Questões de História - América - Período Colonial - Colônias de Exploração e Povoamento
No processo de colonização da América, o contato entre europeus e os povos nativos é considerado por muitos historiadores como um choque entre dois mundos. Tal processo acarretou, entre outras consequências, o declínio das populações nativas.
Considerando as implicações do contato de diferentes povos durante o processo de colonização da América, a partir do século XV, assinale a alternativa CORRETA.
A conquista espanhola da América foi marcada pela violência aos povos nativos e destruição de grandes civilizações.
A respeito desse tema, avalie o trecho a seguir e complete as lacunas.
Embora a _________ dos espanhóis fosse notável, não foi decisiva no processo. Os povos nativos da América encontravam-se em uma diversidade cultural, política e social. Assim, os povos imperiais que aqui existiam estavam organizados em ___________ com forte __________. Além disso, __________ impactaram as populações da América e __________ com povos vizinhos favoreceram a vitória espanhola.
A sequência que completa corretamente é:
Leia o texto a seguir:
Sábado, 13 de outubro.
Assim que amanheceu, veio até à praia uma porção desses homens, todos jovens, como já disse, e todos de boa estatura. É gente muito bonita: os cabelos são lisos e grossos, como cerdas de cavalo, e todos de rosto e cabeça bem mais larga que qualquer geração que tenha visto até agora, como olhos muito bonitos e nada pequenos. ... Vieram até a nau em pirogas, feitas do tronco de uma árvore, como um barco comprido e de um só pedaço. ... Traziam novelos de algodão desfiado, papagaios, lanças e outras ninharias querendo trocar por qualquer coisa que a gente desse. ... E eu estava atento, me esforçando para saber se havia ouro, e vi que alguns traziam um pedacinho pendurado num furo que têm no nariz e, por sinais, consegui entender que indo para o sul e contornando a ilha naquela direção, encontraria um rei que tinha grandes taças disso e em vasta quantidade.
(COLOMBO, Cristóvão. Diários da descoberta da América: as quatro viagens e o testamento. Porto Alegre: L&PM, 1999. p. 53-54. Adaptado)
O contexto de desenvolvimento das ações apresentadas no fragmento textual do diário de viagem de Cristóvão Colombo retrata:
Leia o texto de Eduardo Bueno para responder a questão.
No Brasil, como no restante do Novo Mundo, o que separa a história da pré-história é mais do que um mero prefixo. Existe, entre os dois períodos, um abismo de desconhecimento e incompreensão. Embora o trabalho dos arqueólogos literalmente se aprofunde cada vez mais, restam ainda imensas lacunas a respeito dos habitantes que, em tempos remotos, ocuparam o território que viria a ser o Brasil. O que já se sabe, porém, permite afirmar que a herança “pré-histórica” — ou seja, o legado dos povos que por no mínimo dez milênios aqui viveram — é bem mais sólida e está muito mais presente do que o senso comum em geral supõe.
É preciso não esquecer, afinal, que, por pelo menos cem séculos, esses povos ancestrais — cuja própria origem ainda não pôde ser inteiramente esclarecida — testaram um repertório de alternativas e um leque de possibilidades alimentares, ecológicas e logísticas que os conquistadores europeus, sob risco de colocarem em perigo a própria sobrevivência, não puderam descartar desde o instante em que desembarcaram no então “novo” e desconhecido território, oficialmente em abril de 1500.
Pode-se afirmar que as trilhas e os caminhos pelos quais o país se expandiu, os sítios onde se erguem suas grandes cidades, inúmeros produtos agrícolas que hoje saciam a fome da nação, bem como vários hábitos e costumes nacionais, são fruto direto de um conhecimento milenar — que, embora esteja dessa forma preservado, na essência se perdeu. É preciso ter em mente, portanto, que uma compreensão mais plena do Brasil impõe um mergulho no passado — e que esse passado é muito mais profundo do que apenas os últimos cinco séculos.
(Brasil: uma história: cinco séculos de um país em construção, 2012.)
No contexto em que se encontra o trecho “em que desembarcaram no então “novo” e desconhecido território, oficialmente em abril de 1500” (2º parágrafo), as aspas em torno da palavra “novo”
“E os espanhóis ainda não nos tinham atacado quando, muito repentinamente, houve uma grande enfermidade, uma doença pustulenta. Em Tepilhuitl começou. E infligiu uma grande devastação. Alguns ela cobriu inteiramente, espalhou-se por todas as partes (...) Muitos homens morreram desse mal, e muitos outros simplesmente morreram de fome, de fome eles morreram; ninguém cuidava de ninguém, ninguém fazia nada pelos demais.”
BAUDOT, G. & TODOROV, T. Relatos astecas da conquista. São Paulo: Editora Unesp, 2019, p. 166-167.
A conquista da região do México pelos espanhóis
Com o declínio da população ameríndia, a mão de obra trazida da África constituiu a base da exploração do ouro e dos recursos agrícolas dos setores de exportação das Américas, tendo o cultivo de açúcar absorvido mais de dois terços dos escravos transportados do outro lado do Atlântico pelas grandes potências europeias e euro-americanas. Por vários séculos, os escravos foram a razão mais importante para o contato entre europeus e africanos.
(www.slavevoyages.org)
O tráfico de escravos africanos para a América, a partir do século XVI, teve como objetivo
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