As relações entre o Golias continental e o Davi insular sempre foram ambíguas, mesmo antes da instalação do regime castrista. Em 1898, os americanos, em guerra com a Espanha, reconheceram a independência de Cuba e ganharam de presente Guantánamo, onde até hoje mantêm sua base militar e prisão de terroristas. Por algum tempo, depois da tomada do poder, em 1959, Fidel Castro, não se sabe se genuinamente, tentou se manter sem se aliar aos comunistas soviéticos. Fidel e Che Guevara treinaram golfe com a promessa de que seriam recepcionados em Washington pelo presidente Dwight Eisenhower para um confronto amistoso no “green”. Foram recebidos não pelo amável “Ike”, mas por seu frio e pragmático vice-presidente, Richard Nixon.
Em 1961, um grupo de exilados cubanos treinado pela CIA tentou invadir Cuba desembarcando na Baía dos Porcos. O objetivo era derrubar o regime comunista. Fora-lhes prometido pela CIA apoio aéreo – o que não veio, e os aventureiros fracassaram. Cuba, então, se aproximou da União Soviética. Uma tentativa de reaproximação entre Cuba e Estados Unidos aconteceu em fevereiro de 1989, quando o diplomata Robert Pastor conseguiu reunir o presidente Jimmy Carter e o ditador Fidel Castro em um hotel de Caracas.
TEIXEIRA, Duda. Tudo no seu devido lugar. Veja. São Paulo: Abril, a. 47, ed. 2405, n.52, p.60-65, 24 dez. 2014. Adaptado.
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