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Peixes na “rede”
Há, por vezes, textos legíveis nas redes sociais. Na rede sem fim de um Facebook, por exemplo, pode-se “pescar” uma ideia, um comentário, uma informação de alguma utilidade. Como sou fã de cinema e das artes visuais em geral, agradoume ler um dia uma matéria sobre Eduardo Coutinho (1933- 2014) – um cineasta brasileiro dos grandes, sobretudo no gênero do documentário, que ele dominou e sobre o qual refletiu como um verdadeiro mestre. Aqui vai a referida matéria sobre ele, de algum autor cujo pseudônimo já não me lembro; matéria que guardei para me ajudar a nunca esquecer do grande Eduardo Coutinho:
Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, morto há poucos anos, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de classificar grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa, surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, “os sertanejos nordestinos”, os “peões de fábrica”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba.
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou comprovar conceitos.
Sua obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, separar uma da outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva para o fato. Toda cena viva é também um jogo de representação. Fazendo dessa convicção um eixo coerente de sua trajetória, Coutinho viveu como um homem/artista crítico para quem já há arte encarnada no corpo e latente no espírito do outro: fixa na pessoa a câmera que pergunta querendo saber, abre os olhos e os ouvidos, mostra-a, mostra-se, mostra-nos.
Seria interessante que a TV aberta, a exemplo de alguns bons canais da TV paga, exibisse com alguma frequência os documentários de Eduardo Coutinho. Eles constituem, sobretudo em tempo de crise, um espelho privilegiado para que os brasileiros possam se ver numa imagem crítica, sensível e sem retoques.
(LINHARES, Adalberto, inédito)
A estrutura e o conteúdo essencial do texto constituem-se de modo a
Peixes na “rede”
Há, por vezes, textos legíveis nas redes sociais. Na rede sem fim de um Facebook, por exemplo, pode-se “pescar” uma ideia, um comentário, uma informação de alguma utilidade. Como sou fã de cinema e das artes visuais em geral, agradoume ler um dia uma matéria sobre Eduardo Coutinho (1933- 2014) – um cineasta brasileiro dos grandes, sobretudo no gênero do documentário, que ele dominou e sobre o qual refletiu como um verdadeiro mestre. Aqui vai a referida matéria sobre ele, de algum autor cujo pseudônimo já não me lembro; matéria que guardei para me ajudar a nunca esquecer do grande Eduardo Coutinho:
Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, morto há poucos anos, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de classificar grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa, surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, “os sertanejos nordestinos”, os “peões de fábrica”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba.
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou comprovar conceitos.
Sua obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, separar uma da outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva para o fato. Toda cena viva é também um jogo de representação. Fazendo dessa convicção um eixo coerente de sua trajetória, Coutinho viveu como um homem/artista crítico para quem já há arte encarnada no corpo e latente no espírito do outro: fixa na pessoa a câmera que pergunta querendo saber, abre os olhos e os ouvidos, mostra-a, mostra-se, mostra-nos.
Seria interessante que a TV aberta, a exemplo de alguns bons canais da TV paga, exibisse com alguma frequência os documentários de Eduardo Coutinho. Eles constituem, sobretudo em tempo de crise, um espelho privilegiado para que os brasileiros possam se ver numa imagem crítica, sensível e sem retoques.
(LINHARES, Adalberto, inédito)
Respeitando-se o contexto, traduz-se adequadamente e com correção o sentido de um segmento do texto em:
Peixes na “rede”
Há, por vezes, textos legíveis nas redes sociais. Na rede sem fim de um Facebook, por exemplo, pode-se “pescar” uma ideia, um comentário, uma informação de alguma utilidade. Como sou fã de cinema e das artes visuais em geral, agradoume ler um dia uma matéria sobre Eduardo Coutinho (1933- 2014) – um cineasta brasileiro dos grandes, sobretudo no gênero do documentário, que ele dominou e sobre o qual refletiu como um verdadeiro mestre. Aqui vai a referida matéria sobre ele, de algum autor cujo pseudônimo já não me lembro; matéria que guardei para me ajudar a nunca esquecer do grande Eduardo Coutinho:
Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, morto há poucos anos, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de classificar grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa, surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, “os sertanejos nordestinos”, os “peões de fábrica”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba.
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou comprovar conceitos.
Sua obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, separar uma da outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva para o fato. Toda cena viva é também um jogo de representação. Fazendo dessa convicção um eixo coerente de sua trajetória, Coutinho viveu como um homem/artista crítico para quem já há arte encarnada no corpo e latente no espírito do outro: fixa na pessoa a câmera que pergunta querendo saber, abre os olhos e os ouvidos, mostra-a, mostra-se, mostra-nos.
