Questões
Você receberá a resposta de cada questão assim que responder, e NÃO terá estatísticas ao finalizar sua prova.
Responda essa prova como se fosse um simulado, e veja suas estatísticas no final, clique em Modo Prova
[...]
O menino ouviu a narrativa de um arqueiro que passou anos e anos treinando a arte do arco e flecha, até se tornar um especialista. Ao chegar a uma reunião com outros arqueiros, encontrou uma extensa parede com inúmeros alvos – e flechas cravadas bem no centro deles. O arqueiro ficou impressionado. Não acreditava que uma única pessoa havia feito aquilo. Era uma proeza. Uma multidão de flechas milimetricamente no centro dos alvos, quem realizou aquele feito? Havia um garotinho perto dos alvos e o arqueiro perguntou: “Você sabe quem lançou essas flechas?”. E o garoto disse: “Sim, fui eu”. O arqueiro não conseguia acreditar. Como assim? Aquele garotinho era o responsável por tamanha façanha? Então o menino contou como fez aquilo: “Primeiro eu jogo a flecha e depois pinto o alvo ao redor”. [...]
Disponível em: . Acesso em: 13/06/17. (Excerto).
Os ditados populares e provérbios têm a propriedade de sintetizar interpretações sobre fatos da vida cotidiana, geralmente ilustrados por narrativas que contêm quebras de expectativa. Considerando essas informações, o possível provérbio que melhor sintetiza o texto é
Considere o excerto a seguir.
É um hábito humano – muito humano – culpar e punir os mensageiros pelo conteúdo odioso da mensagem de que são portadores – nesse caso, das enigmáticas, inescrutáveis, assustadoras e corretamente abominadas forças globais que suspeitamos (com boas razões) serem responsáveis pelo perturbador e humilhante sentido de incerteza existencial que devasta e destrói nossa confiança, ao mesmo tempo que solapa nossas ambições, nossos sonhos e planos de vida. E embora quase nada possamos fazer para controlar as esquivas e remotas forças da globalização, podemos pelo menos desviar a raiva que nos provocaram e continuam a provocar, e despejar nossa ira, alternadamente, sobre seus produtos, ao nosso lado e ao nosso alcance. Isso, claro, não vai chegar nem perto das raízes do problema, mas pode aliviar, ao menos por algum tempo, a humilhação provocada por nossa impotência e incapacidade de resistir à debilitante precariedade de nosso lugar no mundo.
BAUMAN, Z. Estranhos à nossa porta. Trad.: Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2017, p. 21-22.
O autor do texto apresenta o hábito que os humanos têm de culpar e punir o mensageiro por causa do conteúdo da mensagem que conduzem. Para tanto, fundamenta seu ponto de vista
A voz subterrânea
Às vezes ouvia-se um canto surdo,
que parecia vir debaixo da terra.
Até que os homens da superfície,
para desvendar o mistério,
puseram-se a fazer escavações.
Sim! eram os homens das minas,
que um desabamento ali havia aprisionado.
E ninguém suspeitava da sua existência,
porque já haviam passado três ou quatro gerações!
Mas a luz forte das lanternas não os ofuscou:
eles estavam cegos
– todos, homens, mulheres, crianças.
Eles estavam cegos... e cantavam!
QUINTANA, Mario. Baú de espantos. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.
Os sinais de pontuação são importantes elementos de expressividade em textos de caráter poético. Assim, em “A voz subterrânea”, é CORRETO afirmar que
A voz subterrânea
Às vezes ouvia-se um canto surdo,
que parecia vir debaixo da terra.
Até que os homens da superfície,
para desvendar o mistério,
puseram-se a fazer escavações.
Sim! eram os homens das minas,
que um desabamento ali havia aprisionado.
E ninguém suspeitava da sua existência,
porque já haviam passado três ou quatro gerações!
Mas a luz forte das lanternas não os ofuscou:
eles estavam cegos
– todos, homens, mulheres, crianças.
Eles estavam cegos... e cantavam!
QUINTANA, Mario. Baú de espantos. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.
Os acontecimentos descritos por Quintana em seu texto podem ser postos em ordem cronológica pelo leitor: “havia aprisionado” > “ouvia-se” > “puseram-se”. Sobre os tempos verbais dessa relação, é CORRETO afirmar que
Considere o texto a seguir.
O crack e a internação compulsória
Os episódios ocorridos no ano de 2012 (divulgados pela mídia) da ação da prefeitura do Rio de Janeiro atuando nas ‘cracolândias’ provocaram a discussão acerca do acerto ou não da internação forçada dos usuários de crack. As classes média e alta, acuadas, defendem a política de internação municipal, sob o argumento de que tais pessoas, reunidas para se drogarem, constituiriam um perigo em potencial. A municipalidade, por seu turno, fundamenta sua conduta sob o argumento da preocupação com a saúde daquelas pessoas que precisam de ajuda para se recuperarem. Por uma escolha pública, a ajuda eleita pelo Estado foi a internação involuntária para tratamento, ou seja, contra a vontade dos usuários. Deve ser esclarecido que, em tais episódios, não se realizou a chamada internação compulsória, mas sim a involuntária. Como visto, a compulsória é a requerida judicialmente e a involuntária é a realizada a pedido de pessoa diversa do paciente.
Assim, não houve um requerimento judicial de internação coletiva dos usuários de crack que estivessem nas ruas. Mas sim, segundo o noticiado pela imprensa, a internação dessas pessoas com base em laudo médico, que, supõe-se, existia no momento da internação. Tais argumentos não convencem.
Texto adaptado: COELHO, Isabel; OLIVEIRA, Maria Helena Barros de. Internação compulsória e crack: um desserviço à saúde pública. Disponível em: . Acesso em 20/06/2017.
Assinale a alternativa que dá continuidade de modo coerente ao texto.
Considere o texto a seguir.
Darín na Patagônia
Principal nome do cinema argentino contemporâneo, Ricardo Darín está à frente do surpreendente Neve Negra, longa-metragem que estreou na última quinta-feira no circuito de cinemas da Capital. Rodada na Patagônia, a produção que conta com uma arrebatadora fotografia é assinada por Martin Hodara (que, e 2007, dividiu com Darín a direção de O Sinal) e traz no elenco nomes como Leonardo Sbaraglia, Laia Costa e Federico Luppi. Em Neve Negra, Darín interpreta Salvador, homem que há décadas vive isolado, cercado quase exclusivamente por neve, árvores e animais. A calmaria na vida de Salvador termina quando ele recebe a visita inesperada do irmão e da cunhada (interpretados por Sbaraglia e Laia), que tentam convencê-lo a vender para uma grande empresa as terras que os irmãos receberam como herança. Com a recusa do homem, eles entram em conflito e passam a reviver traumas do passado.
Zero Hora, Segundo caderno, 11/06/17, p. 2. (Adaptado).
A resenha é um gênero comum nos cadernos de cultura dos jornais, empregado para divulgar filmes, livros, peças teatrais entre outros. Uma característica comum ao gênero resenha, como se pode identificar no texto sobre o filme Neve Negra, é