Ainda em 2022 deve ocorrer a revisão da chamada Lei de Cotas, que garante metade das vagas em universidades federais para estudantes da rede de ensino pública, pretos, pardos, indígenas, pessoas com deficiência e população de baixa renda. Um dos debates principais da revisão é a defesa de que se exclua o critério racial e seja mantido apenas o critério econômico. Sobre esse assunto, leia a posição da jornalista Martha Moreira a seguir.
Ainda que tanto o estudante negro quanto o branco assistam às mesmas aulas e estudem pelos mesmos livros, este é apenas um aspecto muito reduzido de sua formação. A criança e o adolescente refletirão boa parte das expectativas que seus pais, professores e colegas depositam nele. Se o aluno branco é visto por seus professores como ‘brilhante’ e o negro como ‘esforçado’, esta diferença acumulada durante mais de 10 anos de estudos resultará em níveis de autoconfiança bastante diferentes. O negro já entra na escola com um menor status social perante seus colegas e isso lhe será relembrado durante todo o período escolar, desde os apelidos que lhe serão dados até o eventual desafio de um namoro interracial na adolescência.
(MOREIRA, Martha. Cotas da Igualdade. Disponível em: . Acesso em 01 set. 2022.)
Sobre a opinião da jornalista acerca das ações afirmativas, assinale a alternativa que descreve, corretamente, o fato em que ela se baseia.