IFAL 2009/1
54 Questões
As questão refere-se ao texto seguinte:
TEXTO:
Deu na mídia
"É nóis"
No mês passado, ladrões invadiram uma agência bancária na região central da cidade de Três Lagoas, estado de Mato Grosso do Sul, e levaram R$160 mil. O assalto só foi percebido quando os funcionários do banco chegaram para trabalhar e viram que havia um buraco no teto.
Um recado escrito à mão foi deixado no local do crime pelos assaltantes com os seguintes dizeres: "cem armas, cem drogas, cem violência - agradecemos a preferencia e acima de tudo nossa percistencia - é nóis (sic)".
Revista "Língua Portuguesa". Ano III, N° 37, nov. de 2008
Sobre a intenção comunicativa do texto, não se pode inferir:
I. A falta de domínio do vernáculo pelos assaltantes, ou seja, a utilização pelos ladrões da variedade estigmatizada, socialmente, revela a baixa escolaridade ⁄ marginalização social a que está submetida grande parte da população brasileira.
II. O poder ⁄ ação dos ladrões na realização de crimes independe do domínio ⁄ conhecimento, do padrão culto da Língua Portuguesa, por essa classe marginalizada socialmente.
III. Com relação ao gênero do texto, temos um breve artigo de opinião que mostra a ousadia, cada vez maior, dos assaltantes brasileiros, na realização de crimes contra a população.
IV. A persistência de que falam os assaltantes no recado deixado pode revelar a ineficiência dos instrumentos de segurança utilizados pela sociedade, no caso, a agência bancária, no combate ao crime.
V. Em relação à frase – “... agradeçemos a preferencia ...” _ , observamos que os ladrões usam o discurso do próprio banco numa demonstração clara de deboche.
A alternativa correta corresponde a:
As questão refere-se ao texto seguinte:
TEXTO:
Deu na mídia
"É nóis"
No mês passado, ladrões invadiram uma agência bancária na região central da cidade de Três Lagoas, estado de Mato Grosso do Sul, e levaram R$160 mil. O assalto só foi percebido quando os funcionários do banco chegaram para trabalhar e viram que havia um buraco no teto.
Um recado escrito à mão foi deixado no local do crime pelos assaltantes com os seguintes dizeres: "cem armas, cem drogas, cem violência - agradecemos a preferencia e acima de tudo nossa percistencia - é nóis (sic)".
Revista "Língua Portuguesa". Ano III, N° 37, nov. de 2008
Fazendo-se uma análise lingüística dos elementos estruturais do texto, coloque V (verdadeiro) ou F (falso).
1) ( ) No primeiro parágrafo do texto, o encadeamento argumentativo se dá por idéia de tempo, adição, tempo e adição, respectivamente.
2) ( ) Em: “... havia um buraco no teto.”, o verbo “haver” é impessoal, portanto, o predicado é verbal; não há sujeito na oração.
3) ( ) “...cem arma, cem drogas, cem violência – ”, apesar de a expressão “cem” estar grafada de forma errada, do ponto de vista da gramática normativa podemos dizer que, nas três ocorrências, “cem” é numeral cardinal, se levarmos em consideração a intenção comunicativa dos ladrões.
4) ( ) Em: “agradeçemos”, a cedilha foi colocada de forma adequada por tratar-se de consoante linguodental.
5) ( ) Com relação à acentuação gráfica, “preferencia” e “percistencia”, do ponto de vista da gramática normativa, deveriam levar acento circunflexo por se tratarem de paroxítonas terminadas em “a”.
6) ( ) Em: “...recado escrito à mão...”, o acento grave foi colocado de forma apropriada por se tratar de uma expressão adverbial de modo.
7) ( ) Em: “Um recado escrito à mão foi deixado no local do crime pelos assaltantes...”, temos voz passiva analítica.
Está correto o que se afirma em:
Coloque V (verdadeiro) e F (falso).
1) ( ) Naturalismo – “O mulato” – Aluísio Azevedo.
2) ( ) Pré-Modernismo – “Os Sertões” (Euclides da Cunha) e “Canaã” (Graça Aranha).
3) ( ) Barroco – “Prosopopéia” – Bento Teixeira.
4) ( ) Realismo – “Memórias Póstumas de Brás Cubas” – Machado de Assis.
5) ( ) Romantismo – “Suspiros Poéticos e Saudades” – Gonçalves Dias.
6) ( ) Arcadismo – “Obras poéticas” – Cláudio Manuel da Costa.
7) ( ) Modernismo – “Semana de Arte Moderna” .
A seqüência correta é:
A questão refere-se ao texto seguinte:
TEXTO:
— Como é isso?... — exclamou Margarida com surpresa. — Pois você vai-se embora?...
— Vou, Margarida; pois você ainda não sabia?...
— Eu não; quem me havia de contar? para onde é que você vai, então?
— Vou para o estudo, Margarida; papai mais mamãe querem que eu vá estudar para padre.
— Deveras, Eugênio!... ah! meu Deus!... que idéia!... e é muito longe esse estudo?
— Eu sei lá; eles estão falando que eu vou para Congonhas...
— Congonhas?... ah! já ouvi falar nessa terra; não é onde moram os padres santos?... ah! meu Deus! isso é muito longe!
— Qual longe!... tanta gente já tem ido lá e vem outra vez. Mamãe já mandou fazer batina, sobrepeliz, barrete e tudo. Quando tudo ficar pronto, eu hei de vir cá vestido de padre para você ver que tal fico.
(São Paulo: Ática, 1998, p.12.)
O diálogo em tela foi escrito por:
A questão refere-se ao texto seguinte.
TEXTO:
Eu tinha aprendido com Euclides da Cunha que nós éramos pardos. Gilberto Freyre, por sua vez, dizia que éramos morenos. Até que no censo de 1980 voltou a pergunta sobre a cor das pessoas. Deu uma polêmica danada. Vieram me ouvir e eu dizia que todo brasileiro era mestiço, influenciado por Sylvio Romero. Quando a dúvida ficou insuportável, só uma frase do padre Vieira me salvou. Ele diz: “Quem quisera acertar em história, em política ou em sociologia deve consultar as entranhas dos sacrificados”.
Deixei de ouvir todos e até a mim mesmo e fui consultar o movimento negro do Recife. Me disseram que todos esses termos (pardos, morenos, mestiços) atrapalhavam a vida e eles só queriam ser vistos como negros, simplesmente. Por isso eu passei a não representar mais o povo brasileiro pela onça castanha, a mestiça, e sim pela malhada, aquela que tem as cores misturadas e, de certa forma, representa todas as nossas tonalidades de pele.
(Trecho de entrevista dada por Ariano Suassuna à Revista NOVA ESCOLA. Edição 203 - jun/2007).
Sobre Ariano Suassuna é possível afirmar que: