Os criollos perderam a confiança no governo dos Bourbons e passaram a duvidar da real disposição da Espanha a defendê-los. Seu dilema era premente, já que estavam presos entre o governo colonial e a massa do povo. Nessas circunstâncias, quando a monarquia entrou em crise em 1808, os criollos não puderam permitir que o vácuo político se instaurasse, nem que suas vidas e propriedades ficassem sem proteção. Convencidos de que, se não aproveitassem a oportunidade, forças mais perigosas o fariam, tiveram de agir rapidamente para antecipar-se à rebelião popular.
(John Lynch. “As origens da independência da América espanhola”. In: Leslie Bethell (org.). História da América Latina: da independência até 1870, 2004. Adaptado.)
O excerto alude à situação histórica da América espanhola, marcada pela