Leia o texto a seguir e responda à questão.
Protegido por sigilo médico, o prontuário de um paciente deve ser liberado aos familiares após sua morte, segundo nova decisão da Justiça Federal de Goiás. A medida determina ao CFM (Conselho Federal de Medicina) que oriente os médicos a permitir o acesso da família ao documento, que contém dados do histórico de saúde do paciente e dos cuidados a ele prestados. A decisão contraria pareceres anteriores do conselho, o qual defende que o sigilo médico “seja respeitado mesmo após a morte do paciente” e que o fornecimento do prontuário ocorra apenas “na forma preconizada pelo Código de Ética Médica”, que prevê autorização ao acesso apenas pelo paciente ou após ordem judicial. O principal argumento oposto à liberação está na necessidade de proteger informações que, por motivos diversos, o paciente poderia não querer revelar à família, como o diagnóstico de uma doença ou ausência de laços consanguíneos, por exemplo. O conselho já havia sido obrigado a emitir, em 2014, uma recomendação aos médicos e às instituições de saúde para que liberem o acesso aos documentos, desde que seja “documentalmente comprovado o vínculo familiar e observada a ordem de vocação hereditária”. Mas buscava reverter essa posição. Agora, com a decisão da Justiça, a medida é confirmada e passa a valer no país. O Ministério Público Federal de Goiás, responsável pela ação, que tramita há quatro anos, alega que o acesso ao prontuário deve ser facilitado, já que caberia à família tomar decisões e ser responsável pelos dados do paciente após sua morte. A decisão que libera o acesso ao prontuário foi tomada neste mês pelo juiz Leonardo Buissa Freitas, da 3a Vara da Justiça Federal de Goiás. Em 2012, o acesso já havia sido permitido por meio de liminar, mas o CFM recorreu.
(Adaptado de: CANCIAN, N. Prontuário de paciente será entregue à família após morte. Folha de S. Paulo. Cotidiano. B1. 30 abr. 2016.)
Em relação ao fragmento “o acesso ao prontuário deve ser facilitado, já que caberia à família tomar decisões e ser responsável pelos dados do paciente após sua morte”, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o termo que pode substituir a expressão sublinhada, sem alterar o sentido expresso no texto.