UFMG 2012
60 Questões
Cigarro e bebida
Titularia este artigo com a famosa frase “É proibido proibir”. Ninguém esquece
Caetano Veloso vociferando contra essa rotina no período da ditadura militar no Brasil.
Pois o Planeta a repete contra os fumantes. Como tudo, pode ser boa a luta, mas peca pelo
exagero. Pois proibir atos individuais tornou-se uma mania mundial e, especialmente,
no Brasil. Quanto às ações contra os fumantes, o erro está em querer proibir o cidadão
de fumar. O correto é proibi-lo de fazer mal aos outros. Mas a questão principal seria a
diferença de tratamento entre fumante e beberrão. E ambos trazem problemas, mas os
da bebida parecem ser mais amplos e com menores chances de defesa às vítimas. No
entanto a bebida recebe tratamento de muito glamour. Sempre vem o estímulo gigante
e, depois, uma frase tímida, quase inaudível, a recomendar que “Encha a cara, mas não
dirija”. Como se o mal estivesse só em dirigir.
Quem fuma prejudica com o cheiro da fumaça; quem bebe, com o da bebida. Quem
fuma pode prejudicar o outro com o ardor nos olhos; quem bebe, com as cusparadas
indesejadas. O fumante suja a cidade com suas pontas de cigarro, facilmente evitadas,
se usassem cinzeiros portáteis ou jogassem no lugar devido; quem bebe fala alto,
vomita em qualquer lugar. Uma reação orgânica sem controle. O fumante fica
consciente, já o embriagado perde quase sempre a consciência. Somente fumar mataria
individualmente, caso fosse evitado o repasse aos fumantes passivos. Ninguém pode
evitar o suicídio desejado de ninguém. Mas quem não quer receber a fumaça afastase;
ao menos tem essa chance. Já do bêbado, é difícil se defender. Ele vem pra cima
de qualquer um, ofende, provoca, agride. Em casa, geralmente aterroriza. E ambos
matam milhões ao ano. O cigarro, pelas doenças que provoca. Os bêbados, pelos
acidentes que causam. São centenas de casos de assassinatos coletivos em função de
acidentes provocados pela bebedeira. Todos docilmente tratados como crime culposo,
sem nenhum assassino na cadeia.
Ninguém pode se defender de uma carreta dirigida por um bêbado. Ele é muito
mais pernicioso à sociedade. Mais pela violência de que se utiliza, muito em função da
bebida. É só levantar as estatísticas de assassinatos que envolvem embriaguez. Bebida
causa um mal muito mais amplo, imediato, e com nenhuma chance de defesa. E não
sofre crítica veemente nem ações contrárias por parte das autoridades. Ao contrário,
sempre está em qualquer horário nas novelas, nos filmes, nos comerciais. Enquanto só
cresce o cerco ao cigarro. [...] Às autoridades caberia sempre a orientação informativa,
com vista a educar. Nada mais. E é preciso dar tratamento à bebida semelhante ao dado
ao cigarro. Tal como as imagens fortes nos maços, as de carros aos farelos e de pessoas
empastadas e decapitadas poderiam estar nos rótulos das garrafas.
COSTA, Pedro Cardoso. Cigarro e bebida. Disponível em: <http://www.jornaldiadia.com.br/jdd/index.php?option=com_content&v iew=article&id=8782:cigarro-e-bebida-&catid=41:artigos-e-opinioes&Itemid=58>. Acesso em: 10 maio de 2011. (Adaptado)
É CORRETO afirmar que o objetivo central desse texto é
Cigarro e bebida
Titularia este artigo com a famosa frase “É proibido proibir”. Ninguém esquece
Caetano Veloso vociferando contra essa rotina no período da ditadura militar no Brasil.
Pois o Planeta a repete contra os fumantes. Como tudo, pode ser boa a luta, mas peca pelo
exagero. Pois proibir atos individuais tornou-se uma mania mundial e, especialmente,
no Brasil. Quanto às ações contra os fumantes, o erro está em querer proibir o cidadão
de fumar. O correto é proibi-lo de fazer mal aos outros. Mas a questão principal seria a
diferença de tratamento entre fumante e beberrão. E ambos trazem problemas, mas os
da bebida parecem ser mais amplos e com menores chances de defesa às vítimas. No
entanto a bebida recebe tratamento de muito glamour. Sempre vem o estímulo gigante
e, depois, uma frase tímida, quase inaudível, a recomendar que “Encha a cara, mas não
dirija”. Como se o mal estivesse só em dirigir.
