UNIFENAS 2017/2 Manhã
42 Questões
Texto I
Nova Poética
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco
/muito bem engomada,
/ e na primeira esquina passa um caminhão,
/ salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama;
É a vida.
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas,
/as virgens cem por cento e as amadas que
/envelheceram sem maldade.
(MANUEL BANDEIRA, Belo Belo, in Poesia Completa e Prosa, Rio de Janeiro, Cia José Aguilar Editora, 2ª ed. 1967, p. 336)
Texto II
Meu Povo, Meu Poema
Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova.
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
Menos como quem canta
Do que planta
(FERREIRA GULLAR, Dentro da noite veloz, in Literatura Comentada, São Paulo, Abril Educação, 1ª ed. 1971, p. 44)
I – Pode-se afirmar que a metalinguagem ocorre nos dois textos, assim como se constata que entre ambos não há nenhuma relação de intertextualidade.
II – A ideia central contida na primeira estrofe do texto II é de que a essência do povo e a realização da forma poética estão intimamente associadas.
III – Em ambos os textos, tem-se claramente propostas para a poesia; no primeiro ela está vinculada ao prosaísmo que cerca a existência humana; no segundo, associada a uma função social.
Texto I
Nova Poética
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco
/muito bem engomada,
/ e na primeira esquina passa um caminhão,
/ salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama;
É a vida.
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas,
/as virgens cem por cento e as amadas que
/envelheceram sem maldade.
(MANUEL BANDEIRA, Belo Belo, in Poesia Completa e Prosa, Rio de Janeiro, Cia José Aguilar Editora, 2ª ed. 1967, p. 336)
Texto II
Meu Povo, Meu Poema
Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova.
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
Menos como quem canta
Do que planta
(FERREIRA GULLAR, Dentro da noite veloz, in Literatura Comentada, São Paulo, Abril Educação, 1ª ed. 1971, p. 44)
I – Revelando sua preocupação com o conteúdo e a forma da poesia, o autor do texto II revela-se bastante engajado, porquanto vincula seu poema ao povo, através do qual se solidifica para o futuro.
II – O exame dos dois textos permite afirmar que, devido ao seu caráter modernista, nenhum deles apresenta inversão sintática que, como se sabe, constitui uma herança clássica.
III – Valorização de elementos da natureza, liberdade formal e temática, aproximação da linguagem falada e literária são aspectos que aproximam os dois textos.
Texto I
Nova Poética
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco
/muito bem engomada,
/ e na primeira esquina passa um caminhão,
/ salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama;
É a vida.
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas,
/as virgens cem por cento e as amadas que
/envelheceram sem maldade.
(MANUEL BANDEIRA, Belo Belo, in Poesia Completa e Prosa, Rio de Janeiro, Cia José Aguilar Editora, 2ª ed. 1967, p. 336)
Texto II
Meu Povo, Meu Poema
Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova.
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
Menos como quem canta
Do que planta
(FERREIRA GULLAR, Dentro da noite veloz, in Literatura Comentada, São Paulo, Abril Educação, 1ª ed. 1971, p. 44)
Assinale a alternativa em que não se transcreveu texto (ou fragmento) dos autores dos poemas em questão.
Texto I
Nova Poética
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco
/muito bem engomada,
/ e na primeira esquina passa um caminhão,
/ salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama;
É a vida.
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas,
/as virgens cem por cento e as amadas que
/envelheceram sem maldade.
(MANUEL BANDEIRA, Belo Belo, in Poesia Completa e Prosa, Rio de Janeiro, Cia José Aguilar Editora, 2ª ed. 1967, p. 336)
Texto II
Meu Povo, Meu Poema
Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova.
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
Menos como quem canta
Do que planta
(FERREIRA GULLAR, Dentro da noite veloz, in Literatura Comentada, São Paulo, Abril Educação, 1ª ed. 1971, p. 44)
Assinale a alternativa cuja afirmação é incorreta sobre aspectos extraídos dos textos em questão.
Texto I
Nova Poética
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco
/muito bem engomada,
/ e na primeira esquina passa um caminhão,
/ salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama;
É a vida.
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas,
/as virgens cem por cento e as amadas que
/envelheceram sem maldade.
(MANUEL BANDEIRA, Belo Belo, in Poesia Completa e Prosa, Rio de Janeiro, Cia José Aguilar Editora, 2ª ed. 1967, p. 336)
Texto II
Meu Povo, Meu Poema
Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova.
