TEXTO 1
O glamour nas antigas propagandas de cigarro
Liz Passos
1.§ Houve uma época em que os anúncios de cigarro eram permitidos e espalhados por toda parte. As campanhas apresentavam conteúdos de gosto duvidoso, por vezes preconceituoso, e indicavam que fumar fazia bem à saúde.
2.§ O hábito de fumar era associado a qualidades como charme, elegância e poder. O cinema induzia esta prática, exibindo belos atores fumando e incentivando esse glamour. Eles recebiam quantias milionárias para fumarem nos filmes. Os fãs queriam ser como os astros e estrelas, por consequência os imitavam. Paralelo a isso, desde o início do século 20, a propaganda já contribuía para fomentar o uso do cigarro.
3.§ Sem entrar no mérito da ação de fumar ou do que o cigarro pode causar à saúde, podemos observar criações inusitadas ou até mesmo um tanto chocantes, de anúncios que veiculavam em jornais e revistas, únicos veículos disponíveis até os anos 50. Exemplo disso é uma campanha que trazia um Papai Noel fumante.
4.§ A princípio, as indústrias tinham como principal alvo o público masculino, a imagem da mulher era utilizada exclusivamente como objeto de desejo, ao lado do cigarro. Mas as mulheres também foram atingidas pelo produto. Não só pela própria vontade, mas também por acharem que fumando, estariam conquistando mais igualdade junto aos homens.
5.§ Tosco ou não, estes anúncios tomaram proporções maiores e abocanharam uma grande fatia da publicidade, durante muito tempo. Tanto assim, que nos anos 80, uma das campanhas mais criativas e lembradas era dos cigarros Hollywood que mesclava esportes radicais com trilhas sonoras de bandas em destaque no cenário do rock mundial.
6.§ Mais tarde estas propagandas foram vetadas por leis que defendem a preservação da saúde. Movimentos sociais comemoraram a decisão e não vemos mais os anúncios e filmes publicitários que marcaram uma geração... a bem dizer, nenhuma marca positiva.
Disponível em . Acesso em 04 dez 2012. (adaptado)
A questão refere-se ao texto 1 e à propaganda abaixo.
O cotejo entre o conteúdo veiculado no texto 1 e a imagem veiculada na propaganda NÃO nos permite aproximá-los por meio do fragmento