Leia o texto de Guila Flint para responder à questão.
Durante os cinco anos que durou seu julgamento, o assassino Igal Amir apresentou uma atitude fria e arrogante. Sempre sorrindo e mascando chiclete, destruiu todos os argumentos da defesa, que tentava provar insanidade mental. Houve um consenso inusitado entre a acusação, a defesa e os juízes de que Amir fez praticamente todo o trabalho para a acusação. Basta observar as declarações feitas por ele durante o julgamento para perceber por que vários advogados da defesa se demitiram, e a acusação não teve de trabalhar muito para provar o assassinato premeditado. “Agi de forma lúcida e premeditada”, disse Amir, admitindo que se preparou durante dois anos para o crime. “Tudo que fiz foi em nome de Deus e para o bem do povo de Israel”, afirmou. “Aquele homem (Rabin) queria sacrificar o povo de Israel pelo poder, sacrifiquei a minha vida pelo povo, um dia vocês entenderão que tinha razão”. Afirmou ainda, várias vezes, “Deus deu a terra de Israel ao povo de Israel!”.
Os psiquiatras que examinaram Amir concluíram que ele não sofre de distúrbios mentais, é uma pessoa articulada e seu QI é acima da média. Até o último momento do processo não manifestou arrependimento algum pelo crime. Mas quando ouviu a sentença, seu sorriso permanente finalmente desapareceu.
(Miragem de paz: Israel e Palestina, 2009. Adaptado.)
“Deus deu a terra de Israel ao povo de Israel!” (1º parágrafo) Assinale a alternativa que expressa, na voz passiva, o conteúdo dessa oração.