Em 2022, a Lei n. 12711/12, conhecida como a Lei de Cotas, completa 10 anos de vigência. Segundo dados do IBGE (obtidos na pesquisa Desigualdades Sociais por Cor ou Raça, 2020), no início dos anos 2000, chegava a menos de 5% o percentual de negros (pretos e pardos) no Ensino superior. Em 2010, antes da Lei de Cotas mas depois da implementação de políticas de cotas em algumas universidades públicas, a somatória de alunos negros era de 10,70%. Em 2015, cinco anos do Censo e três anos após a implementação da Lei de Cotas, os números aumentaram para 27,07% de alunos negros nas IES (Instituições de Ensino Superior).Mais recentemente, o ano de 2019 apresentou totalizou 38,15% de estudantes negros.
Uma outra pesquisa sobre a temática, realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), também demonstra resultados. Foram coletados dados de 63 universidades federais, com a participação voluntária de mais de 420 mil estudantes. No documento, verificou-se que o percentual de cotistas saiu de 3,1%, em 2005, para 48,3%, em 2018.
Outro dado apontado pela pesquisa que se destaca é o índice de alunos inseridos na faixa de renda mensal familiar per capita de até 1,5 salário-mínimo. Em 1996, quando foi realizada a primeira edição da pesquisa da Andifes, eles compunham 44,3% do corpo discente, número próximo aos encontrados nos levantamentos de 2003 e 2010.
A partir de 2014, estudantes nessa faixa de renda passam a ser 66,2% do total de alunos dos cursos de graduação das instituições federais, chegando a 70,2%, em 2018.
Disponível em https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf. Acesso em: 12 out. 2022.
A respeito da temática, é correto afirmar que