Seria interessante que a TV aberta, a exemplo de alguns bons canais da TV paga, exibisse com alguma frequência os documentários de Eduardo Coutinho. Eles constituem, sobretudo em tempo de crise, um espelho privilegiado para que os brasileiros possam se ver numa imagem crítica, sensível e sem retoques.
(LINHARES, Adalberto, inédito)
Está inteiramente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
Peixes na “rede”
Há, por vezes, textos legíveis nas redes sociais. Na rede sem fim de um Facebook, por exemplo, pode-se “pescar” uma ideia, um comentário, uma informação de alguma utilidade. Como sou fã de cinema e das artes visuais em geral, agradoume ler um dia uma matéria sobre Eduardo Coutinho (1933- 2014) – um cineasta brasileiro dos grandes, sobretudo no gênero do documentário, que ele dominou e sobre o qual refletiu como um verdadeiro mestre. Aqui vai a referida matéria sobre ele, de algum autor cujo pseudônimo já não me lembro; matéria que guardei para me ajudar a nunca esquecer do grande Eduardo Coutinho:
Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, morto há poucos anos, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de classificar grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa, surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, “os sertanejos nordestinos”, os “peões de fábrica”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba.
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou comprovar conceitos.
Sua obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, separar uma da outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva para o fato. Toda cena viva é também um jogo de representação. Fazendo dessa convicção um eixo coerente de sua trajetória, Coutinho viveu como um homem/artista crítico para quem já há arte encarnada no corpo e latente no espírito do outro: fixa na pessoa a câmera que pergunta querendo saber, abre os olhos e os ouvidos, mostra-a, mostra-se, mostra-nos.
Seria interessante que a TV aberta, a exemplo de alguns bons canais da TV paga, exibisse com alguma frequência os documentários de Eduardo Coutinho. Eles constituem, sobretudo em tempo de crise, um espelho privilegiado para que os brasileiros possam se ver numa imagem crítica, sensível e sem retoques.
(LINHARES, Adalberto, inédito)
Como recurso expressivo, o autor do texto se vale
Peixes na “rede”
Há, por vezes, textos legíveis nas redes sociais. Na rede sem fim de um Facebook, por exemplo, pode-se “pescar” uma ideia, um comentário, uma informação de alguma utilidade. Como sou fã de cinema e das artes visuais em geral, agradoume ler um dia uma matéria sobre Eduardo Coutinho (1933- 2014) – um cineasta brasileiro dos grandes, sobretudo no gênero do documentário, que ele dominou e sobre o qual refletiu como um verdadeiro mestre. Aqui vai a referida matéria sobre ele, de algum autor cujo pseudônimo já não me lembro; matéria que guardei para me ajudar a nunca esquecer do grande Eduardo Coutinho:
Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, morto há poucos anos, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de classificar grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa, surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, “os sertanejos nordestinos”, os “peões de fábrica”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba.
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou comprovar conceitos.
Sua obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, separar uma da outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva para o fato. Toda cena viva é também um jogo de representação. Fazendo dessa convicção um eixo coerente de sua trajetória, Coutinho viveu como um homem/artista crítico para quem já há arte encarnada no corpo e latente no espírito do outro: fixa na pessoa a câmera que pergunta querendo saber, abre os olhos e os ouvidos, mostra-a, mostra-se, mostra-nos.
Seria interessante que a TV aberta, a exemplo de alguns bons canais da TV paga, exibisse com alguma frequência os documentários de Eduardo Coutinho. Eles constituem, sobretudo em tempo de crise, um espelho privilegiado para que os brasileiros possam se ver numa imagem crítica, sensível e sem retoques.
(LINHARES, Adalberto, inédito)
Considere as seguintes frases:
I. Eduardo Coutinho recusa paradigmas.
II. Os grupos sociais são habitualmente identificados por paradigmas.
III. Os documentários de Eduardo Coutinho privilegiam a pessoa, não o grupo social.
Essas frases compõem-se com clareza, correção e coerência na seguinte construção:
Quando veio a manhã, ainda achou Iracema ali debruçada qual borboleta que dormiu no seio do formoso cacto. Em seu lindo semblante acendia o pejo vivos rubores; e como entre os arrebóis da manhã cintila o primeiro raio de sol, em suas faces incendidas rutilava o primeiro sorriso da esposa, aurora de fruído amor.
Contextualizando a cena acima, vê-se que ela dá forma,