UCPEL 2012 Inverno
54 Questões
Leia o texto a seguir.
OS PRIVILEGIADOS DA TERRA
[1] O fragmento de satélite artificial – só podia ser de
[2] satélite – caído sobre o povoado transformou de
[3] repente a vida dos moradores, que não chegavam a
[4] trezentos.
[5] Repórteres e cinegrafistas cobriram o fato com o
[6] maior relevo. Não houve ninguém que deixasse de
[7] dar entrevista: mesmo as crianças.
[8] O fiscal do Governo apareceu para recolher o
[9] pedaço de coisa inédita, mas foi obstado pelo juiz de
[10] paz, que declarou aquilo um bem da comunidade. A
[11] população rendeu guarda ao objeto e jurou defender
[12] sua posse até o último sopro de vida.
[13] A força policial enviada para manter a ordem aderiu
[14] aos moradores, pois seu comandante era filho do lugar.
[15] Acorreram turistas, pessoas dormiam na rua por falta
[16] de acomodação, surgiram batedores de carteira, que
[17] foram castigados, e começou a correr o boato de que
[18] aquele corpo metálico tinha propriedades mágicas.
[19] Quem chegava perto dele seria fulminado, se fosse
[20] mau caráter; conquistava a eterna juventude, se fosse
[21] limpo de coração; e certa ardência que se evolava da
[22] superfície convidava ao amor.
[23] Não se desprendeu de satélite, diziam uns; veio
[24] diretamente do céu, emanado de uma estrela,
[25] alvitravam outros. De qualquer modo, era dádiva
[26] especial para o lugarejo, pois ao tombar não ferira
[27] ninguém, não partira uma telha, nem se assustaram
[28] os animais domésticos com a sua vinda insólita.
[29] Tudo acabou com o misterioso desaparecimento da
[30] coisa. Seus guardas foram tomados de letargia e, ao
[31] recobrarem a consciência, viram-se despojados do
[32] grande bem. Mas tinham assimilado esse bem e
[33] passaram a viver de uma alegria inefável, que ninguém
[34] lhes poderia roubar. Eram os privilegiados da Terra.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.
Na linha 28, “insólita” só não pode ser entendida como
Leia o texto a seguir.
OS PRIVILEGIADOS DA TERRA
[1] O fragmento de satélite artificial – só podia ser de
[2] satélite – caído sobre o povoado transformou de
[3] repente a vida dos moradores, que não chegavam a
[4] trezentos.
[5] Repórteres e cinegrafistas cobriram o fato com o
[6] maior relevo. Não houve ninguém que deixasse de
[7] dar entrevista: mesmo as crianças.
[8] O fiscal do Governo apareceu para recolher o
[9] pedaço de coisa inédita, mas foi obstado pelo juiz de
[10] paz, que declarou aquilo um bem da comunidade. A
[11] população rendeu guarda ao objeto e jurou defender
[12] sua posse até o último sopro de vida.
[13] A força policial enviada para manter a ordem aderiu
[14] aos moradores, pois seu comandante era filho do lugar.
[15] Acorreram turistas, pessoas dormiam na rua por falta
[16] de acomodação, surgiram batedores de carteira, que
[17] foram castigados, e começou a correr o boato de que
[18] aquele corpo metálico tinha propriedades mágicas.
[19] Quem chegava perto dele seria fulminado, se fosse
[20] mau caráter; conquistava a eterna juventude, se fosse
[21] limpo de coração; e certa ardência que se evolava da
[22] superfície convidava ao amor.
[23] Não se desprendeu de satélite, diziam uns; veio
[24] diretamente do céu, emanado de uma estrela,
[25] alvitravam outros. De qualquer modo, era dádiva
[26] especial para o lugarejo, pois ao tombar não ferira
[27] ninguém, não partira uma telha, nem se assustaram
[28] os animais domésticos com a sua vinda insólita.