Quem fuma prejudica com o cheiro da fumaça; quem bebe, com o da bebida. Quem
fuma pode prejudicar o outro com o ardor nos olhos; quem bebe, com as cusparadas
indesejadas. O fumante suja a cidade com suas pontas de cigarro, facilmente evitadas,
se usassem cinzeiros portáteis ou jogassem no lugar devido; quem bebe fala alto,
vomita em qualquer lugar. Uma reação orgânica sem controle. O fumante fica
consciente, já o embriagado perde quase sempre a consciência. Somente fumar mataria
individualmente, caso fosse evitado o repasse aos fumantes passivos. Ninguém pode
evitar o suicídio desejado de ninguém. Mas quem não quer receber a fumaça afastase;
ao menos tem essa chance. Já do bêbado, é difícil se defender. Ele vem pra cima
de qualquer um, ofende, provoca, agride. Em casa, geralmente aterroriza. E ambos
matam milhões ao ano. O cigarro, pelas doenças que provoca. Os bêbados, pelos
acidentes que causam. São centenas de casos de assassinatos coletivos em função de
acidentes provocados pela bebedeira. Todos docilmente tratados como crime culposo,
sem nenhum assassino na cadeia.
Ninguém pode se defender de uma carreta dirigida por um bêbado. Ele é muito
mais pernicioso à sociedade. Mais pela violência de que se utiliza, muito em função da
bebida. É só levantar as estatísticas de assassinatos que envolvem embriaguez. Bebida
causa um mal muito mais amplo, imediato, e com nenhuma chance de defesa. E não
sofre crítica veemente nem ações contrárias por parte das autoridades. Ao contrário,
sempre está em qualquer horário nas novelas, nos filmes, nos comerciais. Enquanto só
cresce o cerco ao cigarro. [...] Às autoridades caberia sempre a orientação informativa,
com vista a educar. Nada mais. E é preciso dar tratamento à bebida semelhante ao dado
ao cigarro. Tal como as imagens fortes nos maços, as de carros aos farelos e de pessoas
empastadas e decapitadas poderiam estar nos rótulos das garrafas.
COSTA, Pedro Cardoso. Cigarro e bebida. Disponível em: <http://www.jornaldiadia.com.br/jdd/index.php?option=com_content&v iew=article&id=8782:cigarro-e-bebida-&catid=41:artigos-e-opinioes&Itemid=58>. Acesso em: 10 maio de 2011. (Adaptado)
Assinale a alternativa em que a palavra entre colchetes pode substituir CORRETAMENTE a palavra ou expressão destacada na frase, sem alterar o sentido original dela.
Cigarro e bebida
Titularia este artigo com a famosa frase “É proibido proibir”. Ninguém esquece
Caetano Veloso vociferando contra essa rotina no período da ditadura militar no Brasil.
Pois o Planeta a repete contra os fumantes. Como tudo, pode ser boa a luta, mas peca pelo
exagero. Pois proibir atos individuais tornou-se uma mania mundial e, especialmente,
no Brasil. Quanto às ações contra os fumantes, o erro está em querer proibir o cidadão
de fumar. O correto é proibi-lo de fazer mal aos outros. Mas a questão principal seria a
diferença de tratamento entre fumante e beberrão. E ambos trazem problemas, mas os
da bebida parecem ser mais amplos e com menores chances de defesa às vítimas. No
entanto a bebida recebe tratamento de muito glamour. Sempre vem o estímulo gigante
e, depois, uma frase tímida, quase inaudível, a recomendar que “Encha a cara, mas não
dirija”. Como se o mal estivesse só em dirigir.
Quem fuma prejudica com o cheiro da fumaça; quem bebe, com o da bebida. Quem
fuma pode prejudicar o outro com o ardor nos olhos; quem bebe, com as cusparadas
indesejadas. O fumante suja a cidade com suas pontas de cigarro, facilmente evitadas,
se usassem cinzeiros portáteis ou jogassem no lugar devido; quem bebe fala alto,
vomita em qualquer lugar. Uma reação orgânica sem controle. O fumante fica
consciente, já o embriagado perde quase sempre a consciência. Somente fumar mataria
individualmente, caso fosse evitado o repasse aos fumantes passivos. Ninguém pode
evitar o suicídio desejado de ninguém. Mas quem não quer receber a fumaça afastase;
ao menos tem essa chance. Já do bêbado, é difícil se defender. Ele vem pra cima
de qualquer um, ofende, provoca, agride. Em casa, geralmente aterroriza. E ambos
matam milhões ao ano. O cigarro, pelas doenças que provoca. Os bêbados, pelos
acidentes que causam. São centenas de casos de assassinatos coletivos em função de
acidentes provocados pela bebedeira. Todos docilmente tratados como crime culposo,
sem nenhum assassino na cadeia.
Ninguém pode se defender de uma carreta dirigida por um bêbado. Ele é muito
mais pernicioso à sociedade. Mais pela violência de que se utiliza, muito em função da
bebida. É só levantar as estatísticas de assassinatos que envolvem embriaguez. Bebida
causa um mal muito mais amplo, imediato, e com nenhuma chance de defesa. E não
sofre crítica veemente nem ações contrárias por parte das autoridades. Ao contrário,
sempre está em qualquer horário nas novelas, nos filmes, nos comerciais. Enquanto só
cresce o cerco ao cigarro. [...] Às autoridades caberia sempre a orientação informativa,
com vista a educar. Nada mais. E é preciso dar tratamento à bebida semelhante ao dado
ao cigarro. Tal como as imagens fortes nos maços, as de carros aos farelos e de pessoas
empastadas e decapitadas poderiam estar nos rótulos das garrafas.
COSTA, Pedro Cardoso. Cigarro e bebida. Disponível em: <http://www.jornaldiadia.com.br/jdd/index.php?option=com_content&v iew=article&id=8782:cigarro-e-bebida-&catid=41:artigos-e-opinioes&Itemid=58>. Acesso em: 10 maio de 2011. (Adaptado)
Marque a alternativa em que a relação de sentido estabelecida pela palavra destacada na frase está INCORRETAMENTE identificada entre colchetes.
Cigarro e bebida
Titularia este artigo com a famosa frase “É proibido proibir”. Ninguém esquece
Caetano Veloso vociferando contra essa rotina no período da ditadura militar no Brasil.
Pois o Planeta a repete contra os fumantes. Como tudo, pode ser boa a luta, mas peca pelo
exagero. Pois proibir atos individuais tornou-se uma mania mundial e, especialmente,
no Brasil. Quanto às ações contra os fumantes, o erro está em querer proibir o cidadão
de fumar. O correto é proibi-lo de fazer mal aos outros. Mas a questão principal seria a
diferença de tratamento entre fumante e beberrão. E ambos trazem problemas, mas os
da bebida parecem ser mais amplos e com menores chances de defesa às vítimas. No
entanto a bebida recebe tratamento de muito glamour. Sempre vem o estímulo gigante
e, depois, uma frase tímida, quase inaudível, a recomendar que “Encha a cara, mas não
dirija”. Como se o mal estivesse só em dirigir.
Quem fuma prejudica com o cheiro da fumaça; quem bebe, com o da bebida. Quem
fuma pode prejudicar o outro com o ardor nos olhos; quem bebe, com as cusparadas
indesejadas. O fumante suja a cidade com suas pontas de cigarro, facilmente evitadas,
se usassem cinzeiros portáteis ou jogassem no lugar devido; quem bebe fala alto,
vomita em qualquer lugar. Uma reação orgânica sem controle. O fumante fica
consciente, já o embriagado perde quase sempre a consciência. Somente fumar mataria
individualmente, caso fosse evitado o repasse aos fumantes passivos. Ninguém pode
evitar o suicídio desejado de ninguém. Mas quem não quer receber a fumaça afastase;
ao menos tem essa chance. Já do bêbado, é difícil se defender. Ele vem pra cima
de qualquer um, ofende, provoca, agride. Em casa, geralmente aterroriza. E ambos
matam milhões ao ano. O cigarro, pelas doenças que provoca. Os bêbados, pelos
acidentes que causam. São centenas de casos de assassinatos coletivos em função de
acidentes provocados pela bebedeira. Todos docilmente tratados como crime culposo,
sem nenhum assassino na cadeia.
