus feitos reconhecidos está:
A rainha Nzinga (1624-1663), governante seiscentista do Ndongo, um reino da África Central situado na atual Angola, chegou ao poder graças à sua competência militar, à diplomacia bem sucedida, à manipulação da religião e de conflitos entre potências europeias. Ela criou as condições para a primeira sublevação popular mbundu contra a exploração portuguesa ao atrair para sua causa os chefes que estavam sob influência europeia. Depois conquistou o reino vizinho de Matamba e o governou por três décadas junto com o que restou do poderoso reino Ndongo; desafiou treze governadores portugueses que regeram Angola entre 1622 e 1633. Apesar de seus feitos e o longo reinado, comparável ao de Elizabeth I (1503—1603) da Inglaterra, ela foi desacreditada pelos contemporâneos europeus e por autores posteriores.
(Adaptado de Linda Heywood, Nzinga de Angola: a rainha guerreira de África. Lisboa: Casa das Letras, 2017. p. 10-12; 82.)
Com base no excerto e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a rainha Nzinga:
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