[29] Tudo acabou com o misterioso desaparecimento da
[30] coisa. Seus guardas foram tomados de letargia e, ao
[31] recobrarem a consciência, viram-se despojados do
[32] grande bem. Mas tinham assimilado esse bem e
[33] passaram a viver de uma alegria inefável, que ninguém
[34] lhes poderia roubar. Eram os privilegiados da Terra.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.
Leia as alternativas a seguir e assinale a opção correta.
I. O fragmento de satélite artificial, caído sobre o povoado, transformou, repentinamente e para pior, a vida dos moradores.
II. O texto nos diz que a força policial apareceu para recolher o pedaço de coisa inédita, mas foi obstada pelo juiz de paz, que declarou aquilo um bem da comunidade.
III. Na narrativa, existem marcantes referências às destruições provocadas pelos moradores no fragmento de satélite.
Leia o texto a seguir.
OS PRIVILEGIADOS DA TERRA
[1] O fragmento de satélite artificial – só podia ser de
[2] satélite – caído sobre o povoado transformou de
[3] repente a vida dos moradores, que não chegavam a
[4] trezentos.
[5] Repórteres e cinegrafistas cobriram o fato com o
[6] maior relevo. Não houve ninguém que deixasse de
[7] dar entrevista: mesmo as crianças.
[8] O fiscal do Governo apareceu para recolher o
[9] pedaço de coisa inédita, mas foi obstado pelo juiz de
[10] paz, que declarou aquilo um bem da comunidade. A
[11] população rendeu guarda ao objeto e jurou defender
[12] sua posse até o último sopro de vida.
[13] A força policial enviada para manter a ordem aderiu
[14] aos moradores, pois seu comandante era filho do lugar.
[15] Acorreram turistas, pessoas dormiam na rua por falta
[16] de acomodação, surgiram batedores de carteira, que
[17] foram castigados, e começou a correr o boato de que
[18] aquele corpo metálico tinha propriedades mágicas.
[19] Quem chegava perto dele seria fulminado, se fosse
[20] mau caráter; conquistava a eterna juventude, se fosse
[21] limpo de coração; e certa ardência que se evolava da
[22] superfície convidava ao amor.
[23] Não se desprendeu de satélite, diziam uns; veio
[24] diretamente do céu, emanado de uma estrela,
[25] alvitravam outros. De qualquer modo, era dádiva
[26] especial para o lugarejo, pois ao tombar não ferira
[27] ninguém, não partira uma telha, nem se assustaram
[28] os animais domésticos com a sua vinda insólita.
[29] Tudo acabou com o misterioso desaparecimento da
[30] coisa. Seus guardas foram tomados de letargia e, ao
[31] recobrarem a consciência, viram-se despojados do
[32] grande bem. Mas tinham assimilado esse bem e
[33] passaram a viver de uma alegria inefável, que ninguém
[34] lhes poderia roubar. Eram os privilegiados da Terra.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.
Em “...uma alegria inefável, que ninguém...” (linha 33), a classe gramatical da palavra sublinhada é
Leia o texto a seguir.
OS PRIVILEGIADOS DA TERRA
[1] O fragmento de satélite artificial – só podia ser de
[2] satélite – caído sobre o povoado transformou de
[3] repente a vida dos moradores, que não chegavam a
[4] trezentos.
[5] Repórteres e cinegrafistas cobriram o fato com o
[6] maior relevo. Não houve ninguém que deixasse de
[7] dar entrevista: mesmo as crianças.
[8] O fiscal do Governo apareceu para recolher o
[9] pedaço de coisa inédita, mas foi obstado pelo juiz de
[10] paz, que declarou aquilo um bem da comunidade. A
[11] população rendeu guarda ao objeto e jurou defender
[12] sua posse até o último sopro de vida.
[13] A força policial enviada para manter a ordem aderiu
[14] aos moradores, pois seu comandante era filho do lugar.
[15] Acorreram turistas, pessoas dormiam na rua por falta
[16] de acomodação, surgiram batedores de carteira, que
[17] foram castigados, e começou a correr o boato de que
[18] aquele corpo metálico tinha propriedades mágicas.
[19] Quem chegava perto dele seria fulminado, se fosse
[20] mau caráter; conquistava a eterna juventude, se fosse
[21] limpo de coração; e certa ardência que se evolava da
[22] superfície convidava ao amor.
[23] Não se desprendeu de satélite, diziam uns; veio
[24] diretamente do céu, emanado de uma estrela,
[25] alvitravam outros. De qualquer modo, era dádiva
[26] especial para o lugarejo, pois ao tombar não ferira
[27] ninguém, não partira uma telha, nem se assustaram
[28] os animais domésticos com a sua vinda insólita.
[29] Tudo acabou com o misterioso desaparecimento da
[30] coisa. Seus guardas foram tomados de letargia e, ao
[31] recobrarem a consciência, viram-se despojados do
[32] grande bem. Mas tinham assimilado esse bem e
[33] passaram a viver de uma alegria inefável, que ninguém
[34] lhes poderia roubar. Eram os privilegiados da Terra.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.
A função sintática do que está sublinhado em “Não houve ninguém que deixasse de dar entrevista: mesmo as crianças.” (linhas 6-7) é
Leia o texto a seguir.
OS PRIVILEGIADOS DA TERRA
[1] O fragmento de satélite artificial – só podia ser de
[2] satélite – caído sobre o povoado transformou de
[3] repente a vida dos moradores, que não chegavam a
[4] trezentos.
[5] Repórteres e cinegrafistas cobriram o fato com o
[6] maior relevo. Não houve ninguém que deixasse de
[7] dar entrevista: mesmo as crianças.
[8] O fiscal do Governo apareceu para recolher o
[9] pedaço de coisa inédita, mas foi obstado pelo juiz de
[10] paz, que declarou aquilo um bem da comunidade. A
[11] população rendeu guarda ao objeto e jurou defender
[12] sua posse até o último sopro de vida.
[13] A força policial enviada para manter a ordem aderiu
[14] aos moradores, pois seu comandante era filho do lugar.
[15] Acorreram turistas, pessoas dormiam na rua por falta
[16] de acomodação, surgiram batedores de carteira, que
[17] foram castigados, e começou a correr o boato de que
[18] aquele corpo metálico tinha propriedades mágicas.
[19] Quem chegava perto dele seria fulminado, se fosse
[20] mau caráter; conquistava a eterna juventude, se fosse
[21] limpo de coração; e certa ardência que se evolava da
[22] superfície convidava ao amor.
[23] Não se desprendeu de satélite, diziam uns; veio
[24] diretamente do céu, emanado de uma estrela,
[25] alvitravam outros. De qualquer modo, era dádiva
[26] especial para o lugarejo, pois ao tombar não ferira
[27] ninguém, não partira uma telha, nem se assustaram
[28] os animais domésticos com a sua vinda insólita.
[29] Tudo acabou com o misterioso desaparecimento da
[30] coisa. Seus guardas foram tomados de letargia e, ao
[31] recobrarem a consciência, viram-se despojados do
[32] grande bem. Mas tinham assimilado esse bem e
[33] passaram a viver de uma alegria inefável, que ninguém
[34] lhes poderia roubar. Eram os privilegiados da Terra.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.
A oração “... se fosse limpo de coração;” (linhas 20- 21 ) pode ser classificada sintaticamente como
Para o teste seguinte, analise as afirmativas e assinale a opção correta.
I. Carlos Drummond de Andrade, em sua vasta obra, fala frequentemente sobre a nostalgia do passado, os obstáculos que a vida oferece, a angústia diante da morte, a monotonia da vida, a preocupação social e política, a própria poesia e a falta de perspectiva do homem.
II. João Cabral de Melo Neto, em Morte e vida severina, revela a preocupação social, pois retrata os problemas do homem nordestino ante o seu meio.
III. Cruz e Sousa é considerado um importante escritor simbolista brasileiro, porque produziu uma obra que transcende os limites da escola romântica, realista e da parnasiana, enfocando os problemas sociais, principalmente o do negro escravo, a partir de suas vivências pessoais.