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
Menos como quem canta
Do que planta
(FERREIRA GULLAR, Dentro da noite veloz, in Literatura Comentada, São Paulo, Abril Educação, 1ª ed. 1971, p. 44)
Avalie as seguintes afirmações quanto a aspectos presentes no textos dados.
I – “Sai um sujeito de casa...” (texto I)
. Todas as lacunas dos períodos seguintes poderão ser preenchidas, sem nenhuma alteração, pela forma verbal acima destacada : Nenhum de vós _____de casa à noite. / _____de casa à noite ela e o marido./Não sou eu quem ____de casa à noite. / Um ou outro vizinho ____de casa à noite. / ____de casa à noite grande número de pessoas. / ___de casa à noite o pai e os filhos.
II – “Aquele em cuja poesia há a marca da vida” (texto I)
. A estrutura assinalada neste verso será repetida, sem exceção, nas seguintes ocorrências: Este é o amigo ____casa sempre encontro abrigo./ Esta é a cidade ____ Matriz fui batizado./ Sempre apreciei o meu pai, _____honra repousa sua grandeza./ Tio Raimundo é uma pessoa _____honestidade se pode confiar. / Tati é uma jovem _____vida não há uma mácula sequer.
III- “Salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama” (texto I)
. O termo acima destacado apresenta função sintática que também está presente nos seguintes versos: “Meu povo em meu poema se reflete”(texto II) e “ Ao povo seu poema aqui devolvo” (texto II.
Está correto o que se afirma em
Texto I
Nova Poética
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco
/muito bem engomada,
/ e na primeira esquina passa um caminhão,
/ salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama;
É a vida.
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas,
/as virgens cem por cento e as amadas que
/envelheceram sem maldade.
(MANUEL BANDEIRA, Belo Belo, in Poesia Completa e Prosa, Rio de Janeiro, Cia José Aguilar Editora, 2ª ed. 1967, p. 336)
Texto II
Meu Povo, Meu Poema
Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova.
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
Menos como quem canta
Do que planta
(FERREIRA GULLAR, Dentro da noite veloz, in Literatura Comentada, São Paulo, Abril Educação, 1ª ed. 1971, p. 44)
Avalie as seguintes afirmações sobre aspectos dos textos em questão.
I – “...as virgens cem por cento e as amadas que / envelhecem sem maldade.” (texto I)
. A função sintática do termo destacado será mantida em todas os seguintes períodos: O excelente poeta que foste um dia não existe mais./ Há sempre males que vêm para o bem./ Acredito nos amigos que me cercam./ As estrelas que caem do céu deixam mistério no espaço./ Aqueles que me ofenderam, arrependeram-se amargamente.
II – “No povo meu poema está maduro...” (texto II)
. A palavra acima destacada poderá ser mantida, sem alteração, nas seguintes ocorrências: Trago na cesta alface e mamão ______./ Trago na cesta _____mamão e abacate. / Está _____o mamão e a pera. / Julgo _____o mamão e a pera./ Na cesta havia um ou outro mamão ______.
III – “Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.” (texto I)
. O termo assinalado acima também está presente em todos os períodos seguintes: “Tenho-lhe muito amor”/ Sempre te fui muito útil./ O amor a Deus é o 1º mandamento./ Sou louco por couve à mineira./ Seu zelo pelos filhos era admirável./ Recomendo-te obediência às leis de trânsito.
IV – “Ao povo seu poema aqui devolvo...” (texto II)
. A estrutura destacada neste verso preencherá, sem alteração, todas as lacunas seguintes: As novas medidas econômicas do governo não agradam______./ Todo governo deveria servir _____./ Governo que não assiste _______não pode ser legítimo./ Informamos _______ de que novas medidas serão tomadas./ As medidas tomadas pelo governo devem visar _________.
V - “Como a espiga se funde em terra fértil...” (texto 2)
. A palavra destacada nesse verso terá seu valor semântico preservado em todas as seguintes ocorrências: Estarei, meu caro sempre a teu lado./ Quando venho de Alfenas, deixo lá meu coração./ Fico em casa nos finais de semana./ Não se deve usar palito entre os lábios. / Na verdade, eu sempre morei por aqui./ Jamais me escondi sob a capa dos poderosos.