TEXTO:
Crescer como pessoa de cor na África do Sul do
Apartheid, na década de 1940, não era nada agradável.
Principalmente se você era brutalmente lembrado da cor
de sua pele a cada momento do dia. Depois, ser
[5] espancado aos 10 anos por jovens brancos que o
consideravam negro demais e, em seguida, por jovens
negros que o consideravam branco demais era uma
experiência humilhante que poderia levar qualquer um à
vingança violenta.
[10] Uma das muitas coisas que aprendi com meu avô
foi a compreender a profundidade e a amplitude da não
violência e a reconhecer que somos todos violentos e
precisamos efetuar uma mudança qualitativa em nossas
atitudes. Com frequência, não reconhecemos nossa
[15] violência porque somos ignorantes a respeito dela.
Presumimos que não somos violentos porque nossa
visão da violência é aquela de brigar, matar, espancar e
guerrear – o tipo de coisa que os indivíduos comuns não
fazem.
[20] O mundo em que vivemos é aquilo que fazemos
dele. Se hoje é impiedoso, foi porque nossas atitudes o
tornaram assim. Se mudarmos a nós mesmos,
poderemos mudar o mundo, e essa mudança começará
por nossa linguagem e nossos métodos de comunicação.
[25] É um primeiro passo significativo para mudarmos nossa
comunicação e criarmos um mundo mais compassivo.
ARUN GANDHI (Fundador e presidente do M. K. Gandhi Institute for Nonviolence). In: Marshall B. Rosenberg. Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. Tradução Mário Vilela. São Paulo: Ágora, 2006. p. 22. Adaptado.
Considerando-se os aspectos linguísticos do texto, é correto afirmar: