Unilago 2013/2
64 Questões
Leia o texto, a seguir, e responda à questão.
Um conjunto de 13 artigos científicos assinados por pesquisadores de mais de 160 grupos espalhados pelo mundo apresenta uma análise em larga escala de alterações genéticas ligadas ao câncer. O resultado é a descoberta de mais de 70 novas alterações em regiões do genoma cuja presença indica uma probabilidade maior de desenvolver tumores de próstata, mama e ovário. Além de ajudar a desvendar como essas “trocas de letras” do DNA contribuem para o aparecimento da doença, o objetivo do trabalho é mudar a forma como o câncer é rastreado na população, personalizando a indicação de exames que procuram sinais precoces da doença, como mamografias. Hoje já se sabe que 30% dos cânceres têm um componente hereditário. Quando os médicos suspeitam, pelo histórico familiar, por exemplo, que uma pessoa carrega uma predisposição ao câncer, é possível realizar testes genéticos para confirmar isso e tomar precauções. Já há no mercado, na rede privada e em centros de pesquisa também de instituições públicas, testes que procuram no genoma dos pacientes essas alterações nas “letras químicas” que indicam doenças. No entanto, eles só buscam um pequeno número de mudanças bem conhecidas e associadas ao risco. Entre elas estão as alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, fortemente ligadas a câncer de mama e ovários. Segundo José Cláudio Casali, oncogeneticista do Hospital Erasto Gaertner e professor da PUC do Paraná, em 70% dos casos de câncer de mama em que há suspeita de componente hereditário não se consegue achar a mutação associada. O conhecimento de mais indicadores deve reduzir essa incerteza. Com um resultado em mãos, o paciente pode tomar precauções. “Não é porque está escrito no DNA que o câncer está no seu destino”, diz Casali. Entre as possíveis providências estão o uso de remédios para prevenir um tumor, cirurgias, como a retirada de ovários ou mama, o aumento de frequência de exames de detecção precoce e mudanças no estilo de vida. “Hoje já está estabelecido o conceito de tratamento personalizado para o câncer, mas fala-se pouco em prevenção personalizada”, completa Casali. Em um futuro próximo, essas informações podem melhorar a programação de mamografias e exames de próstata periódicos, por exemplo, de acordo com o perfil de risco de cada um.
(Adaptado de: MISMETTI, D. Estudo localiza novas variantes genéticas ligadas ao câncer. Folha de S. Paulo. São Paulo. 28 mar. 2013. C9.)
Acerca das informações presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Um dos objetivos atuais da pesquisa sobre o câncer é personalizar a prevenção da doença.
II. São as alterações nas “letras do DNA” que indicam a predisposição ao surgimento da doença.
III. Pode-se afirmar que o câncer é uma doença hereditária que já vem “marcada” no DNA do indivíduo.
IV. As pesquisas realizadas comprovam que 30% dos cânceres surgem de tumores de próstata, mama e ovário.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto, a seguir, e responda à questão.
Um conjunto de 13 artigos científicos assinados por pesquisadores de mais de 160 grupos espalhados pelo mundo apresenta uma análise em larga escala de alterações genéticas ligadas ao câncer. O resultado é a descoberta de mais de 70 novas alterações em regiões do genoma cuja presença indica uma probabilidade maior de desenvolver tumores de próstata, mama e ovário. Além de ajudar a desvendar como essas “trocas de letras” do DNA contribuem para o aparecimento da doença, o objetivo do trabalho é mudar a forma como o câncer é rastreado na população, personalizando a indicação de exames que procuram sinais precoces da doença, como mamografias. Hoje já se sabe que 30% dos cânceres têm um componente hereditário. Quando os médicos suspeitam, pelo histórico familiar, por exemplo, que uma pessoa carrega uma predisposição ao câncer, é possível realizar testes genéticos para confirmar isso e tomar precauções. Já há no mercado, na rede privada e em centros de pesquisa também de instituições públicas, testes que procuram no genoma dos pacientes essas alterações nas “letras químicas” que indicam doenças. No entanto, eles só buscam um pequeno número de mudanças bem conhecidas e associadas ao risco. Entre elas estão as alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, fortemente ligadas a câncer de mama e ovários. Segundo José Cláudio Casali, oncogeneticista do Hospital Erasto Gaertner e professor da PUC do Paraná, em 70% dos casos de câncer de mama em que há suspeita de componente hereditário não se consegue achar a mutação associada. O conhecimento de mais indicadores deve reduzir essa incerteza. Com um resultado em mãos, o paciente pode tomar precauções. “Não é porque está escrito no DNA que o câncer está no seu destino”, diz Casali. Entre as possíveis providências estão o uso de remédios para prevenir um tumor, cirurgias, como a retirada de ovários ou mama, o aumento de frequência de exames de detecção precoce e mudanças no estilo de vida. “Hoje já está estabelecido o conceito de tratamento personalizado para o câncer, mas fala-se pouco em prevenção personalizada”, completa Casali. Em um futuro próximo, essas informações podem melhorar a programação de mamografias e exames de próstata periódicos, por exemplo, de acordo com o perfil de risco de cada um.
(Adaptado de: MISMETTI, D. Estudo localiza novas variantes genéticas ligadas ao câncer. Folha de S. Paulo. São Paulo. 28 mar. 2013. C9.)
Quanto à tipologia e à linguagem do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. É escrito em variedade padrão, com trechos de linguagem técnica, própria da área à qual pertence.
II. É escrito em variedade popular, com trechos conotativos, para facilitar a compreensão do público- -leitor.
III. É argumentativo, com linguagem formal, cuja pesquisa é detalhadamente defendida ao longo do texto.
IV. É informativo, com linguagem formal e denotativa, própria do gênero reportagem ao qual pertence.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto, a seguir, e responda à questão.
Um conjunto de 13 artigos científicos assinados por pesquisadores de mais de 160 grupos espalhados pelo mundo apresenta uma análise em larga escala de alterações genéticas ligadas ao câncer. O resultado é a descoberta de mais de 70 novas alterações em regiões do genoma cuja presença indica uma probabilidade maior de desenvolver tumores de próstata, mama e ovário. Além de ajudar a desvendar como essas “trocas de letras” do DNA contribuem para o aparecimento da doença, o objetivo do trabalho é mudar a forma como o câncer é rastreado na população, personalizando a indicação de exames que procuram sinais precoces da doença, como mamografias. Hoje já se sabe que 30% dos cânceres têm um componente hereditário. Quando os médicos suspeitam, pelo histórico familiar, por exemplo, que uma pessoa carrega uma predisposição ao câncer, é possível realizar testes genéticos para confirmar isso e tomar precauções. Já há no mercado, na rede privada e em centros de pesquisa também de instituições públicas, testes que procuram no genoma dos pacientes essas alterações nas “letras químicas” que indicam doenças. No entanto, eles só buscam um pequeno número de mudanças bem conhecidas e associadas ao risco. Entre elas estão as alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, fortemente ligadas a câncer de mama e ovários. Segundo José Cláudio Casali, oncogeneticista do Hospital Erasto Gaertner e professor da PUC do Paraná, em 70% dos casos de câncer de mama em que há suspeita de componente hereditário não se consegue achar a mutação associada. O conhecimento de mais indicadores deve reduzir essa incerteza. Com um resultado em mãos, o paciente pode tomar precauções. “Não é porque está escrito no DNA que o câncer está no seu destino”, diz Casali. Entre as possíveis providências estão o uso de remédios para prevenir um tumor, cirurgias, como a retirada de ovários ou mama, o aumento de frequência de exames de detecção precoce e mudanças no estilo de vida. “Hoje já está estabelecido o conceito de tratamento personalizado para o câncer, mas fala-se pouco em prevenção personalizada”, completa Casali. Em um futuro próximo, essas informações podem melhorar a programação de mamografias e exames de próstata periódicos, por exemplo, de acordo com o perfil de risco de cada um.
(Adaptado de: MISMETTI, D. Estudo localiza novas variantes genéticas ligadas ao câncer. Folha de S. Paulo. São Paulo. 28 mar. 2013. C9.)
Acerca dos recursos linguístico-semânticos utilizados no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Em “O resultado é a descoberta de mais de 70 novas alterações em regiões do genoma cuja presença indica uma probabilidade...”, o termo “cuja” está no singular e no feminino para concordar com a palavra “genoma”.
II. Em “...é possível realizar testes genéticos para confirmar isso e tomar precauções.”, o termo em destaque apresenta relação de explicação.
III. Em “No entanto, eles só buscam um pequeno número de mudanças bem conhecidas e associadas ao risco.”, o termo em destaque refere-se à palavra “testes”.
IV. Em “Não é porque está escrito no DNA que o câncer está no seu destino”, as aspas são usadas no texto por se tratar de discurso direto.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto, a seguir, e responda à questão.
