O Universo, provavelmente, está povoado de cópias suas. E de sua mãe. Para que essas cópias fossem encontradas, você teria que começar a viagem mais longa da sua vida. Suba em um foguete imaginário. Deixe a Terra para trás. O sol ficará cada vez mais distante, até sumir. Depois, as estrelas também desaparecem: cada um dos pontos brilhantes que você vê agora é uma galáxia inteira. E a viagem segue. Eis que, em certo momento, você vê, pela janela, uma galáxia bem parecida com a Via Láctea. Então, entra nela para dar uma explorada. Lá dentro, encontra estrelas bem familiares. Entre elas, uma de tamanho médio com um punhado de planetas em volta. Chegando mais perto, você vê que o terceiro planeta mais próximo da estrela parece uma bola de gude azul. Sim: um planeta idêntico à Terra, a zilhões de mastodontilhões de milênios-luz daqui. Essa discussão é importante para garantir a existência dos seus clones. Porque só um Universo plano pode ser infinito, sem limite em nenhuma direção. A boa notícia é que chegamos a uma resposta quase definitiva, graças às Microondas Cósmicas de Fundo, as formas de luz mais antigas que conseguimos enxergar, emitidas poucos milhares de anos após o Big Bang. O estudo mediu a densidade do Universo com a maior exatidão já vista e o que detectou foi que o Universo abriga basicamente a quantidade de massa exata necessária para ser plano.
Disponível em: super.abril.com.br. (adaptado) Acesso em: 13 de novembro de 2017.
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