Ninguém pode se defender de uma carreta dirigida por um bêbado. Ele é muito
mais pernicioso à sociedade. Mais pela violência de que se utiliza, muito em função da
bebida. É só levantar as estatísticas de assassinatos que envolvem embriaguez. Bebida
causa um mal muito mais amplo, imediato, e com nenhuma chance de defesa. E não
sofre crítica veemente nem ações contrárias por parte das autoridades. Ao contrário,
sempre está em qualquer horário nas novelas, nos filmes, nos comerciais. Enquanto só
cresce o cerco ao cigarro. [...] Às autoridades caberia sempre a orientação informativa,
com vista a educar. Nada mais. E é preciso dar tratamento à bebida semelhante ao dado
ao cigarro. Tal como as imagens fortes nos maços, as de carros aos farelos e de pessoas
empastadas e decapitadas poderiam estar nos rótulos das garrafas.
COSTA, Pedro Cardoso. Cigarro e bebida. Disponível em: <http://www.jornaldiadia.com.br/jdd/index.php?option=com_content&v iew=article&id=8782:cigarro-e-bebida-&catid=41:artigos-e-opinioes&Itemid=58>. Acesso em: 10 maio de 2011. (Adaptado)
Considere este trecho do texto:
“Sempre vem o estímulo gigante e depois uma frase tímida, quase inaudível, a recomendar que encha a cara, mas não dirija. Como se o mal estivesse só em dirigir.” (linhas 9-11)
Marque a alternativa em que esse trecho foi reescrito CORRETAMENTE e mantém o sentido original do texto.
Cigarro e bebida
Titularia este artigo com a famosa frase “É proibido proibir”. Ninguém esquece
Caetano Veloso vociferando contra essa rotina no período da ditadura militar no Brasil.
Pois o Planeta a repete contra os fumantes. Como tudo, pode ser boa a luta, mas peca pelo
exagero. Pois proibir atos individuais tornou-se uma mania mundial e, especialmente,
no Brasil. Quanto às ações contra os fumantes, o erro está em querer proibir o cidadão
de fumar. O correto é proibi-lo de fazer mal aos outros. Mas a questão principal seria a
diferença de tratamento entre fumante e beberrão. E ambos trazem problemas, mas os
da bebida parecem ser mais amplos e com menores chances de defesa às vítimas. No
entanto a bebida recebe tratamento de muito glamour. Sempre vem o estímulo gigante
e, depois, uma frase tímida, quase inaudível, a recomendar que “Encha a cara, mas não
dirija”. Como se o mal estivesse só em dirigir.
Quem fuma prejudica com o cheiro da fumaça; quem bebe, com o da bebida. Quem
fuma pode prejudicar o outro com o ardor nos olhos; quem bebe, com as cusparadas
indesejadas. O fumante suja a cidade com suas pontas de cigarro, facilmente evitadas,
se usassem cinzeiros portáteis ou jogassem no lugar devido; quem bebe fala alto,
vomita em qualquer lugar. Uma reação orgânica sem controle. O fumante fica
consciente, já o embriagado perde quase sempre a consciência. Somente fumar mataria
individualmente, caso fosse evitado o repasse aos fumantes passivos. Ninguém pode
evitar o suicídio desejado de ninguém. Mas quem não quer receber a fumaça afastase;
ao menos tem essa chance. Já do bêbado, é difícil se defender. Ele vem pra cima
de qualquer um, ofende, provoca, agride. Em casa, geralmente aterroriza. E ambos
matam milhões ao ano. O cigarro, pelas doenças que provoca. Os bêbados, pelos
acidentes que causam. São centenas de casos de assassinatos coletivos em função de
acidentes provocados pela bebedeira. Todos docilmente tratados como crime culposo,
sem nenhum assassino na cadeia.