Um conjunto de 13 artigos científicos assinados por pesquisadores de mais de 160 grupos espalhados pelo mundo apresenta uma análise em larga escala de alterações genéticas ligadas ao câncer. O resultado é a descoberta de mais de 70 novas alterações em regiões do genoma cuja presença indica uma probabilidade maior de desenvolver tumores de próstata, mama e ovário. Além de ajudar a desvendar como essas “trocas de letras” do DNA contribuem para o aparecimento da doença, o objetivo do trabalho é mudar a forma como o câncer é rastreado na população, personalizando a indicação de exames que procuram sinais precoces da doença, como mamografias. Hoje já se sabe que 30% dos cânceres têm um componente hereditário. Quando os médicos suspeitam, pelo histórico familiar, por exemplo, que uma pessoa carrega uma predisposição ao câncer, é possível realizar testes genéticos para confirmar isso e tomar precauções. Já há no mercado, na rede privada e em centros de pesquisa também de instituições públicas, testes que procuram no genoma dos pacientes essas alterações nas “letras químicas” que indicam doenças. No entanto, eles só buscam um pequeno número de mudanças bem conhecidas e associadas ao risco. Entre elas estão as alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, fortemente ligadas a câncer de mama e ovários. Segundo José Cláudio Casali, oncogeneticista do Hospital Erasto Gaertner e professor da PUC do Paraná, em 70% dos casos de câncer de mama em que há suspeita de componente hereditário não se consegue achar a mutação associada. O conhecimento de mais indicadores deve reduzir essa incerteza. Com um resultado em mãos, o paciente pode tomar precauções. “Não é porque está escrito no DNA que o câncer está no seu destino”, diz Casali. Entre as possíveis providências estão o uso de remédios para prevenir um tumor, cirurgias, como a retirada de ovários ou mama, o aumento de frequência de exames de detecção precoce e mudanças no estilo de vida. “Hoje já está estabelecido o conceito de tratamento personalizado para o câncer, mas fala-se pouco em prevenção personalizada”, completa Casali. Em um futuro próximo, essas informações podem melhorar a programação de mamografias e exames de próstata periódicos, por exemplo, de acordo com o perfil de risco de cada um.
(Adaptado de: MISMETTI, D. Estudo localiza novas variantes genéticas ligadas ao câncer. Folha de S. Paulo. São Paulo. 28 mar. 2013. C9.)
No fragmento “Além de ajudar a desvendar como essas ‘trocas de letras’ do DNA contribuem para o aparecimento da doença, o objetivo do trabalho é mudar a forma como o câncer é rastreado na população”, a expressão em destaque tem sentido de
Leia os dois poemas, a seguir, de Oswald de Andrade, e responda à questão.
A Descoberta
Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra
os selvagens
Mostraram-lhes uma galinha
Quase haviam medo dela
E não queriam por a mão
E depois a tomaram como espantados
primeiro chá
Depois de dançarem
Diogo Dias
Fez o salto real Não permita
as meninas da gare
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
Canto de Regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
(ANDRADE, Oswald. Poesias Reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. p.80 e p.144.)
Com base nos poemas, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) Oswald de Andrade, em consonância com o Modernismo, procura retratar o sentimento nacionalista a partir da idealização da pátria e de seus elementos.
( ) Oswald de Andrade é autor do Manifesto Antropofágico, que realça a contradição violenta entre as duas culturas formadoras da cultura brasileira: de um lado, a ameríndia e a africana, e, de outro, a latina (de herança cultural europeia).
( ) Os dois poemas se apresentam como releituras de textos consagrados no intuito de resgatar e homenagear as obras originais e seus autores, mantendo a essência ideológica e temática dos textos originais.
( ) O primeiro poema mantém uma relação de intertextualidade com a Carta de Pero Vaz de Caminha.
( ) No segundo poema, Oswald de Andrade faz uma paródia da Canção do Exílio com relação ao sonho da terra prometida, a partir de uma visão irônica, urbana e crítica do sentimento do exilado.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
Leia os dois poemas, a seguir, de Oswald de Andrade, e responda à questão.
A Descoberta
Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra
os selvagens
Mostraram-lhes uma galinha
Quase haviam medo dela
E não queriam por a mão
E depois a tomaram como espantados
primeiro chá
Depois de dançarem
Diogo Dias
Fez o salto real Não permita
as meninas da gare
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
Canto de Regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
(ANDRADE, Oswald. Poesias Reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. p.80 e p.144.)
Com relação aos poemas, considere as afirmativas a seguir.
I. No primeiro verso do poema Canto de regresso à pátria, o termo “palmares” remete à escravidão no Brasil.
II. Diferentemente da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, a saudade do poeta em relação a sua terra natal se dá, em Canto de Regresso à Pátria, principalmente por elementos culturais.
II. No verso “Com cabelos mui pretos pelas espáduas”, o poeta manteve o formato original do advérbio “mui” como gesto respeitoso em relação ao texto original.
IV. Em “Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis”, a palavra “moças” é empregada primeiramente como substantivo e depois como adjetivo.
Assinale a alternativa correta.