Avaliação dos professores: como e porque fazer?
O professor é o coração da escola e aprender a cuidar bem dos educadores, além de motivá-los e especializa-los é a peça chave para uma boa educação.
Num tempo onde todos os direcionamentos apontam para uma educação cada vez mais centrada nos alunos. Como fica o papel do professor? Com a educação cada vez mais descentralizada, como será possível avaliar a produtividade e eficiência desse profissional?
A primeira ideia de que professores devem ser constantemente avaliados e incentivados, surgiu nos Estados Unidos, quando em uma pesquisa realizada pelas entidades educacionais, os resultados demonstraram que os alunos consideram o professor como um dos principais responsáveis pelo aprendizado com eficiência ou não.
Sendo uma peça chave no sistema de ensino e tendo o poder de influenciar alunos de uma maneira positiva durante toda a sua vida e carreira, muitos países passaram a acreditar que a solução da educação, está no relacionamento que os centros de ensino e toda a comunidade escolar têm com os professores. Mas para progredir, primeiro é preciso avaliar. Certo?
O que deve ser observado?
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases, em seu artigo 12, sobre educação, diz que a escola deve acompanhar o professor para verificar se o plano de ensino está sendo cumprido de acordo com a agenda nacional. Porém, essa mesma lei não define os parâmetros de observação. Cabe então a escola decidir como fazer isso.
Com isso em mente, é importante avaliar muito mais que o simples domínio do conteúdo que está sendo lecionado, ou ainda quem sabe apenas as técnicas pedagógicas. É importante avaliar a didática do professor, seu relacionamento com os alunos, sua capacidade de adaptação, sua criatividade em sala de aula e principalmente a sua dedicação em construir uma comunidade escolar forte e de sucesso.
Também é importante estabelecer uma certa periodicidade para essas avaliações, visto que o objetivo é construir uma evolução conjunta e não um sistema de punição. Afinal, o único jeito de saber se algo está ou não progredindo é mantendo números e parâmetros de referência.
Também é importante construir um sistema de avaliação global, considerando todos os aspectos do ofício de educar. Mas, atenção: isso não significa detalhar demais ou manter exigências absurdas. Não corra o risco de tornar algo que pode ajudar a sua escola a crescer, num momento maçante e improdutivo.
Técnicas para avaliação.
Um bom professor deve ser agente ativo da educação, mas nunca o protagonista, afinal esse é o papel do aluno. Uma ótima técnica de avaliação escolar consiste em separar ações, em formato de verbos mesmo, que seriam importantes para a escola, de acordo com os valores da instituição e depois disso criar maneiras de medir o envolvimento do professor em cada uma dessa ações. Por exemplo:
- Dominar: O professor possui domínio do conteúdo pelo qual ele é responsável? Como é sua didática? Como ele resolve conflitos e situações em sala de aula? Ele é capaz de chamar a atenção da turma para o tópico abordado com facilidade? Todas essas respostas você pode conseguir criando momentos de feedbacks com os representantes da sala e também participando como ouvinte em algumas aulas.
- Inspirar: Quais são as referências desse professor? O que além do conhecimento no seu próprio conteúdo ele traz para sua sala de aula? Ele é capaz de se fazer ouvido? Os alunos enxergam nele um ponto de inspiração ou de referência para o futuro? Para encontrar essas e outras respostas você pode construir um questionário para que os alunos respondam.
- Inovar: O que esse professor tem de diferente? O que de novo ele traz para sala de aula? Como ele pode educar de uma maneira diferente da tradicional? Como ele continua se atualizando para trazer para o aluno novidades e despertar novos interesses? Aqui a avaliação pode ser conjunta, em forma de bate papo. Peça que o professor se auto avalie e apenas acompanhe e anote suas pontuações.
- Contribuir: Esse professor faz parte da comunidade acadêmica com interesse? Como é a participação dele na escola como um todo? Ele dá boas ideias e contribui para o processo pedagógico ou se limita apenas a sua sala de aula? Aqui você mesmo pode avaliar. Pense no histórico desse professor e inclua nas suas anotações.
E depois, o que fazer com os dados?
Dados servem de base e parâmetro para a evolução. Logo é importante que primeiro esses dados sejam mantidos num relatório para comparações futuras e depois que eles sejam compartilhados com quem realmente pode fazer alguma mudança: o professor.
Seja transparente e empático nesse feedback, esteja disposto também a ouvir com atenção e mente aberta cada devolutiva, pois elas podem ser realmente muito importantes para a escola.
Promova reuniões individuais constantes entre todos os membros da comunidade escolar e se achar interessante, inclua nesses hábitos entregar uma devolutiva para o professor com todos os elogios, sugestões de mudança e plano de apoio contando a ele como a escola quer contribuir para aulas cada vez melhores.
Motive seus professores. Como falamos na primeira frase desse texto: eles são o coração da sua escola.
Quer mais dicas sobre como criar uma escola sinérgica e atual? Continue lendo o nosso blog.
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