Ninguém pode se defender de uma carreta dirigida por um bêbado. Ele é muito
mais pernicioso à sociedade. Mais pela violência de que se utiliza, muito em função da
bebida. É só levantar as estatísticas de assassinatos que envolvem embriaguez. Bebida
causa um mal muito mais amplo, imediato, e com nenhuma chance de defesa. E não
sofre crítica veemente nem ações contrárias por parte das autoridades. Ao contrário,
sempre está em qualquer horário nas novelas, nos filmes, nos comerciais. Enquanto só
cresce o cerco ao cigarro. [...] Às autoridades caberia sempre a orientação informativa,
com vista a educar. Nada mais. E é preciso dar tratamento à bebida semelhante ao dado
ao cigarro. Tal como as imagens fortes nos maços, as de carros aos farelos e de pessoas
empastadas e decapitadas poderiam estar nos rótulos das garrafas.
COSTA, Pedro Cardoso. Cigarro e bebida. Disponível em: . Acesso em: 10 maio de 2011. (Adaptado)
Assinale a alternativa em que o termo destacado na frase corresponde CORRETAMENTE à palavra entre colchetes.
Cigarro e bebida
Titularia este artigo com a famosa frase “É proibido proibir”. Ninguém esquece
Caetano Veloso vociferando contra essa rotina no período da ditadura militar no Brasil.
Pois o Planeta a repete contra os fumantes. Como tudo, pode ser boa a luta, mas peca pelo
exagero. Pois proibir atos individuais tornou-se uma mania mundial e, especialmente,
no Brasil. Quanto às ações contra os fumantes, o erro está em querer proibir o cidadão
de fumar. O correto é proibi-lo de fazer mal aos outros. Mas a questão principal seria a
diferença de tratamento entre fumante e beberrão. E ambos trazem problemas, mas os
da bebida parecem ser mais amplos e com menores chances de defesa às vítimas. No
entanto a bebida recebe tratamento de muito glamour. Sempre vem o estímulo gigante
e, depois, uma frase tímida, quase inaudível, a recomendar que “Encha a cara, mas não
dirija”. Como se o mal estivesse só em dirigir.
Quem fuma prejudica com o cheiro da fumaça; quem bebe, com o da bebida. Quem
fuma pode prejudicar o outro com o ardor nos olhos; quem bebe, com as cusparadas
indesejadas. O fumante suja a cidade com suas pontas de cigarro, facilmente evitadas,
se usassem cinzeiros portáteis ou jogassem no lugar devido; quem bebe fala alto,
vomita em qualquer lugar. Uma reação orgânica sem controle. O fumante fica
consciente, já o embriagado perde quase sempre a consciência. Somente fumar mataria
individualmente, caso fosse evitado o repasse aos fumantes passivos. Ninguém pode
evitar o suicídio desejado de ninguém. Mas quem não quer receber a fumaça afastase;
ao menos tem essa chance. Já do bêbado, é difícil se defender. Ele vem pra cima
de qualquer um, ofende, provoca, agride. Em casa, geralmente aterroriza. E ambos
matam milhões ao ano. O cigarro, pelas doenças que provoca. Os bêbados, pelos
acidentes que causam. São centenas de casos de assassinatos coletivos em função de
acidentes provocados pela bebedeira. Todos docilmente tratados como crime culposo,
sem nenhum assassino na cadeia.
Ninguém pode se defender de uma carreta dirigida por um bêbado. Ele é muito
mais pernicioso à sociedade. Mais pela violência de que se utiliza, muito em função da
bebida. É só levantar as estatísticas de assassinatos que envolvem embriaguez. Bebida
causa um mal muito mais amplo, imediato, e com nenhuma chance de defesa. E não
sofre crítica veemente nem ações contrárias por parte das autoridades. Ao contrário,
sempre está em qualquer horário nas novelas, nos filmes, nos comerciais. Enquanto só
cresce o cerco ao cigarro. [...] Às autoridades caberia sempre a orientação informativa,
com vista a educar. Nada mais. E é preciso dar tratamento à bebida semelhante ao dado
ao cigarro. Tal como as imagens fortes nos maços, as de carros aos farelos e de pessoas
empastadas e decapitadas poderiam estar nos rótulos das garrafas.
COSTA, Pedro Cardoso. Cigarro e bebida. Disponível em: . Acesso em: 10 maio de 2011. (Adaptado)
Assinale a alternativa em que se apresenta o argumento do autor para defender sua tese no