Questões de Literatura - Literatura brasileira - Escolas Literárias
Há significativa relação entre literatura e cinema apesar das especificidades de cada uma dessas artes.
Tendo isso em mente, assinale a alternativa que apresenta os movimentos literários brasileiros com os quais a obra cinematográfica Bacurau dialoga predominantemente.
Leia o fragmento da peça teatral A pena e a lei, de Ariano Suassuna, para responder a QUESTÃO.
PRIMEIRO ATO
O primeiro Ato de A pena e a lei denomina-se “A inconveniência de ter coragem”. Deve ser encenado como se se tratasse de uma representação de mamulengos, com os atores caracterizados como bonecos de teatro nordestino, com gestos mecanizados e rápidos. [...]
Com a introdução terminando, os personagens arreiam dentro do mamulengo, como se fossem bonecos, e Cheiroso anuncia o espetáculo.
CHEIROSO
Atenção, respeitável público, vai começar o espetáculo!
CHEIROSA
Vai começar o espetáculo!
CHEIROSO
Vai começar o maior espetáculo teatral do País!
CHEIROSA
Vai começar o maior espetáculo músico-teatral do universo!
CHEIROSO
O presente presépio de hilariante teatral denomina-se A pena e a lei porque nele se verão funcionando algumas leis e castigos que se inventaram para disciplinar os homens. E, como era de esperar, tudo isso tem de começar por algumas transgressões da lei, pois quando se traçam normas e sanções, aparece logo alguém para transgredi-las e desafiálas!
Fonte: SUASSUNA, Ariano. A pena e a lei. Rio de Janeiro: Editora Agir, 2005, p. 09-12. [Fragmento]
Sobre o fragmento, assinale a alternativa CORRETA. O título, o tipo de encenação e a caracterização dos personagens, respectivamente, indicam:
Leia o fragmento do texto “O Modernismo e o Brasil depois de 30”, extraído da obra História concisa da literatura brasileira, de Alfredo Bosi:
O termo contemporâneo é, por natureza, elástico e costuma trair a geração de quem o emprega. Por isso, é boa praxe dos historiadoresjustificar as datas com que balizam o tempo, frisando a importância dos eventos que a elas se acham ligados. 1922, por exemplo, presta-se muito bem à periodização literária: a Semana foi um acontecimento e uma declaração de fé na arte moderna. Já o ano de 1930 evoca menossignificadosliterários prementes por causa do relevo social assumido pela Revolução de Outubro. Mas, tendo esse movimento nascido das contradições da República Velha que ele pretendia superar, e, em parte, superou; e tendo suscitado em todo o Brasil uma corrente de esperanças, oposições, programas e desenganos, vincou fundo a nossa literatura lançando-a a um estado adulto e moderno perto do qual as palavras de ordem de 1922 parecem fogachos de adolescente.
(BOSI, Alfredo. O Modernismo e o Brasil depois de 30. In: ______. História concisa da literatura brasileira. 52. ed. São Paulo: Cultrix, 2017. p. 409. Grifos na fonte. Adaptado.)
A respeito do Modernismo brasileiro, analise as afirmativas a seguir:
I - Busca empenhada pela construção de uma identidade nacional que se caracteriza como traço marcante da 1a Fase do Modernismo.
II - O Modernismo no Brasil surgiu no século XX e, conforme as particularidades dos momentos internos do movimento, está dividido em três fases principais.
III - A 3ª fase modernista é a mais radical de todas, caracterizada pelo abandono de qualquer forma de convenção, e empenhada no processo de renovação.
IV - Na prosa, a Geração de 1930 escolhe como cerne de seus temas o desnudamento da realidade da sociedade brasileira coetânea, apontando para os problemas decorrentes das desigualdades sociais.
Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos corretos:
Leia o excerto abaixo, do texto “No cipó das falações: a forma difícil da poética modernista”, de Roberto Zular, presente no livro “Modernismos: 1922-2022”:
“a oralidade permite tratar de um dos pontos mais sensíveis e incompreendidos do modernismo: a coloquialidade, muitas vezes confundida com a cordialidade e com a ilusão de que não se trataria de textos escritos. No entanto, trata-se de um artifício da escrita, artifício tão potente que é capaz de colocar em xeque a própria divisão estanque entre fala e escrita. Sejamos ainda mais explícitos: a atenção à linguagem falada, brasileira, os mil erros da fala, o ‘somos como falamos’, nossas brasilidades, nossos jeitinhos, nossa maneira de nos expressarmos – não importa por onde se tente pegar essa questão –, o fato é que, literariamente, no modernismo, o mecanismo para captar essas pulsões é a escrita, ainda que a gente escreva o que ouve e nunca o que houve, como propunha Oswald.”
Quanto ao trecho acima, é possível afirmar que
I. a coloquialidade não existe, de fato, no modernismo brasileiro, pois, como se trata de textos escritos, estes são incapazes de imitar a fala.
II. a oralidade se faz presente na poesia modernista brasileira na escrita que se utiliza da linguagem falada, dos “brasileirismos” do nosso idioma.
III. muitas vezes a coloquialidade da linguagem poética no nosso modernismo é confundida com a fala real, como se não fossem textos escritos.
IV. a poesia modernista brasileira até tentou imitar a fala, mas não conseguiu, pois é impossível registrar em poemas escritos uma linguagem coloquial.
V. mesmo tentando se materializar enquanto linguagem oral, a poesia modernista brasileira, sendo escrita, é artificial, de modo que não conseguiu o que pretendia.
Está correto o que se afirma apenas nas proposições
Leia o trecho do conto “A hora e vez de Augusto Matraga” para responder à questão.
— Mal em mim não veja, meu patrão Nhô Augusto, mastodos no lugar estão falando que o senhor não possui mais nada, que perdeu suas fazendas e riquezas, e que vai ficar pobre, no já-já... E estão conversando, o Major mais outros grandes, querendo pegar o senhor à traição. Estão espalhando... — o senhor dê o perdão p’r’a minha boca que eu só falo o que é perciso — estão dizendo que o senhor nunca respeitou filha dos outros nem mulher casada, e mais que é que nem cobra má, que quem vê tem de matar por obrigação... Estou lhe contando p’ra modo de o senhor não querer facilitar. Carece de achar outros companheiros bons, p’ra o senhor não ir sozinho... Eu, não, porque sou medroso. Eu cá pouco presto... Mas, se o senhor mandar, também vou junto.
Mas Nhô Augusto se mordia, já no meio da sua missa, vermelho e feroz. Montou e galopou, teso para trás, rei na sela, enquanto o Quim Recadeiro ia lá dentro, caçar um gole d’água para beber. Assim.
Assim, quase qualquer um capiau outro, sem ser Augusto Estêves, naqueles dois contratempos teria percebido a chegada do azar, da unhaca, e passaria umas rodadas sem jogar
fazendo umas férias na vida: viagem, mudança, ou qualquer coisa ensossa, para esperar o cumprimento do ditado: “Cada um tem seus seis meses...”
Mas Nhô Augusto era couro ainda por curtir, e para quem não sai, em tempo, de cima da linha, até apito de trem é mau agouro. Demais, quando um tem que pagar o gasto, desembesta até ao fim. E, desse jeito, achou que não era hora para ponderados pensamentos.
(João Guimarães Rosa. Sagarana, 2015.)
Como é comum na obra de Guimarães Rosa, em “A hora e vez de Augusto Matraga” a narrativa
Entre os anos 1940 e 1960, veio à luz um conjunto de dramas que renovou a cena teatral brasileira; entre os mais famosos encontram-se Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues, Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e O pagador de promessas, de Dias Gomes.
No bloco da esquerda abaixo, estão listadas peças teatrais; no da direita, nomes de protagonistas.
Associe adequadamente os dois blocos.
( ) Vestido de noiva
( ) Auto da Compadecida
( ) Eles não usam black-tie
( ) O pagador de promessas
1- João Grilo
2- Alaíde
3- Tião
4- Zé do Burro
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
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