No Brasil, a política é o tipo de intolerância de maior audiência na internet. A conclusão é de uma pesquisa da agência de propaganda Nova/SB, realizada no ano de 2016, que mapeou os dez tipos mais recorrentes de extremismos nas redes sociais. Uma rápida navegação comprova esse resultado, que se agrava de forma cruel e pessimista, uma vez que são raras as vezes em que há um debate inteligente ou preocupado com questões sociais e coletivas. A discussão é feroz, infantil e cega, e não há vencedores ao final.
A intolerância das pessoas chega a ser mesquinha, pequena e imoral. Agem como se não houvesse impunidade, pois existe a ilusão de que o mundo digital é uma terra de ninguém, quando muitos casos poderiam ser enquadrados em crimes cibernéticos. De insultos a notícias falsas, as infrações no mundo digital também devem ser julgadas e punidas sem exceção.
Uma pesquisa da Quartz divulgada em janeiro deste ano, constatou que 55% dos brasileiros consideram que não há nada na internet além do Facebook. Para boa parte dos entrevistados, o Facebook e a internet são a mesma coisa. Nos EUA, o índice foi de apenas 5%.
DIAS, Eliane. Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem. Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/-home/internet-nao-e-o-facebook/>. Acesso em: ago. 2017.
De acordo com o texto, é correto inferir: