Desde a Antiguidade grega, percebe-se a importância da linguagem no contexto das relações humanas. Um dos aspectos da linguagem está relacionado à arte retórica, à capacidade de bem construir um discurso. Vejamos o que afirma Aristóteles: “Assentemos que a retórica é a faculdade de ver teoricamente o que, em cada caso, pode ser capaz de gerar a persuasão. Nenhuma outra arte possui esta função, porque as demais artes têm, sobre o objeto que lhes é próprio, a possibilidade de instruir e de persuadir; por exemplo, a medicina, sobre o que interessa à saúde e à doença, a geometria, sobre as variações das grandezas, a aritmética, sobre os números; e o mesmo acontece com as outras artes e ciências. Mas a retórica parece ser capaz de, por assim dizer, no concernente a uma dada questão, descobrir o que é próprio para persuadir. Por isso dizemos que ela não aplica suas regras a um gênero próprio e determinado”.
Fonte: ARISTÓTELES. Arte retórica e arte poética. Trad. Antônio Pinto de Carvalho. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1959. p. 24.
De acordo com o fragmento acima, a retórica é a arte da persuasão, ou seja, o ato de fazer uso da palavra para convencer os outros, algo típico dos grandes oradores. Entre os gregos havia um grupo de filósofos que ensinavam retórica aos jovens atenienses.
Quem eram esses filósofos?